Ateliê Chilaze chama atenção em sua segunda edição no Salão de Negócios do Minas Trend e empresária comemora: “Público exigente e seletivo”


Claudia Chilaze levou uma coleção com cordas, resina, metais, franjas e camurça para representar sua marca: “Me preocupo muito em oferecer um trabalho autêntico e diferente”

Claudia Chilaze em seu estande no Minas Trend (Foto: Henrique Fonseca)

*Por Karina Kuperman

Claudia Chilaze voltou com seu Ateliê Chilaze ao Salão de Negócios da 22ª edição do Minas Trend. A inovação, marca registrada de suas peças, claro, chama atenção de quem circulou pelos estandes do Expominas. Seja entre cordas, resina, madeira ou metais, principais materiais explorados pela designer, a ideia é sempre oferecer peças autorais e com muita personalidade. “Quando as pessoas vêem as minhas peças, eu quero que sintam que estão conhecendo algo completamente novo. Eu me preocupo muito em oferecer um trabalho autêntico e diferente”, destacou ela, que, nessa edição, trouxe uma coleção com um mix em referências. “O ponto de partida foi a multiplicidade de materiais e cores, mas dentro dessa estação. Não fiz um preview do verão, foquei na estação do momento e estamos vendendo tons neutros. Não trabalhamos com pedido, mas expresso, então esse meu calendário meio próprio funciona superbem. Olhou, gostou, levou”, afirmou.

Claudia Chilaze em seu estande no Minas Trend (Foto: Henrique Fonseca)

No estande, uma grande coleção foi subdividida em várias linhas. Marchetaria – um trabalho artesanal que demanda tempo e cuidado -, camurça e franjas, que são materiais inéditos para a designer, metal e resina são parte de sua coleção, batizada de Multi. “São peças inspiradas na multiplicidade, no sortimento e na diversidade de cores, texturas e feitura das peças. Nesta coleção, temos cordas pintadas, exclusivas e algumas que estão no mercado e fizemos uma grande brincadeira. Ora a corda vem como estrela principal, ora como mera coadjuvante”, explicou Claudia, que, investiu em mais um diferencial: cores. “Às vezes quero algo que não tem no mercado, então eu estou tingindo as cordas. Uma pessoa fora do ateliê faz para mim, porque precisa de estufa, minigalpão”, contou.

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Há oito anos, Claudia vem fazendo um trabalho 100% autoral à frente da marca, que leva seu sobrenome. “Antes tinha loja, comprava e revendia o que gostava e comecei a ver que estava tudo com a mesma cara e resolvi criar, fazer algo novo”, ressaltou ela, que teve sua primeira experiência no Minas Trend no ano passado. “Agora não saio mais disso. Foi um espetáculo, um burburinho, muita gente vindo conhecer a marca. Foi um retorno maravilhoso de clientes que continuaram a história comigo. O pós-feira foi muito legal. Viemos com estoque enorme dessa vez, porque o sucesso e a repercussão foram maiores do que eu esperava”, contou. De fato: na edição passada, o evento representou 30% do semestre. “Acho esse lugar incrível, o público é exigente, seletivo, bacana e antenado. É gostoso vender, as pessoas olham detalhes, querem saber a história da marca, do produto. A gente vai lá, vê um desfile maravilhoso, volta. Sou encantada com Minas Trend”, elogiou.

(Foto: Henrique Fonseca)

Falando em desfile, um deles serviu como pontapé de uma possível futura expansão do Ateliê Chilaze. “Tudo na minha vida são concidências. Fui ver um desfile e a pessoa que sentou ao meu lado é quem faz a feira de Paris que eu nem sabia. Ela me deu o cartão dela, porque amou meu colar, já marcou para conversarmos, veio aqui, tirou fotos. Estou pensando em fazer feira internacional e sentei do lado de uma pessoa que achou que tinha tudo a ver. Vai acontecendo assim. Quero expandir mesmo. Começamos sem pretensão e estamos colocando tudo no lugar”, analisou.