A semana de moda nova-iorquina já teve Rihanna mostrando seu talento como designer, marcas vendendo as peças logo após o desfile e muito mais. Vem saber tudo!


Marcas como Diane von Furstenberg e Tommy Hilfiger disponibilizaram parte de suas coleções para venda logo após o show, enquanto Carolina Herrera defendeu que a moda não tem a obrigação de fazer pensar: “Não há nada intelectual sobre um vestido. Ele só tem que ser bonito”

Enquanto no Brasil fervíamos com o carnaval e o verão a todo vapor, mais acima, precisamente em Nova York, a semana de moda, que começou na quinta-feira, dia 11, tem bombado com os desfiles mais esperados da temporada. Pelas passarelas fashion já passaram coleções de Victoria Beckham – que apresentou seu outono-inverno da marca homônima com direito à família comercial de margarina na fila A prestigiando a it-mom -, a coleção de Rihanna em parceria com a Puma, a elegância de Carolina Herrera e até a grife Tommy Hilfiger trazendo o alto-mar para a terra firme. Tops como Gigi Hadid, Kendall Jenner, Karlie Kloss, Lily Aldridge, Irina Shayk e outras tem riscado as passarelas representando diversas grifes. No entanto, mais do que isso, o que chamou atenção nessa temporada até agora foi o fato de brands como Diane von Furstenberg e Tommy Hilfiger disponibilizarem parte de suas coleções para a venda logo após os desfiles. A moda está realmente mudando e nós, de HT, torcemos para que a atitude vire comum. Vamos aos highlights novaiorquinos até aqui! Pega na nossa mão e vem conferir.

Fenty Puma by Rihanna
A cantora mostrou que seu talento artístico vai além da música e marcou presença na semana de moda novaiorquina em uma parceria com a Puma. Na passarela, roupas que, de acordo com a própria Rihanna, são “como se a família Addams fosse à academia”, com direito a muito streetwear – sexy, claro -, jaquetas bomber, tênis e botas e atitude. Com predominância de cores neutras como branco, preto e cinza, ela deu um toque gótico-glamuroso às roupas de tecidos em malha, com alguma renda. A estética da coleção com temática anos 90 também contou com roupas oversized, anéis de septo, sapatos de cordões e colares de cruz adornando os corpos. Nos pés, além das botas over the knee que chamaram atenção durante todo o desfile, os tênis pesadões tiveram sua vez com todo estilo. Ao final, Riri desfilou com um casaco oversized de pelúcia cinza estampada. Uma mistura de Cuela Cruel com o cool. Como não poderia deixar de ser, a apresentação contou com um show exclusivo da cantora e o time de famosos foi além das passarelas – que teve as irmãs Gigi e Bella Hadid. Na fila A, nomes como a top Naomi Campbell, a editora-chefe da revista Vogue, Anna Wintour, o estilista Jeremy Scott e outros prestigiaram Riri em sua nova empreitada.

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Alexander Wang
Escuro e sombrio. Esse foi o tom do desfile de Wang, que, com sua irreverência habitual, escolheu apresentar sua coleção em uma… igreja. O palco do show foi a Igreja São Bartolomeu, em Midtown e, entre minissaias, calças tatuagem, ternos tweedy e blusas oversized, muitas estampas marcantes chamaram atenção, como as folhas de marijuana e uma brincadeira como o logotipo da Polo Ralph Lauren, que “viraram” postes com strippers. Além disso, as modelos usavam meias calças com palavras como “Strict” e “Faded” estampadas. Apaixonado por detalhes, encheu a passarelas de botas pretas com pregos de prata enormes, gorros e acessórios em couro. Wang, que recentemente deixou a Balenciaga, renovou o prazer de criar em sua coleção que leva o gótico às ruas. O cabelo e a make eram “podrinhos”, com cara de quem festejou a noite toda e acordou sem lavar o rosto. Na fila A, Anna Wintour , Grace Coddington, Selby Drummond, Kylie Jenner, Tyga, Taraji P. Henson, Zoe Kravitz e outros assistiram tudo de perto.

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Victoria Beckham
Assim como seu estilo pessoal, a nova coleção de Victoria Beckham veio mais “relax” e a evolução da estética de sua marca conseguiu o impressionante feito de desviar o olhar dos presentes de sua família sentada na fila A. Os vestidos e tops ainda estruturados surgiram em interpretações mais suaves, com tecidos leves, por vezes até mesmo com bainhas por fazer. As silhuetas amplas ou de assimetria sutil em tops, calças e saias chamou atenção, mas o que parou a 25 Cipriani Broadway foi o foco de Victoria em matérias-primas, saias longas, bustiers – a opção mais casual para os seus clássicos espartilhos. “Eu queria encontrar uma forma legal e fresca de usá-los novamente, tornando-os mais day wear e moderno”, contou. Além disso, uma série de vestidos deslumbrantes e casacos listrados impressionou os presentes. O comprimento mídi e as saias de grandes dimensões parecem ser os novos queridinhos da ex-Spice Girl. Nos pés, as modelos usavam sapatos ou botas de fivelas. As cores escuras foram ganharam detalhes em tons de laranja, azul, verde e bordô. “Esta coleção é uma declaração da contínua evolução do meu estilo pessoal”, explicou Victoria.

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Diane von Furstenberg
Se a coleção outono-inverno 2016/2017 da marca é inspirada pela dança, não tem como não remeter aos anos 70. Foi o que Diane fez. Com botas de cano alto, franjas, brilhos, laços, calças boca de sino e os vestidos envelope que já são clássico da marca, o outono-inverno de Diane von Furstenberg tomou a passarela montada em pleno Meatpacking District. Elementos como fendas, paetês, calças de seda, estampas, saias mídi e outros também estavam nos corpos de modelos como Karlie Kloss, Gigi Hadid, Kendall Jenner, Irina Shayk, Lily Aldridge e Jourdan Dunn que, bem à vontade na passarela, posaram para fotos e dançaram ao som de “We are family”. Na nova onda da moda, que é levar as peças para as araras logo após o desfile, Diane já colocou parte da coleção disponível para compra.

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Tommy Hilfiger
Assim como Diane von Furstenberg,  Tommy Hilfiger também colocou parte da coleção disponível para compra logo após o desfile na semana de moda novaiorquina. Uma das primeiras marcas a desfilar nessa segunda-feira, dia 14, a grife promoveu um verdadeiro cruzeiro para o público do show, no Armony da Park Avenue, com direito a decoração de navio, chaminés, torres e fundo de céu estrelado. A coleção outono-inverno 2016 veio com perfume de elementos marinhos e dos anos 30, ou seja: muitos vestidos femininos e delicados, seda e cetim, casacos, decotes marinheiro, listras, couro usado com saias, estampas, suéteres, shorts, calças amplas, cinturas altas, abotoamento duplo e, como não poderia deixar de ser, abuso do tom azul-marinho. Os looks, com detalhes dourados e mangas em destaque foram adornados com tiaras e pérolas nos cabelos das modelos. Nos pés, sapatos dourados enfeitados com meias.

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Carolina Herrera
Elegância e delicadeza são marca da coleção desde 1981, quando Carolina Herrera fez seu primeiro show. De lá para cá, esses elementos continuam firmes e fortes e, nessa coleção, foram retratados em vestidos fluidos, tecidos como organza e seda, cores claras e estampas de flores como jasmin. A designer, que já afirmou que “não vê mais as estações”, colocou xadrez leve em materiais finos para uma coleção que pode ser usada no verão ou inverno. Carolina Herrera defende que a moda não tem dever de fazer pensar. “Não há nada intelectual sobre um vestido. Ele só tem que ser bonito”, declarou, nos bastidores. Nas passarelas, a tradição se aliou à modernidade, com tecidos de alta tecnologia usados para dar fluidez, estrutura e simplicidade. Apesar de alegar não ter tema em sua coleção, Carolina Herrera unificou o desfile com referências ao campo em bordados florais.

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