“Não dá mais para tirar o pé do acelerador”. A frase foi dita com exclusividade pelo diretor da Merkator Feiras e Eventos, Frederico Pletsch, responsável pela organização da 40 Graus – Feira de Calçados e Acessórios, realizada em solo paraibano, no Centro de Convenções de João Pessoa, semana passada. Segundo ele, novos ares sopram a favor do setor calçadista do Brasil e o otimismo eu pude sentir in loco presenciando negociações mil entre representantes das indústrias e varejistas de Norte a Sul do país reunidos na capital da Paraíba. Achei bonito o paralelo feito por mais de um representante do Sindicato da Indústria de Calçados do estado da Paraíba: o sol intenso do Nordeste proporciona garra, força para os players das indústrias arregaçarem as mangas com muita empatia e criar, produzir, e vender para os mercados nacional e internacional os mais coloridos e criativos calçados.
Vamos aos números que corroboram o que Frederico Pletsch nos falou: em janeiro, o Brasil exportou 12,55 milhões de pares de calçados, o que representou a entrada no país de US$ 91,5 milhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Calçados. Só para você, caro leitor, ter uma ideia, entre janeiro e dezembro do ano passado, foram embarcados ao exterior 114 milhões de pares por US$ 967 milhões. Ainda de acordo com a Abicalçados, a melhor projeção, para os calçadistas em 2020, está no mercado doméstico, que começa a reagir, depois de anos de demanda reprimida. Neste ano, o setor espera crescer entre 2% e 2,5%.
A indústria calçadista e a sustentabilidade
Os nossos calçados têm identidade, expressam criatividade e a indústria calçadista caminha a largos passos para a implementação total de iniciativas sustentáveis em toda a cadeia produtiva. Foram esses os pontos abordados durante minha palestra no Papo Legal, um dos projetos da 40 Graus, na qual falei para expositores e compradores de Norte a Sul do país sobre os mais incríveis processos e projetos de sustentabilidade que estão sendo colocados em prática. Um mundo high tech, sim, mas que mantém o ser humano como protagonista das criações em total sinergia com o meio ambiente.
Defendi também a bandeira da moda autoral do Nordeste. Essencial para fazer o Brasil se libertar do alter-ego colonizador europeu. A maximização de potencial da moda autoral afasta nossa arte de uma armadilha letal neste movimento progressivo do ambiente local para o internacional. Diferentemente de outros países, que vendem seus produtos pela questão custo, nós vendemos os nosso pelas nossas cores, nossa criatividade, nossos traços livres, nossa leveza. Conclusão: representam cada vez mais nosso jeito de ser em um mundo que nos parecia inatingível. Há dez anos venho levantando a questão da brasilidade em meus textos sobre moda, acreditando que esse é um fenômeno de convergência.
A atenção voltada para a sustentabilidade, por sua vez, é cada vez maior. E tornou-se fator essencial no universo fashion. Em plena Quarta Revolução Industrial, com a Indústria 4.0, e já caminhando para a Quinta Revolução, na qual a tônica será a biotecnologia em junção com a tecnologia da informação, o tema permeia a ênfase do novo fazer moda. Sustentabilidade não é custo, mas pode ser um ganho econômico e um legado para as futuras gerações. Com o selo de qualidade e sustentabilidade sendo valorizados pelos consumidores, as empresas estão aderindo com força total. Atualmente não bastam ações de marketing para convencer o consumidor, ele quer ter a certeza que só uma certificação é capaz de oferecer.
O caminho é um só: a sustentabilidade. E isso em todos os aspectos da vida no planeta terra, desde as nossas casas até o processo global das cadeias produtivas em todos os setores. Foi pensando nisso que a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couros, Calçados e Artefatos (Assintecal), criaram o Programa Origem Sustentável, gerido pelo Instituto By Brasil, ainda em 2013, quando as empresas de calçados e seus componentes foram certificadas pelo alinhamento aos quatro pilares avaliados: ambiental, econômico, social e cultural. Mas, nesses seis anos de existência da iniciativa, muitos pontos mudaram no conceito de sustentabilidade, como a assinatura do Pacto Global da ONU e a revisão das normas ambientais e de segurança ocupacional. Por isso, a certificação de sustentabilidade da cadeia coureiro-calçadista nacional, batizada Origem Sustentável, foi reformulada.
Agora, a partir da reformulação, somente empresas que atinjam 50% dos indicadores poderão ser certificadas, na categoria inicial, a Bronze. A partir daí, conforme os ajustes nos processos forem sendo realizados de acordo com os conceitos de sustentabilidade, as empresas podem almejar as categorias Prata (75% dos indicadores), Ouro (90%) e Diamante (100%). Por meio desse programa, a Abicalçados, a Assintecal e o Instituto by Brasil (IBB) incentivam empresas da Cadeia Produtiva do Setor Coureiro-Calçadista a ter um maior engajamento em relação ao tema, que resulte na ampliação das oportunidades no mercado interno e de exportação para países que possuem regulamentação orientada à aquisição de produtos sustentáveis. Outro benefício do selo é a garantia de alinhamento da indústria de componentes e de calçados brasileira com padrões de sustentabilidade do mercado internacional.
Nesses anos todos que eu tenho acompanhando o Inspiramais – Único Salão de Design e Inovação de Materiais da América Latina, cada vez em que eu mergulhei naquele universo de inspirações para a produção de moda (calçados, acessórios, couros, setor têxtil, joalheria, móveis, entre outras opções de criação) eu guardei uma frase: “Ciência é o conhecimento. Tecnologia é o fazer. Inovação é o mudar. Empreender é materializar e realizar. Para inovar devemos conhecer. No entanto, mais do que isso, é preciso que tenhamos confiança de que podemos mudar. E é preciso confiarmos uns nos outros. Pois inovação é uma ciência colaborativa de confluência de ideias e ações. Ações – a matéria-prima do passado, presente e futuro. As inspirações estéticas devem ser aliadas à tecnologia e alavancadas pela inovação e permeadas pela sustentabilidade”.
Em João Pessoa, durante minha palestra, dei exemplos reais e já à disposição da indústria calçadista, como por exemplo uma poliamida reciclada que permite a fiação de fios de alta qualidade e que retém as propriedades das fibras virgens. Outra novidade é o PLA-Bio, bio polímero fabricado pela dextrose (açúcar), que, na maioria das vezes, é derivada da cultura de milho. O item possui ainda características similares às do poliéster, com origem em fontes fósseis.
Insider na 40 Graus
A sétima edição da 40 Graus – Feira de Calçados e Acessórios, segunda realizada em solo paraibano, portanto teve saldo positivo. Mais uma vez a feira contou com a presença de importantes marcas nacionais de calçados e acessórios. A 40 Graus está consolidada como a grande fornecedora do varejo segmentado das regiões Norte e Nordeste do Brasil com cerca de 70 milhões de habitantes. “Estivemos aqui com as grandes marcas de calçados nacionais, com lojistas qualificados e um número interessante de visitantes durante os três dias. E posso garantir que toda empresa que trouxe uma coleção exclusiva para estas regiões obteve sucesso. Promovemos também encontros de profissionais e auxiliamos no relacionamento das duas principais pontas da cadeia produtiva: a indústria e o comércio”, ressalta Frederico Pletsch, diretor da Merkator Feiras e Eventos, empresa promotora da feira.
A 40 Graus mudou-se, no ano passado, para a Paraíba, considerada como uma das suas vocações mais tradicionais a produção de calçados e artigos de couro, sendo a indústria calçadista uma das mais promissoras da economia paraibana. O estado possui um Polo de Couro e Calçado, incentivando a produção de couros: peles, bolas, bolsas, valises, sandálias, cintos, entre outros e é o terceiro maior produtor do país, com a fabricação de 250 milhões de pares por ano. O polo coureiro-calçadista está distribuído nos três principais núcleos produtivos que estão localizados na Grande João Pessoa, em Campina Grande e Patos. Integrando 600 empresas, entre elas está a Alpargatas. Integram o polo mais de 300 empresas gerando 25 mil empregos no segmento. De acordo com o Frederico Pletsch, a 40 Graus já está consolidada como a grande fornecedora do varejo segmentado das regiões Norte e Nordeste, com cerca de 70 milhões de habitantes no país.
A feira foi marcada também por eventos internos que souberam valorizar seus visitantes. ”Realizamos uma abertura oficial prestigiando as autoridades estaduais, regionais e setoriais que vieram aos pavilhões, prestigiamos artistas locais como o cantor Ramon Schneider, daqui da Paraíba, e o palestrante Bráulio Bessa, do Ceará, mostrando a nossa clara intenção em entender e respeitar a cultura e a história deste povo”, sublinha Pletsch.
Desde o início, a feira 40 Graus foi planejada pensando em atender as necessidades das duas regiões: Norte e Nordeste. A ideia surgiu a partir da parceria da Merkator com sindicatos e o sucesso deste empreendimento é fruto disto. Para ser realizada, a 40 Graus conta com apoio do Sindicato da Indústria de Calçados de Estância Velha, do Sindicato da Indústria de Calçados de Ivoti, do Sindicato da Indústria de Calçados de Igrejinha, do Sindicato da Indústria de Calçados de Novo Hamburgo, do Sindicato da Indústria de Calçados de Parobé, do Sindicato da Indústria de Calçados de Sapiranga e do Sindicato da Indústria de Calçados de Três Coroas.
“O cenário nos apontava que existia uma demanda no Norte e Nordeste. Estas duas regiões possuem 60 milhões de consumidores em potencial. A partir disso, pensamos juntos que estava na hora de fazer uma feira nesta região”, explicou a diretora de Relacionamento da Merkator, Roberta Pletsch, que logo foi complementada por Frederico Pletsch: “Juntas, as duas regiões representam populações superiores à da maioria de países da América Latina, por isso a importância de uma mobilização especial dos fabricantes para estar mais perto dos clientes e entender cada vez melhor a cultura regional”. A organização da feira ouviu sindicatos e empresários das regiões para adequar a melhor data para a realização. “Os nossos parceiros pediram que fosse primordial esse ponto para que os calçados sejam entregues aos lojistas antes das festas de São João, porque nesta época do ano os produtos vendem tão bem ou mais do que no Natal, na região do Nordeste e Norte. As festas juninas e julinas são muito fortes”, contou Roberta.
A abertura oficial teve as presenças de autoridades estaduais e do setor calçadista que ressaltaram a importância do evento para as regiões Norte e Nordeste, como afirmou o presidente da Abicalçados – Associação Brasileira da Indústria de Calçados – Haroldo Ferreira: “A feira mostra toda a sua potencialidade, onde se destacam o grande número de habitantes das regiões, cerca de 70 milhões, e os estáveis percentuais de crescimentos destes locais”. Para o presidente do Sindicato da Indústria de Calçados do estado da Paraíba, Sebastião Severo Acioly, a feira tem tudo para crescer em solo paraibano. “Considero esta feira muito importante, pela qualidade e quantidade de marcas nacionais que vêm diversificar o comércio segmentado aqui. Das nossas regiões Norte e Nordeste. E o nosso polo da Paraíba através do nosso sindicato esteve presente com nossas marcas para prestigiar a feira e também ter mais uma plataforma de venda e a oportunidade de conquistar novos clientes”, explicou.
OTIMISMO
O otimismo se estende ao governo do estado. Presente na solenidade de abertura, Rômulo Polari, diretor presidente do Cinep (Companhia de Desenvolvimento da Paraíba), ressaltou que o setor calçadista é muito importante para o estado, visto que representa 11,6% do segmento industrial da Paraíba. No ano passado, o Brasil viu o otimismo com a economia voltar, aos poucos, a ocupar o noticiário e as rodas de conversa. Em um cenário de inflação baixa, com as menores taxas de juros da história e o desemprego em queda, o empresariado aposta no aquecimento do mercado e na confiança para voltar a expandir seus negócios. Não poderia haver momento melhor para a realização da 40 Graus. O evento, focado exclusivamente nos lojistas, contou com cem expositores e 500 marcas, com cinco mil visitantes em três dias.
CONSUMO DIFERENCIADO
As regiões Norte e Nordeste reúnem características de consumo diferentes do que se vê no resto do país. A feira leva em conta algumas dessas particularidades, como, por exemplo, a necessidade dos lojistas de abastecer seus estoques para um período fortíssimo de vendas: as festas juninas, data mais importante que o carnaval nas duas regiões. Em função da cultura rica e única, além do clima extremamente diferenciado, as indústrias que participam da 40 Graus preparam um mix especial de produtos pensado para abastecer o comércio local. Essa é uma feira para a qual a cadeia produtiva de calçados e acessórios procura levar produtos diretamente relacionados ao tipo de necessidade do varejo. Esse é um dos diferenciais da 40 Graus no atendimento ao lojista do Norte e do Nordeste.
Muitos contatos com o mercado do Nordeste, negócios e clientes interessados nos produtos e, principalmente, visibilidade para as sete empresas presentes no estande Estação Moda RS. Este foi um dos principais resultados da estreia do grupo na 40 Graus – Feira de Calçados e Acessórios que terminou nesta quarta-feira, 5 de fevereiro, no Centro de Convenções de João Pessoa, na Paraíba. “Nossas empresas estão em sinergia com todo o Brasil”, afirma entusiasmada a gestora de projetos do Sebrae RS, Aliana Maciel.
Foram fechados 25 negócios, totalizando em torno de R$ 193 mil. “Além desses, temos a perspectiva de fechamento de R$ 261.800,00 a partir dos contatos iniciados na feira para os próximos 12 meses,” destaca a gestora. Ela também relata que os sete expositores manifestaram interesse em seguir expondo junto à Estação Moda Rio Grande do Sul. O Projeto Estação Moda RS é resultado da parceria entre Sebrae RS, ACI de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do RS (Sedetur) e Movimento em Prol do Vale, com apoio na feira também do município de Novo Hamburgo. A participação no evento marca o encerramento do ciclo de dois anos de desenvolvimento do projeto Conexão Moda em Calçados e Artefatos, promovido pelo Sebrae RS.
Empresas participantes da feira: A3 (Novo Hamburgo), Barth Shoes (Novo Hamburgo), Bennesh (Estância Velha), Brunelly Bolsas (Novo Hamburgo), Catri (Novo Hamburgo), Menta e Hortelã (Novo Hamburgo), e W Designer (Três Coroas)
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre janeiro e novembro de 2019 o crescimento nas regiões Norte e Nordeste foi de 1,2% em volume de vendas e de 2,6% em receita gerada. Além desse dado importante, o cenário nacional também é animador. O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou sua perspectiva de crescimento do Brasil em 2020. Na revisão de seu relatório Perspectiva Econômica Global, divulgada no último dia 20 de janeiro, o FMI passou a ver um crescimento de 2,2% do Brasil neste ano, 0,2 ponto percentual a mais do que no relatório de outubro.
Sucesso na última edição, a Explosão de Prêmios voltou ampliada em 2020. São sorteios diários voltados para os visitantes que fecham pedidos de compra durante a feira. Para participar bastou levar as notas fiscais aos balcões de atendimento dentro do pavilhão e preencher os cupons. “Queremos estimular o lojista a acelerar o fechamento dos seus pedidos, até para participar de todas as edições do sorteio, que começa logo no primeiro dia”, explica Frederico Pletsch.
O número de cupons por compra varia de acordo com o volume de pares. A partir de um par comprado já é possível participar. A quantidade de cupons varia de um a oito, em compras acima de 20 mil pares. Os sorteios ocorrem todos os dias, sempre no final da tarde. No último dia, a premiação inclui também os representantes de calçados presentes na feira. “Além de estimular o fechamento de negócios, os sorteios são momentos de integração e descontração”, lembra Pletsch.
INSPIRAÇÃO E MODA
Se as novidades são exclusivíssimas direto para a 40 Graus, muitas das tendências surgem por lá. Os expositores levam peças que são suas apostas e, nessa temporada, a paleta vem em cores vibrantes como azul anil, rosa, dourado, prateado e branco. Segundo o coordenador do Núcleo de Design da Asintecal, Walter Rodrigues, teremos ainda muito metalizado, colorido em raterinhas, novos bicos de mules, sapatilhas e sandálias com muitas amarrações. Pode continuar apostando no metalizado com muito brilho e colorido em saltos inusitados com trapézios, bicos quadrados e são extremamente adotados. Os saltos bloco vieram em modelos que mostram todo seu charme, seja acompanhando a cor da sandália, forrado com tecido e em corda – material que reveste muitos acessórios em diversas temporadas. E os sneakers continuam fazendo a festa do conforto das mulheres. Alguns designers estão inserindo aplicações como pedras, enfeites e pérolas para ainda mais charme. Na gama dos pretos, muito strass, pedradria, acrílico, PVC transparente. Por um lado se a moda tem um lado de muita velocidade, mas há uma atemporalidade para muitas peças. O animal print cria um elo importante que já é um clássico. Detalhe: a bota branca volta extremamente forte mesmo para alguns modelos para o Nordeste.
TURISMO E INFORMAÇÃO
Além das características únicas dos mercados atendidos, a 40 Graus tem chamado a atenção da cadeia produtiva de calçados e acessórios por unir bons negócios, informação de qualidade e turismo. Os pontos turísticos de João Pessoa são fatores importantes para a circulação de lojistas na feira, a exemplo do que a Merkator faz nos eventos que realiza em Gramado (RS). A circulação de jornalistas, influenciadores e pensadores do mercado também atrai visitantes e expositores. “É um tripé importante que agrega relevância à feira”, ressalta Plestch.
A próxima edição da 40 Graus, referência de negócios do setor calçadista para o varejo do Norte e Nordeste do país, será realizada entre os dias 1 e 3 de fevereiro, no Centro de Convenções de João Pessoa (PB).
APOIOS
A 40 Graus conta com o apoio do Sindicato da Indústria de Calçados de Estância Velha, Sindicato da Indústria de Calçados de Ivoti, Sindicato da Indústria de Calçados de Igrejinha, Sindicato da Indústria de Calçados de Novo Hamburgo, Sindicato da Indústria de Calçados de Parobé, Sindicato da Indústria de Calçados de Sapiranga e Sindicato da Indústria de Calçados de Três Coroas. A Merkator Feiras e Eventos e os sindicatos realizam anualmente também o Salão Internacional do Couro e do Calçado – SICC, e a feira Zero Grau – Feira de Calçados e Acessórios, ambas em Gramado, nos meses de maio e novembro respectivamente.
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