Prestes a comemorar 90 anos, Fernanda Montenegro narra suas memórias em ‘Prólogo, Ato, Epílogo’


A noite de autógrafos da publicação lançada nesta quarta (9), na Livraria da Travessa, no Shopping Leblon, no Rio de Janeiro, teve uma fila de mais de 500 pessoas, entre fãs e famosos como: Guilherme Weber, Zé Maurício Machline, Fernanda Torres, Miriam Leitão, Edney Silvestre, Luis Lobianco, Stella Freitas, prestigiando a nossa única estrela indicada ao Oscar e a primeira a ganhar o Emmy Internacional

Fernanda Montenegro lança livro de memórias ‘Prólogo, ato e epílogo’ (Foto: Anderson Borde/ AgNews)

*Por Rafael Moura

Palmas, palmas e mais palmas… A noite de ontem (9) foi um momento de festa, afinal Fernanda Montenegro, no auge dos seus 90 anos, lançou o livro ‘Prólogo, Ato, Epílogo’, na Livraria da Travessa, do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro. Uma fila de mais de 500 pessoas, entre fãs e famosos como: Guilherme Weber, Zé Maurício Machline, Fernanda Torres, Miriam Leitão, Edney Silvestre, Luis Lobianco, Stella Freitas – foram receber os autógrafos e prestigiar a nossa única estrela indicada ao Oscar, em 1998, vivendo a escrevedora de cartas, Dora, em “Central do Brasil“. A dama da dramaturgia brasileira é uma das mais importantes atrizes da história do país, atuando no teatro, no cinema e na TV, com ‘o mapa da mina’ iniciado há sete décadas, além de ter sido a primeira a ganhar o Emmy Internacional por ‘Doce de mãe’, em 2013.

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Pestes a assoprar 90 velinhas, no próximo dia 16, Fernanda conta suas memórias na publicação da Companhia das Letras que foi alinhavada desde 2016, como parte das celebrações do aniversário da artista, que tem mais de 70 anos de carreira. Em suas memórias, a estrela traze o frescor de uma experiente atriz e narra suas memórias numa prosa afetiva, repleta de inteligência e sensibilidade. Nessa ‘saramandaia’, a genial intérprete, conta a saga de seus antepassados lavradores portugueses, do lado paterno, e pastores sardos, do lado materno. Páginas de ‘uma dona do mundo’ que parecem saídas de um ‘belíssimo’ folhetim, digno de uma ‘brilhante’ novela.

Com muita maestria, ela relembra os desafios de criar os filhos sobrevivendo como artista; a busca permanente pela qualidade; a persistência combativa durante os anos de chumbo; a capacidade de constante reinvenção; o padecimento de Fernando Torres; o inesperado sucesso internacional nos anos 1990; a crença na terra que acolheu seus antepassados imigrantes e a devoção por esse país. A atriz que durante décadas vem encantando multidões seja nos palcos ou nas telas pelo mundo agora se revela uma perfeita contadora de histórias.

Lembrando que em 2018, a diva da dramaturgia lançou durante a FLIP, o livro ‘Fernanda Montenegro: Itinerário fotobiográfico’, com imagens e textos que registram grandes momentos de sua vida e obra. No mesmo ano, ela se reuniu com a direção da Estação Primeira de Mangueira, sua escola de coração, para tratar de uma homenagem, que vem sendo articulada desde 2014, mas ainda sem previsão. Será que teremos em breve Dona Fernanda recebendo os aplausos no templo do carnaval?