É fato que as mulheres conquistaram muita força e direitos nos últimos tempos e se tornaram protagonistas de suas próprias histórias. Porém, para que a voz feminina seja ouvida na atualidade, muitas foram caladas no passado. Foi com o objetivo de valorizar a luta feminista no Brasil que a exposição “Mulheres, A Hora e a Voz – Direitos, Conquistas e Desafios” está em exibição no Centro Cultural do Poder Judiciário (CCMJ), no centro do Rio de Janeiro, até o dia 31 de maio.
A mostra irá prestigiar a importância de quatro personagens fundamentais no desenvolvimento dessa história de enfrentamento e perseverança: Jacqueline Pitanguy, socióloga e presidente do CNDM, Comba Marques Porto, advogada e coordenadora da Campanha “Mulher e Constituinte”, Leila Linhares Barsted, advogada, consultora jurídica da OAB Mulher e assessora do CNDM, e Schuma Schumaher, pedagoga, assessora do CNDM e articulista da campanha “Mulher e Constituinte”.
Vídeos de entrevistas exclusivas das décadas de 70 e 80 serão disponibilizados, juntamente com fotos, documentos e matérias jornalísticas de diversas instituições e veículos de imprensa do país, como Arquivo Nacional, CNDM, EBC, FGV, Jornal do Brasil, O Globo, dentre outros. Com isso, a organização visa debater temas como a violência contra as mulheres e os desafios atuais da agenda feminista.
Apostando na interação promovida pela tecnologia como forma de potencializar o aprendizado, a exposição conta com um painel onde os visitantes poderão tirar selfies e integrar uma passeata feminista. Ainda no mesmo espaço, uma linha do tempo destaca as principais conquistas do movimento no mundo e no Brasil, como o início do Movimento Sufragista, em 1948, nos Estados Unidos, e a permissão do ingresso ao Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1922.
Além das quatro protagonistas, nomes como Simone de Beauvoir, Betty Friedan e Kate Millett são lembrados e têm os seus trabalhos valorizados pela exibição. “Nós, mulheres brasileiras, devemos muito a essas mulheres que lutaram na Constituinte para a inclusão dos nossos direitos na Constituição Brasileira de 1988. Essa exposição traz à tona a história dessas mulheres, provocando a reflexão sobre os nossos direitos de cidadãs”, destacou a juíza de direito Dra. Adriana Ramos de Mello, titular do I Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, uma das mentoras do projeto.
SERVIÇO
Até 31 de maio, de segunda a sexta, das 11h às 19h e, aos sábados, de 14h às 18h
Entrada grátis
Museu da Justiça – Centro Cultural do Poder Judiciário – Rua Dom Manuel, 29, Centro, Rio de Janeiro
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