Plano Real e Operação Lavo Jato: política e cinema dão as mãos em futuros lançamentos no audiovisual. Vem saber mais!

Audiovisual com veia política à vista: dois longas, um em fase de pré-produção, e outro já com as gravações a ponto de bala, vão tomar de assalto as telonas. O primeiro deles, inspirado no livro do jornalista Guilherme Fiúza, “3000 Dias no Bunker”, narrará a história do Plano Real – da quebra das finanças do país até a criação da moda -, chegando aos mandatos dos ex-presidentes Itamar Franco (Bemvindo Sequeira) e Fernando Henrique Cardoso (Norival Rizzo). Com direção de Rodrigo Bittencourt (de “Totalmente Inocentes“), o filme terá foco no economista Gustavo Franco (interpretado por Emílio Orciollo Neto), que teve importante peso na formulação, operacionalização e administração do Plano Real. No elenco ainda estão: Paola Oliveira,  Fernando Eiras, Giulio Lopes, Tato Gabus, Guilherme Weber, Wladimir Candini e Carlos Meceni. As filmagens em Brasília já aconteceram e agora, até o mês de maio, o set será em São Paulo.

Parte do elenco do filme inspirado no livro do jornalista Guilherme Fiúza, “3000 Dias no Bunker” (Foto: Divulgação)

Navegando em corrente parecida, a Netflix confirmou que deu início a produção de uma nova série, desta vez baseada nas investigações de corrupção da Operação Lava Jato, o maior escândalo político da história do Brasil, iniciado com a revelação de casos de desvios de dinheiro da Petrobras. A direção ficará a cargo do nosso cineasta José Padilha, que já assina “Narcos” para a empresa de serviço de streaming, sobre a vida do narcotraficante Pablo Escobar. Segundo o diretor, “esse projeto vai narrar a operação policial em si e mostrar detalhes sobre o maior esquema de corrupção já visto no Brasil”. O roteiro ficará sob responsabilidade escrita de Elena Soares (de “Xingu”). O lançamento está previsto para 2017. Vale lembrar que HT já contou que Padilha também está trabalhando em “The Brand” (“A Marca”, na tradução livre), uma série com 10 episódios sobre a ascensão de gangues em presídios americanos para a emissora gringa Showtime.

O diretor – e também roteirista – José Padilha (Foto: Divulgação)

*O longa sobre o Plano Real, orçado em R$ 10,3 milhões, conseguiu atingir 21% da meta de R$ 1 milhão pedida por meio de crowdfunding. À época, a imagem de FHC foi usada à exaustão. “A batalha contra um inimigo implacável que derrotou presidente após presidente. Como um grupo de mentes brilhantes tirou o Brasil da Clandestinidade Econômica e elegeu um presidente”, dizia uma das chamadas.