Em uma semana em que os direitos humanos foram tão feridos e ignorados, da pedofilia declarada à tentativa de inibição dos direitos da mulher sobre o próprio corpo, eis que os internautas puderam se deparar com um raiozinho de esperança na humanidade, graças ao post da atriz Carolinie Figueiredo. Em seu Instagram, a ex-Malhação postou ontem uma foto do filho caçula, Theo Coelho, brincando com as bonecas Barbie da irmã, Bruna Luz Coelho e, quando viu a reação preconceituosa de parte dos seus 147 mil seguidores, não deixou por menos.
“Aqui em casa, educamos sem sexismo, que é basicamente promover a educação sem a distinção de funções e permissões baseadas no sexo. Eu, com toda a minha cabeça ‘aberta’ com tudo que estudo e leio sobre feminismo e liberdade, ainda me pego reproduzindo conceitos machistas tão arraigados em toda a nossa sociedade que a gente nem se dá conta!”, escreveu a atriz, que continuou: “Aqui é uma vigília constante pra entender da onde surgem as limitações e que elas não estejam ligadas ao gênero! A brincadeira favorita dele é ninar bonecas, passear com elas no carrinho. Ele também Nina os animais de pelúcia, veste as roupas antigas da irmã sejam elas rosas ou azuis porque vamos combinar… Que antiga essa categorização das cores né? Que falta de liberdade!!!”.
Carolinie entrou então no assunto da identidade de gênero, defendendo a quebra de estereótipos e, de quebra, combatendo o machismo enraizado na sociedade. Leia abaixo o restante da declaração:
“Quando ainda são crianças, repetimos clichês de que ‘homem não chora’, ‘esse é macho’ e por aí vai… Enquadramos meninas nos esteriótipos de delicadas e condenamos comportamentos ‘não de mocinha/ menina’, depois sofremos na pele toda a repressão de quem somos e justificamos atitudes pelo sexo. Como se, para o homem, fosse normal ter certos comportamentos e vontades, porque, afinal, são homens!!! Chega, né gente??? Engolimos durante muito tempo tudo isso e agora, como mãe de uma nova geração, me vejo na responsabilidade de, ao me transformar como pessoa, revendo meus conceitos e minha prática, oferecer para os meus filhos mais liberdade e consciência! E o mundo pode ser um lugar mais justo e acolhedor para se habitar, porque não estou sozinha nessa busca, não é mesmo???”
Não, Carolinie, não está sozinha. É sempre bom lembrar que outras personalidades, de Angelina Jolie e Gwen Stefani a Marcelo Tas, têm ajudado a disseminar uma ideologia que não exclui ou maltrata os filhos baseados apenas em seus gêneros.
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