Vera Fischer: “Não fiz procedimentos faciais, acho que atriz tem que ter expressão”


Eleita Miss Brasil em 1969, atriz completa 70 anos em novembro exibindo ótima forma. “É bom saber que as pessoas gostam da sua imagem. Ao mesmo tempo, acho que já provei, não só para mim, mas para todos, que sou uma boa atriz. A beleza ajuda mais do que atrapalha”, afirmou ela, no ar como a Helena da reprise da novela “Laços de família”

Em 2021, Vera Fischer chega aos 70 anos esbanjando beleza. A catarinense, que despontou para o estrelato depois de ser eleita Miss Brasil em 1969, contou em entrevista ao jornal RJ 1, da Globo, que não tem queixas quando fica diante do espelho. “Gosto da minha imagem. Acho que estou envelhecendo bem. Não tenho procedimentos faciais, não fiz, não gosto, acho que atriz tem que ter expressão”, afirmou. “Ao mesmo tempo, acho que já provei, não só para mim, mas para todos, que sou uma boa atriz. A beleza ajuda mais do que atrapalha”, garantiu.

No ar como a Helena da reprise da novela “Laços de família”, de Manoel Carlos, Vera lembrou da época em que o trabalho foi exibido pela primeira vez, há cerca de duas décadas. “É um trabalho maravilhoso. Gosto muito. Sinto que eu seria essa Helena, porque tenho dois filhos também e não haveria a menor dúvida de que eu faria a mesma coisa. Em todas essas circunstâncias, em todas as situações da novela. Eu acho que, pelos filhos, a gente só falta matar”, assegurou.

(Foto: Reprodução Instagram/Patrícia Lino)

A atriz também falou dos projetos que foram adiados em função dos riscos relacionados à Covid-19. “Está todo mundo confuso, passamos um ano inteiro de pandemia. Mas eu, graças a Deus, produzi nesse meio tempo. Consegui fazer uma websérie, criei o ‘Vera Theater’, onde a gente lia peças de teatro, eu e um ator amigo meu, Michel Blois. A gente está tentando ver de que forma virtual pode seguir adiante”, explicou.

O projeto “Vera Theater” foi apresentado no Instagram ao longo de 2020 e reuniu três peças de Tennessee Williams (“Fala comigo doce como a chuva”, “Esta propriedade está condenada” e “Auto da fé”), além de textos como “Homens gordos de saia”, de Nicky Silver, “Ponto de fuga”, de Rodrigo Nogueira, e o inédito “Matilde”, de Julia Spadaccini.

(Foto: Reprodução Instagram/Patrícia Lino)

Ainda sobre o coronavírus, Vera confessou que também sentiu medo e precisou se adaptar ao chamado “novo normal”. “No ano passado, tinha um filme internacional para fazer em setembro e uma peça que estava completamente ensaiada, com cenários prontos, chamada “Quando eu for mãe quero amar desse jeito”, para estrear em abril. Não deu”, lamentou. “Mas esse tempo todo eu segurei a onda, tive que diminuir muitos custos da minha vida”, acrescentou.

A catarinense ressaltou que a mudança de rotina também teve um lado positivo. “Estou aprendendo a fazer trabalhos domésticos com os quais não estava acostumada. Aprendi a fazer faxina pesada e até a cozinhar para mim mesma”, revelou.

(Foto: Reprodução Instagram/Patrícia Lino)

Vera também adiantou que se prepara para lançar outro livro. Depois de títulos como a autobiografia “Vera, a pequena Moisi” e a continuação “Um leão por dia”, além dos romances “Serena” e “Lucíola”, ela quer apostar em histórias de ficção. “Não tenho a pretensão de ser escritora. Mas é interessante, as pessoas consomem tantas coisas hoje em dia e os livros estão ficando um pouco para trás”, observou.

Em relação aos flagrantes de aglomeração em plena pandemia, a atriz foi categórica: as pessoas não estão raciocinando. “Você não pode ser irresponsável consigo, com a sua família e com os outros. Esse negócio de sair na rua sem máscara, como eu canso de ver, pessoas que se aglomeram em festas, em praias, sei lá onde. Eu aceito que as pessoas saiam para trabalhar. Agora, para se divertir, a pessoa deve parar para raciocinar, porque a vida é muito preciosa e tem que ser respeitada”, alertou.