Tête-à-tête de casal! Em cartaz com a comédia romântica “Enfim, nós”, Cássio Reis e Fernanda Vasconcellos se entrevistam para o HT. Vem ver o resultado!


Dentre muitas coisas, Cássio Reis quis saber como Fernanda se imagina na arte daqui 10 anos, enquanto ela perguntou ao maridão o motivo dele ter optado pelas risadas após ter encenado um forte drama. Tudo isso antes de encenar a peça no Teatro da UFES, em Vitória (ES), nos dias 27 e 28 de fevereiro

enfim nos 2

Depois de Maria Clara Gueiros e Ricardo Tozzi, Bruno Mazzeo e Fernanda Souza, além de Fabíula Nascimento, Regiane Alves, Fernanda Rodrigues e Marcius Melhem; Zeca e Fernanda, namorados protagonistas da comédia romântica “Enfim, nós”, ganharam o corpo do casal Cássio Reis e Fernanda Vasconcellos. A peça, escrita a quatro mãos por Bruno Mazzeo e Cláudio Torres Gonzaga, narra o dia dos namorados que, após um incidente, acaba preso dentro de um banheiro e passa a discutir sobre o relacionamento e as contemporâneas relações interpessoais. E antes de Cássio Reis e Fernanda Vasconcellos chegarem a Ilha de Vitória (ES) para encenar a peça nos dias 27 e 28 de fevereiro no Teatro da UFES, HT colocou o casal tête-à-tête para uma entrevista. Cada um, no maior clima de jornalista por um dia, entrevistou o outro. No papo, Fernanda disse que, na ribalta, busca personagens que a “levem além do que os esteriótipos limitam na televisão”, enquanto Cássio questionou valores apontados no roteiro: “Quem nunca apontou seu próprio defeito no outro? Discordou de alguém? Quis sair de uma conversa pela tangente?”. Só descer.

Fernanda Vasconcellos: O que faz o sucesso de “Enfim, Nós”?

Cássio Reis: Difícil esclarecer a palavra sucesso. A peça funciona porque o teatro é o espelho do público, que se identifica, se enxerga nas situações e expõe a sensação de alívio, rindo de si mesmo. Todo mundo gostaria de ter acesso a uma fórmula que explicasse o sucesso de toda e qualquer coisa, mas isso faria com que o valor se perdesse. Mas, respondendo a pergunta, algumas coisas que contribuem para isso: um grande texto que conta uma história divertida, ‘real’, crível, não na situação, mas na essência de toda e qualquer relação. A capacidade de prender a atenção do público que se sente parte do que assiste. Uma produção consistente, séria, honesta com toda equipe, que trabalha com carinho e dedicação para que todos, dentro e fora do palco se sintam a vontade e felizes em estar ali. Elencos que participaram, deixando sua marca, contando e discutindo essa relação encenada. São coisas que com certeza ajudam a explicar um pouco desse sucesso.

FV: Por que você decidiu fazer uma comédia romântica?

CR: Fiquei por dois anos encenando um drama (“Callas”, de Fernando Duarte, dirigido por Marília Pêra), e gosto das novas possibilidades que a profissão oferece. O texto de “Enfim, Nós” é muito bem feito, tem uma direção precisa que permite atuar com variações sobre o mesmo enredo, em cada apresentação. Viver ali trancado/preso no banheiro (cenário da peça), representa a maior liberdade que eu poderia ter como ator. A decisão foi pensada, discutida e definida com consciência, amor e devoção a arte. Discutir a relação humana é um desafio e tanto, rir de si mesmo, uma grande decisão.

enfim nos 3

FV: Você acha que o público tem preferências de gênero?

CR: O melhor é não acreditar na “tal preferência do público”. É preferível pensar que o público quer ter experiências reveladoras, divertidas e emocionantes.

FV: Qual a diferença que se sente no palco quando está em turnê?

CR: “Enfim, Nós” tem uma consistência ímpar e eficaz. Ou seja: funciona do Oiapoque ao Chuí, pela imediata identificação do público com os personagens. Ou pelo fato de já terem vivenciado algo parecido, presenciado alguma situação e até mesmo escutado falar. Quem nunca apontou seu próprio defeito no outro? Discordou de alguém? Quis sair de uma conversa pela tangente? Portanto não vejo ou sinto diferença pois todos carregamos um pouco de “Zecas” e “Fernandas”.

Cássio Reis: Por que “Enfim, Nós” é uma comédia que não se perdeu no tempo?

Fernanda Vasconcellos: Entre uma risada e outra, “Enfim, Nós” te faz refletir sobre a importância de conhecer verdadeiramente quem escolhemos para dividir a vida, respeitando e valorizando as diferenças e preferências.

CR: Existe alguma resposta sobre “Enfim, Nós” que você nunca deu e gostaria de responder? 

FV: Sim! Gostaria de dizer que a situação limite criada pelos autores para desenvolver a peça, força os personagens a serem quem são, deixando para trás as fantasias dos contos de fadas que muitas vezes são vistas como os melhores momentos de uma relação. E é justamente isso que me faz gostar tanto de “Enfim, Nós”: a ilusão não tem vez e a realidade é bem mais divertida e interessante de se viver.

CR: Como você se vê daqui a 10 anos, na vida e na arte? 

FV: Inquieta, ativa, buscando e fazendo novos projetos. Com o coração tranquilo, amparada pelos meus que tanto amo.

CR: O que você busca no teatro?

FV: Busco personagens que me levem além do que os esteriótipos limitam na televisão.

Serviço

“Enfim, nós” com Fernanda Vasconcellos e Cássio Reis

Local: Teatro Universitário – UFES – Av. Fernando Ferrari – Vitória/ES

Quando: 27 e 28 de Fevereiro

Sábado às 21h e Domingo às 19h

Classificação: 14 anos

Duração: 70 minutos

Gênero: Comédia

Inf: 3335-2953 / 3029 2765 / www.wbproducoes.com

Vendas na bilheteria do Teatro (de 15h às 20hs) ou no site www.ingresso.com

Valor: Térreo: R$70,00 (inteira) e R$35,00 (meia)

Mezanino: R$60,00 (inteira) e R$30,00 (meia)