Na estreia VIP de “Raia 30 – O musical”, convidados lembram os momentos mais marcantes da carreira icônica de Claudia Raia e se derretem em elogios à musa


Nomes como Paolla Oliveira, Danielle Winits, Juliana Alves, Cacau Potássio e muito mais abrem o baú de recordações e dividem com HT as memórias dos sets de gravação, o primeiro encontro com a diva e a influência de seu poder nos palcos

Nos palcos ou nas telas, não há como negar o impacto e a influência que Claudia Raia teve na cultura popular brasileira com seus personagens e seu jeito único de atuar. Bem, durante a estreia VIP carioca do espetáculo “Raia 30 – O musical”, que agitou o Teatro Oi Casa Grande, no Leblon, durante a noite dessa segunda-feira (26), ficou claro que essa abrangência do poder da atriz vai para muito além do público que a assiste boquiaberto de casa ou da plateia, mas se expande para aqueles que tiveram o prazer de dividir cenas, trabalhos e experiências pessoais com ela. Durante o evento, HT foi saber qual desses grandes papeis interpretados pela atriz ao longo dos seus 30 anos de carreira marcou mais os convidados e as respostas, assim como as transformações da diva, foram as mais diversas possíveis.

Ao longo dos 90 minutos de espetáculo, Claudia dança, interpreta, canta e sapateia, enquanto vai revivendo personagens como Tonhão (“TV Pirata”), Tancinha (“Sassaricando”), Sally Bowles (“Cabaret”) e Charity Valentine (“Sweet Charity”). A propósito, é esse último musical de 2006 um dos que mais marcaram Juliana Silveira. “Eu lembro bastante de assistir a esse musical e ter ficado maravilhada com a performance dela. É uma artista incrível! Mas acho que o que mais me marcou foi a cena dela nua na chuva emEngraçadinha’. É algo que você vê e na mesma hora sente que é uma cena linda, impactante e que o resultado serve de referência para todas as atrizes”, declarou.

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“Não fuja da Raia”, um dos musicais mais importantes da carreira de Claudia, montado em 1991 e responsável por dar início à trilogia teatral que se seguiu com Nas raias da loucura” (1993) e Caia na raia” (1996), e posteriormente foi transformado em humorístico pela Rede Globo, parece um dos mais significativas para os fãs e colegas da atriz. Bianca Rinaldi, por exemplo, lembrou que essa foi a primeira vez que viu a diva nos palcos: “Nós saímos do ‘Xou da Xuxa’, em 1991, e fomos direto para o teatro. Achei fantástico ver como ela dançava, como tinha toda aquela energia no palco e aquilo tudo me deixou muito feliz. Nunca havia visto algo tão esplêndido na vida”, comentou a atriz, que está programando seu próprio retorno aos palcos para janeiro do próximo ano.

Cacau Potássio, que está se dedicando integralmente ao “Vai que cola”, lembrou a inspiração que “Não fuja da raia” teve em sua carreira: “Eu amo tudo o que ela faz, mas esse me traz uma memória muito vívida de um número em que ela faz sapateado sobre uns cabos de vassoura, algo assim. Na época, cheguei até a comprar sapatos porque queria aprender a dançar e sapatear daquela forma, mas acabou que eu nunca consegui”, se lamentou, entre sorrisos.

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Os companheiros de TV de Claudia Raia também não deixaram de retirar do baú da memória algumas lembranças tenras das experiências que compartilharam com a triple threat. Juliana Alves, por exemplo, citou a época em que as duas interpretavam antagonistas em Ti ti ti” (2010). “Ali eu vi toda a versatilidade dela como atriz, que conseguia passar de uma vítima a se armar em questão de segundos. Aprendi muito com ela, foi um sonho”, comentou a rainha de bateria da Unidos da Tijuca, que já começou os ensaios para o carnaval e, paralelamente, desenvolve projetos no cinema e no teatro.

Fernando Torquatto recordou a primeira vez que ele e Claudia trabalharam juntos: “Foi em Belíssima (e ela tinha um time próprio de cabeleireiros e maquiadores, mas eu precisava que ela confiasse em mim. Quando ela se entregou para as mudanças que eu estava disposto a fazer, o resultado foi incrível. Acho que essa foi uma das personagens em que ela estava mais linda”, opinou, completando que “Ela é gente de verdade, e isso já é mais do que se pode dizer de muitas pessoas nesse ramo”.

A novela de 2005 também foi a que mais marcou Paolla Oliveira, já que ela e Claudia foram mãe e filha no folhetim que também marcou sua estreia na TV. “Lembro de muitos trabalhos dela, desde quando eu a assistia em casa. Quando trabalhei com ela foi incrível, porque eu tinha acabado de chegar ao Rio e ela cuidou mesmo de mim, tanto que até hoje eu a chamo de mamá. Sou tão fã da atriz quanto sou da pessoa, não sei nem como explicar”, disse.

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Dentre tantos momentos icônicos, alguns dos convidados não conseguiram escolher apenas um único personagem, mas preferiram optar pelo conjunto da obra de Claudia Raia. “A carreira dela é muito icônica, sem falar que essa mulher tem um astral absurdo! Ela foi uma das pioneiras no teatro musical brasileiro, começou bem antes da onda e já era completa, desde o início. Acho que ela merece sim comemorar com muita festa esses 30 anos”, declarou Alexandra Richter. E Danielle Winits, correndo para não perder o início da apresentação, comentou rapidamente: “Acho que todos os musicais que ela fez são primorosos, verdadeiras obras de arte. Sou fã incondicional do seu trabalho, não consigo me decidir por apenas um”. Ela para, pensa e completa: “Acho que todos eles deixaram uma lição. Mais do que isso, uma marca dela na cultura”.

Ao final do espetáculo, Claudia, rodeada por amigos, colegas de trabalho e familiares – o filho Enzo Celulari, assim como a mãe, Dona Odette, também compareceram -, agradeceu emocionada a todo o apoio que tem recebido ao longo desses 30 anos. A comoção atingiu o público, que também não pôde deixar de agradecer, mesmo que intimamente, por ter o prazer de vivenciar o talento de uma artista que, mesmo depois de tanto sucesso, se mostra pronta para outras três décadas de trabalho impecável.

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