Leopoldo Pacheco fala sobre “Êta mundo bom” e a peça em cartaz em São Paulo: “Inauguramos o teatro Morumbi Shopping com esse espetáculo”


O ator foi convidado para viver Ernani, pai do protagonista Candinho, na trama global das 18h. “Eu me preparei muito porque está todo mundo no ritmo de quinta marcha e eu estou entrando na primeira. Tenho que avançar”

Uma semana. Esse é o período que Leopoldo Pacheco ficará no ar em “Êta mundo bom”. Tempo suficiente para marcar a vida de personagens como Candinho (Sérgio Guizé) e Anastácia (Eliane Giardini). Explicamos: é que Leopoldo interpreta Ernani, o pai do protagonista que aparece no meio da trama. “Já tinham pensado em mim para fazer esse papel, mas eu estaria em ‘Haja coração’, então desencanaram. Como saí e fui para a novela da Glória (Perez, que tem título provisório ‘À flor da pele’), me convidaram novamente e eu aceitei, porque a novela é linda, é um sucesso. É uma delícia entrar em uma novela bombada, ainda mais para interpretar o pai do Candinho, um personagem incrível que o Guizé está fazendo lindamente”, elogiou. Se, por um lado, é bom entrar em um sucesso, por outro, a responsabilidade é ainda maior. “A primeira cena com a Eliane Giardini já eram três páginas de texto, enorme, de emoção, de um pai que encontra o filho. Tem esse lugar, então eu me preparei muito, porque está todo mundo no ritmo de quinta marcha e eu estou entrando na primeira. Tenho que avançar”, disse.

Cap 148 – Cena 27 – Ernani ( Leopoldo Pacheco ) olha Candinho ( Sergio Guizé ) vendendo pipoca, vai em sua direção e diz que é seu pai. Também em cena: Pirulito ( JP Rufino )

Leopoldo Pacheco como Ernani, em “Êta mundo bom” (Foto: João Cotta/ Globo)

Motivo que explica a concentração do ator momentos antes da cena em que Ernani se apresenta a Candinho na praça onde o caipira vende pipocas. “Sou muito concentrado sempre. Quando exige mais, então, já faz parte do organismo. Essas cenas pedem isso, estou tentando manter esse lugar da novela, que é muito legal. Eu gosto demais de trabalhar, encaro tudo de um jeito muito profissional”. Se, na trama, Ernani não sabia do filho que teve com Anastácia, na vida real, Leopoldo nunca considerou a hipótese de estar na pele do personagem. “Acho que todo ser humano tem um pouco essa fantasia, de ‘será que eu tenho algum filho perdido por aí?’. Os homens, no caso (risos). Eu não tenho, não. Mas se acontecesse comigo eu procuraria muito, assim como o Ernani, ia querer conhecer. Ele fala disso em uma das cenas: veio atrá da Anastácia na época, mas ela não estava mais, o pai dela tinha vendido a fazenda, daí ele se casou com outra mulher, mas não teve filhos. Para o meu personagem, esse reencontro é muito importante”, adiantou.

Sérgio Guizé, JP Rufino e Leopoldo Pacheco em cena (Foto: João Cotta/Globo)

Sérgio Guizé, JP Rufino e Leopoldo Pacheco na cena em que Ernani e Candinho se conhecem (Foto: João Cotta/Globo)

A trama de Ernani acaba quando ele pede a ex em casamento, mas ela não aceita. “Ele vai embora, mas mantém esse contato com o filho que descobriu ter”, contou ele, que não acompanhava a novela como espectador. “Quando terminei ‘Velho Chico’ eu estava ensaiando uma peça com a qual estou em cartaz agora, em São Paulo. Vi pouco até a minha participação, mas estou muito feliz com o que tenho feito aqui na Globo. São personagens incríveis. ‘Velho Chico’ foi um papel rápido, mas um personagem tão humano, tão importante naquele contexto, um médico que era quase um filósofo”, lembrou.

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No palco, com Regiane Alves na peça “Para tão longo amor” (Foto: Reprodução)

Agora, assim que acabar as gravações de sua participação na trama das 18h, Leopoldo volta para São Paulo, mais precisamente para o palco. “Estou fazendo ‘Para tão longo amor’, um texto da Maria Adelaide Amaral que é lindo. Divido o palco com a Regiane Alves e o trabalho é uma delícia”, contou ele, ressaltando: “Inauguramos o teatro Morumbi Shopping com esse espetáculo”, disse. Para os interessados: a peça fica por lá até o dia 30 de julho. “Depois vamos fazer viagens pelo Brasil, mas ainda não sabemos quando chegamos ao Rio, porque a Regiane estará na novela da Maria Adelaide (“A lei do amor”) e, logo em seguida, eu entro na da Glória. É esse caminho complexo do teatro, porque também precisamos trabalhar na televisão”, explicou. Nós, de HT, já torcemos por sessões cariocas.