Vem ver! Em clima noir, o músico Thiago Pethit dá o start nas campanhas de João Pimenta, um dos grandes nomes do design nacional

João Pimenta é uma das principais cabeças da moda brasileira. Temporada após temporada, ele se consolida como um dos grandes nomes do design nacional e, mais do que isso, como um grande pensador, apontando caminhos e mostrando como aliar o comercial ao conteúdo artsy. Tudo sem abrir mão da sua integridade.

Pois bem: para colocar no mercado a sua primeira campanha nacional – com direito a anúncios em grandes revistas do gênero – ele convidou o cantor e compositor Thiago Pethit, um fã confesso do estilista, para ser o astro das fotos clicadas em clima noir pelo fotógrafo peruano radicado no Brasil Gianfranco Briceño.

A história de Thiago e João, aliás, não vem de hoje. Desde o início da turnê de seu mais recente álbum, o ótimo Estrela Decadente, Thiago vem vestindo as criações de João pelos palcos dos quatro cantos do mundo. Sim, Thiago é internacional e se apresentou até em Paris neste ano!

Entre um show e outro, um clique e outro, uma composição e outra, puxamos Thiago em um canto e trocamos um dedo de prosa sobre moda e a experiência como modelo.

HT – Como foi a vida de modelo por um dia?

TP- Foi engraçado. Dormi cedo, coisa que não faço nunca. Tomei muita água, tentei me cuidar mais do que o normal. No começo fiquei um pouco tenso de ser modelo por um dia (e uma noite) com medo de decepcionar o João que é um cara que eu admiro tanto e que depositou essa responsa e essa honra na minha mão. Mas na hora mesmo, tentei não levar tão a sério, e acabou sendo uma superdiversão. Já tinha fotografado alguns editoriais de moda para a TPM, Lilian Pacce, pra Revista Noize… Devo ter aprendido um mínimo sobre isso ao longo dessas brincadeiras. Nada demais, mas o suficiente pra me divertir.

HT – A gente sempre pensa nos cantores com uma ideia mais calça skinny, mas você gosta de brincar com formas, certo? Seu estilo mudou muito ou sempre se manteve fiel a uma linha de pensamento?

TP – Eu me mantenho fiel a mim mesmo, então alguma linha deve existir. Eu gosto muito de roupas que contenham uma história, mais do que simplesmente uma peça que esteja na moda, uma estampa do momento, essas coisas. As formas, às vezes, mudam e eu gosto que elas mudem, porque eu internamente mudo também. E a moda serve, ou deveriam servir, para apresentar quem nós somos, como estamos e no que acreditamos, antes de tudo. Uma coisa que existe sempre nessa linha do tempo de estilo apra mim, é explorar o guarda-roupa masculino ao máximo. E não me contentar só com o que deve ser o padrão.

HT – Ator, compositor, cantor e agora modelo. O que falta ?

TP – Só não aceito convites para ser bailarina do Faustão, eu tenho uma reputação a seguir.