Casa de Criadores chega ao terceiro dia com grifes apostando em inverno leve, moderno e descontraído


O penúltimo dia do evento foi marcado pelo desfile da nova marca de Leandro Benites, releitura do Japão na coleção de Weider Silveiro, inspiração de Fábia Bercsek nos blues – com direito à música ao vivo na passarela e ilustrações exclusivas nas estampas de Karin Feller

O terceiro dia da Casa de Criadores começou com a coleção de Weider Silveiro. Com inspiração no Japão, as roupas surpreenderam pela releitura oriental do estilista, que não usou vermelho, mas cores frias e estrutura quase futurista. Em seguida, Karin Feller desfilou peças ilustradas por ela e abusou de tecidos fluidos. Leandro Benites fez a estreia de sua Ben na passarela com um outono-inverno inspirado em sonhos e Fábia Bercsek provou que a mistura exótica de materiais funciona perfeitamente. Vem saber mais!

Weider Silveiro
Quando pensamos em uma coleção inspirada no Japão logo vem a cabeça os quimonos, a pegada retrô-oriental e muito vermelho, mas Weider Silverio fez justamente o contrário. Com peças quase que futuristas e cores frias, a referência não era nada óbvia. O Japão do estilista teve, sim, quimonos e ligação com samurais, mas foi além disso. As estampas de flor de cerejeira e o mix de tecidos estruturados e leves surpreendeu. Além disso, Weider abusou de comprimentos mídi e trouxe muitas peças em branco e off-white. A make quase temática foi assinada por Ricardo dos Anjos.

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Karin Feller
A coleção de Karin, que também é ilustradora, foi inspirada na adaptação das espécies. O otimismo da estilista foi refletido em peças que mostram a vida na natureza, e, com delicadeza, abordam o mimetismo e a capacidade de sobrevivência dos animais. Karin, que sempre desenha as próprias estampas com técnicas manuais, optou por tons suaves e claros e muitos tecidos fluidos para a próxima estação. Pontos escuros chamaram atenção na estamparia da marca.

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Ben
Se Karin Feller prova que é possível transmitir beleza mesmo em tempos difíceis, Leandro Benites se inspirou no mundo dos sonhos e a linha entre o real e o lúdico para a coleção outono-inverno 2016. Seu DNA que transita entre a moda e a arte apareceu ainda mais forte graças aos processos artesanais aliados à tecnologia das peças. A modelagem minimalista e moderna ressaltou o inverno tropical fresco em sua primeira coleção autoral desfilada em passarela. O corte alongado e as roupas mais soltas no corpo e com muitas sobreposições foram valorizados por pontos de estrutura. A cartela de cores destacou a combinação entre o preto e o branco e a marca abusou de tecidos como malha, neoprene e sarja. Detalhes em tela e estampas geométricas e florais também se destacaram na passarela.

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Fábia Bercsek
A coleção inspirada no blues de Fábia Bercsek, que também é diretora criativa da Cravo&Canela, fechou a terceira noite de desfiles. A inspiração, fruto de um mergulho na origem do ritmo, resultou em vestidos e conjuntos românticos, confortáveis e super atuais. Se a música foi parte ativa no processo de criação, o desfile não poderia deixar de contar com som ao vivo. As modelos cruzaram a passarela ao som da banda Mustache e os Apaches. A pegada folk das peças trouxe tons terrosos, que foram perfeitamente trabalhados junto de outros como preto, prata, rosa e cobre. A estilista investiu em materiais variados, que iam desde veludo cristal, vinil, cetim e tafetá passando por moletom, couro, metalizados e sapatos – exclusivos Cravo&Canela, estampados como croco e phyton.

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