Woody Allen faz o Rio sonhar com sedução em produção estrelada por Luana Piovani


Peça e filme emblemáticos do diretor estreia no Rio com elenco de bambas, incluindo a bombshell Luana

A prefeitura carioca ainda não engrenou com Woody Allen uma produção do cineasta rodada no Rio, mas, aos pouquinhos, ele vai dando o ar de sua graça na Cidade Maravilhosa. Se, por hora, não rola a filmagem de produção inédita por aqui, que seja uma boa empreitada teatral em cima de um daqueles textos que ajudou a consolidar a carreira do mestre ainda na virada dos anos setenta: Sonhos de um Sedutor (Play It Again, Sam), que estréia nesta quinta no Teatro Ipanema e fica em cartaz até dezembro, sob o comando de Ernesto Piccolo, direção de movimento de Deborah Colker e produção de Miguel Colker, que comprou os direitos da montagem no Brasil. No elenco, gente bacana, como Luana Piovani (em uma peça com sedução no nome, quem poderia ser mais sedutora?!?), Heitor Martinez, Gerogiana Góes e George Sauma (que interpreta o protagonista que coube a Allen no cinema), se encarrega de fazer o público rir e refletir.

Super sucesso de público e crítica na Broadway, a peça chegou à tela grande três anos depois com o próprio Allen no elenco, além de Tony Roberts e Diane Keaton, musa do diretor na época e com quem ele repetiu uma frutífera parceria em mais sete filmes. Mas, foi essa trama que mitificou de vez a personalidade de Woody Allen como um profundo filósofo judaico-contemporâneo das relações humanas e um genial intérprete das mazelas da vida, sempre vistas sob uma ótica irônica. Além disso, nessa obra ficou marcada sua fascinação pelo clássico hollywoodiano Casablanca e pela magnética personalidade de Humphrey Bogart, o Rick Blaine do filme de Michael Curtiz. No enredo, um Bogart imaginário dá cínicas dicas ao protagonista sobre como se relacionar com as mulheres.

A produção brasileira tem ainda nomes de peso na ficha técnica como o übber make up artist Ton Reis assinando a concepção de maquiagem e a direção musical a cargo do ator e DJ Rodrigo Penna, além da iluminação sempre precisa de Jorginho de Carvalho. Um luxo essa equipe! Além disso, a Loungerie – grife das bacanas loucas por underwear com estilo – veste (despe?) as sete personagens-fetiche do imaginário do protagonista, todas vividas por Gerogiana Góes. Loucura! A peça segue em cartaz no Rio até 15 de dezembro.

Foto: Matheus Cabral