UNIRIO inicia desinfecção dos campi e empresa Diagnóstica Sudeste aplica solução antimicrobiana high tech


Sandro Lahman, presidente da empresa, destaca a importância da iniciativa: “A UNIRIO é uma faculdade de ponta e, como tal, está promovendo esta ação no intuito de proporcionar segurança a todos”. O processo de desinfecção começou pela unidade da Urca. A previsão é que os demais campi da universidade (em Botafogo, Centro e Tijuca) passem pela desinfecção na próxima semana

*Por Brunna Condini

Com a pandemia do novo Coronavírus, que assola o Brasil e o mundo, as aulas foram suspensas, tanto na rede particular, quanto na rede pública, bem como outras atividades no Rio de Janeiro. Não há vacina ainda, mas o que se sabe, é que a transmissão inter-humana, por contato direto pessoa a pessoa, ou pelo ar, continua sendo responsável pela continuidade da propagação da doença, e que o isolamento, bem como adotar as medidas básicas de higiene como lavar bem as mãos, utilizar álcool em gel, seguindo as orientações do Ministério da Saúde, evita a transmissão.

O cenário e o aumento de casos, vem assustando a população – hoje temos 1.924 mortes registradas e 30.961 casos confirmados no Brasil. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os Coronavírus compõe uma família de vírus que podem causar desde um resfriado comum até síndrome respiratórios graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS).

De forma preventiva, a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), iniciou hoje o processo de desinfecção dos campi localizados na Urca. A empresa Diagnóstica Sudeste, responsável pela ação, atua com serviço de saúde em todo o país, e aplicou nos espaços internos e externos da universidade uma solução antimicrobiana de alta tecnologia e de longa duração.  Sandro Lahman, presidente da empresa, destaca a importância da iniciativa. “Entendemos ser fundamental o retorno da educação no país, quando for seguro. A UNIRIO é uma faculdade de ponta e, como tal, está promovendo esta ação no intuito de proporcionar segurança aos seus alunos no futuro retorno as aulas”, diz, Sandro, acrescentando que a empresa atua há 10 anos no mercado.

A ação de desinfecção, no combate ao Coronavírus, que aconteceu hoje na Unirio (Foto: Carla Valladão)

A empresa contratada tem produto único no Brasil rotulado pela Anvisa com ação de desinfecção de microrganismos de no mínimo 90 dias. Com a aplicação, o ambiente universitário começa a ser preparado para que a retomada das atividades ocorram dentro dos padrões de higiene necessários ao enfrentamento da Covid-19. A UNIRIO tomou todas as medidas de contingência necessárias diante do cenário epidemiológico, e elaborou um plano que está de acordo com as orientações nacionais e internacionais.

A ação de desinfecção desta manhã foi possível a partir da doação da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), parceiro institucional na execução de projetos. O reitor, Ricardo Cardoso, e o vice-reitor, Benedito Adeodato, estiveram presentes para acompanhar o início da ação no campus 296, da Reitoria. O reitor da instituição ressalta a atenção para a necessidade da medida, já que apesar das aulas estarem suspensas por tempo indeterminado, funcionários ainda precisam atuar em áreas do campi. “Acho que neste momento tão delicado para toda a sociedade e para os profissionais da área da saúde, o nosso papel enquanto universidade se faz fundamental. Então, além de todo o movimento dos pesquisadores, das diversas iniciativas dos nossos docentes, técnicos e alunos, é vital também uma gestão consciente e humanizada, que possa dar conta não apenas das questões burocráticas que fazem a universidade funcionar, mas que tenha também um olhar cuidadoso com todas as vidas que passam por aqui”, esclarece, e conta que a previsão é que os demais campi da Universidade (em Botafogo, Centro e Tijuca) passem pela desinfecção na próxima semana.

A limpeza do local foi realizada nas áreas de maior acesso dos alunos e colaboradores, como a recepção, salas de aula, e banheiros (Foto: Carla Valladão)

Sandro Lahman informa que foram priorizadas todas as áreas de maior acesso dos alunos e colaboradores, como a recepção, salas de aula, e banheiros, por exemplo. E fala das garantias da desinfecção como aliada na luta contra o Coronavírus. “Nosso produto, é um quaternário de amônio de quinta geração, pois possui uma cadeia de 18 carbonos totalmente homogênea, facilitando assim a atração de microorganismos para si, onde as moléculas de cloro e nitrogênio vão agir desnaturando as paredes lipídicas ou proteicas de bactérias, vírus, fungos, algas”, detalha. “ Além disso, o que faz nosso produto diferente de todos os outros do mercado, é o silano, presente em sua fórmula, criando uma ligação covalente à superfície tratada, mantendo seu princípio ativo e sua propriedade bactericida por 90 dias ou mais. O foco é proporcionar um ambiente seguro e estéril para o retorno às aulas”.

A dessifecção foi realizada com tecnologia que garante 90 dias de proteção (Foto: Carla Valladão)

Essas medidas de desinfecção são fundamentais no enfrentamento da Covid-19. Na sua opinião, quais os locais na cidade que deveriam passar pelo mesmo processo? “Os de alta circulação da população, como shoppings, academias, hospitais, metrôs, estações de trem e BRT, barcas, aeroportos, bancos, empresas, por exemplo”, diz. “Estamos divulgando essa tecnologia para o maior número de pessoas para que elas possam fazer disso uma ferramenta de combate não só a Covid-19 como também ao H1N1, tuberculose, infecção hospitalar, etc. Paralelamente, estamos investindo em uma fábrica aqui no Rio no intuito de acelerarmos a aquisição dos produtos e barateá-los, pois são importados”

Quais são suas principais apreensões diante desta pandemia ? “Vivemos uma guerra onde nosso inimigo pode nos “abater”, ou seja, nos contaminar de duas formas: a primeira se dá pela aproximação das pessoas (contaminação direta), nesse caso só nos resta a defesa que é o isolamento e os cuidados com os EPI’s.(Equipamentos de Proteção Individual). A segunda, é quando ele nos atinge pelo contato à superfícies contaminadas (contaminação indireta). É aí que entra nossa tecnologia, no ataque ao inimigo, combatendo ininterruptamente por mais de 90 dias. Na minha opinião, nestes casos, a melhor defesa é mesmo o ataque”.

Sandro Lahman, presidente da Diagnóstica Sudeste, Benedito Adeodato, vice reitor da Unirio, Ricardo Silva Cardoso, reitor da universidade, e o funcionário que fez a pulverização do produto Rodrigo Desidério (Foto: Carla Valladão)