#SaiaDaCaixa de Helen Pomposelli com Eduardo Niemeyer, um cineasta de 16 anos


Dono do canal Tuff Movie Studios, Eduardo já tem alguns filmes na internet, dirigidos e roteirizados por ele. Em papo com a nossa colunista Helen Pomposelli, ele fala sobre os desafios de se começar tão cedo e dá dicas de como pensar de forma original

*Por Helen Pomposelli

Em tempos de falta de esperança e na semana em que se celebram as crianças, adolescentes e almas infantis de adultos especiais, o “Saia da Caixa” de hoje escolheu uma aposta não somente cultural, mas de esperança para o futuro e presente do Brasil e falou com Eduardo Faveret Conrado de Niemeyer, de 16 anos, cineasta amador, que gosta de retratar a realidade de maneira divertida através de histórias contadas em forma escrita ou através de filme dirigidos ou atuados por ele. “Eu gosto de retratar a realidade sem precisar me prender ao realismo. Exagerar e retratar o sentimento da vida sem ser completamente perfeita e de forma que mostre o exagero para dar um tom mais divertido à obra”, resume Eduardo, que prefere usar o senso de humor mais absurdo e surreal em seus filmes para que as pessoas sintam mais conexão com seu trabalho.

Segundo o cineasta amador, que já dirigiu cinco filmes como o Frequências, Mistérios da casa 13 e Meus caros fantasmas, além de videoclipes e animações que mantêm em sua página no YouTube e Facebook Tuff Movie Studios, as pessoas se identificam mais com o absurdo. “Prefiro contar as coisas de forma mais divertida para conseguir passar a emoção e o pensamento do que o personagem simplesmente é. Não sou leal à realidade”, enfatiza. Para Niemyer, ser cineasta amador é poder ser, na sua forma mais pura, fazer cinema pela paixão sem precisar gerar lucro ou agradar críticas. “A idéia é fazer uma boa história e saber que as pessoas vão gostar e aprender com cada filme para melhorar. Não tenho pressão e isso facilita, porque você faz um projeto mais autoral. Não quero ter que impressionar ninguém e sim evoluir quem eu sou para um dia chegar a outro lugar na minha vida com uma certo estímulo. Atualmente eu confio muito nos meus instintos e isso não é só importante para fazer filme, é para vida!”, filosofou.

Quando era mais novo “ ainda”, isso há uns cinco anos, Eduardo escolheu o nome de um cometa para batizar seu projeto Tuff e teve sua primeira participação em um filme em 2015, em um curta do curso da escola. Mais tarde, em 2016, começou a dirigir com amigos do curso de cinema, onde nasceu o roteiro que ele escreveu “ Penetras Ltda”. Seus maiores desafios são saber separar a vida normal de escola com a vida de escrever e fazer filme. “Às vezes, um acaba ficando no caminho do outro. Hoje estou escrevendo um roteiro sobre um suspense com humor. Adoro pesquisar e achar filmes que ainda não vi”, animou-se. Eduardo tem sua lista de filmes no estilo “fantasia” prediletos como “ O Senhor dos Anéis“ e “ ET”, além de seguir seu diretor inspiracional Peter Jackson.

“Meu maior sonho é poder inspirar pessoas através dos meus filmes. Tocar emocionalmente ou ter um personagem que consiga fazer uma alguém feliz. Não viso premiação, mas, sim, acessibilidade do personagens e da trama em si”, anunciou. Eduardo sempre foi bastante interessado em arte, de acordo com as palavras do próprio garoto prodígio. “Desde pequeno, me reunia com meus primos e a gente fazia histórias escritas, desenhos. O criativo sempre foi importante na minha vida e meus pais sempre me incentivaram de forma construtiva , ou seja, nunca ficam dizendo se está bom e tal, mas, sim, fazendo criticas e me incentivando a fazer mais para melhorar”, lembrou.

Eduardo Niemeyer não tem medo de arriscar e se joga em várias vertentes artísticas (Foto: Divulgação)

E seu conselho “Saía da caixa”? Eu diria que cabe às pessoas tomarem atitude. Às vezes, falam muito e fazem pouco. A facilidade não pode dominar ninguém, mas tem que expressar, começar pequeno. Se a pessoa quiser, faz, escreve alguma coisa, leia e procure o seu grupo com pessoas que são fora da caixa como você! Além disso, ter coragem de poder se tornar um pessoa cada vez melhor e mais ativa”, finalizou.

Adorei, Nico!