Saia da Caixa de Helen Pomposelli com Tati Lund, a chef que fez da natureza arte gastronômica


Tati Lund é nutricionista formada em Nutrição pela UFRJ e também pela Natural Gourmet Institute for Health and Culinary Arts, em Nova Iorque, onde estudou 7 meses e também estagiou em alguns restaurantes importantes por lá. Desde pequena sempre se interessou por comida, apesar de ninguém da família saber cozinhar e hoje é dona de um dos restaurantes veganos mais disputados da cidade: o Org.Bistro

Tati Lund por Miguel Moraes

Tati Lund por Miguel Moraes

*Por Helen Pomposelli

“Me orgulho de ter que todo dia criar uma coisa nova para o meu cardápio”. Quem não gostaria de trabalhar assim? Se desafiando todo tempo no seu próprio negócio sem medir esforços? Assim vive a chef Tati Lund, de 29 anos, nossa total “Saia da Caixa” de hoje, inspiradora de muitos que apreciam a boa comida orgânica e vegana, proprietária do Org. Bistrô situado na Barra e chef apresentadora do programa Comida.Org do GNT.

Tati Lund por Miguel Moraes

“Todos os dias, a minha inspiração é olhando para o alimento e sentindo o seu gosto e textura. Além disso, aprecio a comida mexicana e tailandesa, onde o sabor me causa emoção”, explica Tati destacando dois dos carros-chef do menu de seu restaurante: o Arroz negro tailandês com cogumelos e creme de capim-limão com gengibre e o saboroso Espetinhos de vegetais defumados com molho mole negro acompanhado com batata doce recheada com salsa de repolho roxo e sour cream de castanha de caju e gergelim tostado, molho tradicional mexicano com mais de 40 ingredientes.

(Foto: Miguel Moraes)

Tati Lund é nutricionista formada em Nutrição pela UFRJ e também pela Natural Gourmet Institute for Health and Culinary Arts, em Nova Iorque, onde estudou 7 meses e também estagiou em alguns restaurantes importantes por lá. Desde pequena sempre se interessou por comida, apesar de ninguém da família saber cozinhar. Tati adorava brincar de fazer comidinha misturando terra com mato em seu fogãozinho e panelinhas onde passava horas na escola no meio do mato, em Vargem Grande. Segundo a chef, ela sempre foi criada perto da natureza e quando viajava de férias, sempre visitava lugares com floresta, mar, com muita cachoeira e conexão com a natureza. “Ninguém cozinhava da minha família. Minha avó não sabia fazer nem uma gelatina!”, exclama a chef cujo a mãe é professora de yoga e o pai empresário. “Na minha casa sempre teve essa lado mais natureza, nunca tinha biscoito industrial e nem refrigerantes. A mesa só tinha o essencial e não era farta como as das minha amigas. Eu ia na casa da minhas amigas e achava o máximo a fartura.”

Tati Lund por Miguel Moraes

Tati quando entrou na faculdade de nutrição era apaixonada pelos alimentos e não tinha referência com a parte vegetariana da sua vida. “Foi na faculdade, aos 19 anos, que me tornei vegetariana, logo depois que vi o documentário A carne fraca. Sempre fui muito ligada à natureza e aos animais, quando vi o filme pensei: não vou comer a minha cachorra”, diz. A decisão mudou a vida inteira da chef que foi impulsionada à começar a cozinhar para si. Depois da formação em Nova Iorque, trabalhou num restaurante de comida viva na Califórnia que ficava situado dentro de um hotel sustentável. Tati escolhia na horta e fazia a comida todos os dias. “Lá na Califórnia eu pensei, é isso que eu quero na minha vida! Desde então fui à luta. Na minha casa sempre tive muita liberdade de tudo, ninguém nunca se opôs a nada, então não foi difícil”

Tati Lund por Miguel Moraes

Quando voltou ao Brasil, Tati que sempre foi ligada ao esporte, como surf , por exemplo, conseguiu unir os dois desejos em seu dia-a-dia. Com 23 anos, montou o Org.Bistrô que veio como objetivo de levar um pouco da filosofia de sua vida para as pessoas. “Além de ser um restaurante com base no orgânico fresco, não usamos comida processável, tudo é feito aqui e todo dia deve ter uma receita diferente. Outra coisa, nosso lixo é reciclável e os funcionários tem aula de meditação uma vez por semana”. Bacana, né? E para Sair da Caixa, o que sugere? “Fazer o que ama! Hoje em dia fazer o que ama é acreditar no seu dom. Gente que faz, dá certo! Não fica na dúvida, não pensa muito e tem o foco. Seguir sua ideologia também é um bom início, acho que não fico pregando a bandeira do veganismo, faço uma militância consciente amorosa e tento oferecer um outro tipo de comida e pensamento”. Falou e disse.

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