“O que as pessoas querem, de fato, é encontrar a melhor versão delas mesmas”, diz Douglas Maluf


Life Trainer de várias famosas e personalidades, Douglas Maluf, também apontado como namorado de Paolla Oliveira, não comenta sobre a vida pessoal, mas fala sobre seu trabalho, destacando o método idealizado por ele em 15 anos de atividade profissional: “Ajudo as pessoas a entenderem como as emoções podem auxiliar na ressignificação ou reprogramação de seus bloqueios emocionais, modificando situações que antes as impediam de conquistarem seus sonhos ou metas profissionais”

*Por Brunna Condini

A busca por ferramentas que possibilitem uma vida com mais bem-estar e identificação do que se quer transformar, conquistar. Isso é o que está por trás da intenção de quem procura pelo trabalho do Life Trainer Douglas Maluf. “No fundo, o desejo é quase sempre o mesmo: o que as pessoas querem, de fato, é encontrar a melhor versão delas mesmas”, diz Douglas, sobre o trabalho que realiza há 15 anos.

“O que as pessoas querem, de fato, é encontrar a melhor versão delas mesmas” (Foto: Pino Gomes)

Eleito de muitas famosas como Grazi Massafera, Angélica, Claudia Raia, Carolina Dieckmann, Fernanda Souza, Juliana Silveira, entre outras, ele tem tido seu nome associado à Paolla Oliveira, que também já foi atendida profissionalmente por ele. Ao que tudo indica, e foi publicado neste Carnaval, eles estariam juntos, mas ambos, ainda não falam abertamente sobre a relação. Douglas se mantém discreto e prefere não comentar sobre o assunto, mas fala, e com entusiasmo, sobre o seu trabalho, realizado através do Método MD – Inteligência Emocional, do qual também é idealizador.

Paolla Oliveira e Douglas Maluf (Reprodução Instagram)

Como o Método MD funciona e como pode ajudar? “É uma experiência de três dias, que acontece de sexta a domingo, e reúne mais de mil pessoas à cada edição. Nele, por meio de diversas técnicas, ajudo as pessoas a entenderem como as emoções podem auxiliar na ressignificação ou reprogramação de seus bloqueios emocionais, modificando situações que antes as impediam de conquistarem seus sonhos ou metas profissionais”, explica o profissional, que é formado em Engenharia de Produção, pós-graduado em Gestão Empresarial, e Master em PNL (Programação Neurolinguística). “Como em qualquer atividade que você queira ter sucesso, é preciso estudar. E eu estudei muito! Fiz vários cursos de neurolinguística, todos os tipos – os bons e até os considerados ruins, pois queria conhecer o mercado.  Até hoje leio muito, estou sempre me atualizando sobre PNL e novas técnicas que possam me ajudar nos treinamentos, e sempre que me deparo com algum novo material dos criadores da PNL, Richard Bandler e John Grinder, quero consumir na hora”.

O Life Trainer ao lado da apresentadora Angélica (Reprodução Instagram)

Como funciona exatamente o trabalho de um Life Trainer? “Essa é uma nomenclatura que eu criei para definir aquilo que eu faço, que em resumo é ajudar as pessoas a traçarem e alcançarem seus objetivos, entendendo e resolvendo possíveis travas ou bloqueios emocionais durante esse percurso”.

“A Luiza Possi me indicou para a Claudia Raia, que me indicou para a Angélica, Fernanda Souza e assim por diante” (Reprodução Instagram)

Embora venha desenvolvendo seu método desde 2004, Maluf se tornou “queridinho” de vários famosos alguns anos depois, quando atendeu a apresentadora Angélica em 2015, após a queda do avião em que estava com o marido e filhos, e também, em 2016, quando trabalhou com o tenista Thomaz Belluci. “O primeiro trabalho que fiz com uma pessoa pública foi com ele, quando Belluci era motivo de preocupação sobre sua performance nos Jogos Olímpicos do Rio por conta de problemas em quadra. E, após um trabalho com ferramentas de PNL (Programação Neurolinguística) e Inteligência Emocional, ele chegou às quartas de final do torneio mundial, e mesmo perdendo para o Rafael Nadal, saiu da quadra aclamado pela torcida”, recorda. “Logo depois, comecei um trabalho com a Luiza Possi focado na performance dela para o Show dos Famosos, do Domingão do Faustão, na Globo, e daí em diante, vieram as indicações. A Luiza me indicou para a Claudia Raia, que me indicou para a Angélica, Fernanda Souza e assim por diante. Além desses nomes, já trabalhei com Sérgio Guizé, Wanessa Camargo, Ingrid Guimarães, Heloísa Perisse, Grazi Mazzafera, entre outros”.

Em quanto tempo é possível ver alguma diferença na rotina e quais são os principais ganhos identificados? “Não tem como precisar o tempo necessário para ver mudanças, pois isso varia em cada caso, mas gosto de acreditar que mudanças podem acontecer rápido. De uma forma geral, a pessoa com inteligência emocional está mais preparada para a vida pessoal e profissional, reconhecendo suas emoções e as dos outros. Melhoram-se os relacionamentos interpessoais e a forma de lidar com situações difíceis. Este, com certeza, é um dos principais ganhos, além de outro elemento muito importante que é saber se automotivar”.

Douglas, detalha ainda o seu modo de trabalho. Podemos chamar a aplicação da PNL e do Método MD – Inteligência Emocional, de tratamento?  “Não gosto muito deste termo “tratamento”. A PNL é uma ferramenta, com técnicas para mudança de comportamentos. Para mim, o termo que melhor define a Programação Neurolinguística é “a fórmula da excelência”. É como se você adquirisse um guia sobre o cérebro humano, com rotas e instruções para ter comportamentos que condizem com a realidade que você deseja criar. Entre outras coisas, a PNL ajuda a ressignificar experiências traumáticas ou dolorosas que geram comportamentos indesejados”, segue esclarecendo. “Já o Método MD é uma proposta de mudança. É um programa de desenvolvimento dinâmico, baseado em cinco pilares: confiança, coragem, comprometimento, responsabilidade e resultados. Durante o curso, os participantes podem entender quais são seus bloqueios emocionais e, assim, reprogramá-los, trocando crenças limitantes por crenças facilitadoras”.

Ao lado da atriz Carolina Dieckman (Reprodução Instagram)

O Brasil está no topo da lista de população com depressão e transtornos de ansiedade. É possível tratá-los através do método? Quando você aconselha também a procura de um psiquiatra e terapeuta? “Me deparo com quadros de depressão a cada Método MD que eu faça, afinal, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 6% dos brasileiros apresentam algum quadro depressivo. A depressão é um transtorno psicológico, ambiental e emocional. Existe um estigma relacionado a esse transtorno e muitas pessoas reprimem e sofrem silenciosamente. O primeiro passo é pedir ajuda para lidar melhor com a situação, já que existem medicamentos que regulam as funções químicas do cérebro, mas também é fundamental, na minha opinião, cuidar das suas emoções e das causas emocionais. É neste momento que o desenvolvimento da inteligência emocional se torna imprescindível, para ampliar a capacidade de administrar as diversidades e encontrar a força necessária para recomeçar”.

O profissional e a atriz Juliana Silveira (Reprodução Instagram)

O que responderia para pessoas que têm preconceito com o trabalho de um coach e quais cuidados acredita que devam ter quando procuram este tipo de atendimento?Antes de responder essa pergunta, gosto de deixar claro que pouco utilizo das ferramentas de coaching nos meus atendimentos. O Coaching é uma ferramenta para levar você de encontro com o que você deseja. O processo leva o indivíduo do ponto A para o ponto B, com ferramentas multidisciplinares. Mas tocando nesse preconceito que você mencionou na pergunta, vejo isso sob duas perspectivas: a primeira é que estamos falando de uma profissão relativamente nova que ainda gera algumas confusões. Outro ponto, que corrobora muito com esse “preconceito”, tem a ver como uma questão geracional, que é mais ampla. Escuto muito a seguinte frase “essa nova geração pensa que é especial, que tem que realizar seus sonhos”. E, de fato, a geração y (da qual eu faço parte) tem uma necessidade de encontrar um propósito maior em todas as suas ações. Muito diferente da geração do pós-guerra, por exemplo, que enxergava a vida como uma batalha árdua que precisa ser vencida e, por isso, precisou deixar de lado certos sonhos. Hoje, mais do que estabilidade na carreira e uma vida financeira confortável, as pessoas desejam encontrar propósito e serem felizes. E isso pode causar um certo “estranhamento” e assustar algumas pessoas”, opina o carioca de 35 anos. Minha recomendação antes de contratar um serviço desses, é sempre procurar indicações do profissional em questão. Avaliar quem essa pessoa já atendeu e se os resultados obtidos foram válidos. Conversar com pessoas que já passaram pelo processo com esse profissional pode, com certeza, te deixar mais seguro quanto a sua escolha”.

“O primeiro passo para aprender a administrar o estresse emocional é entender que você não irá eliminá-lo completamente da sua vida” (Foto: Pino Gomes)

Acha possível lidar com o estresse no mundo em que vivemos? Que dicas simples você poderia dar? “O estresse é uma epidemia mundial. Pior: para muita gente o estresse já virou um “estilo de vida”. O primeiro passo para aprender a administrar o estresse emocional é entender que você não irá eliminá-lo completamente da sua vida, mas é perfeitamente possível controlar o quanto ele afeta você. Algumas ações simples são: ter uma atitude menos controladora com situações que não dependem de você, prestar a atenção na sua respiração diante de momentos estressantes; evitar posturas centralizadoras e maneirar no perfeccionismo”.

A cobrança de estar conectado o tempo todo, também é um fator determinante de estresse. Você dá dicas de detox das redes e dos benefícios. Acha mesmo possível? Você consegue? “Não sou perfeito e nem é minha pretensão vender essa imagem, mas acredito ser possível. Mesmo que seja um exercício consciente para barrar essa tendência, e com isso, criar o hábito de se policiar nesse sentido”.

Qual o primeiro passo para quem precisa transformar um comportamento que julga nocivo? “É investir em autoconhecimento para poder eliminar a autossabotagem e crenças que impedem que o indivíduo alcance o que deseja e viva de forma mais plena”.

Douglas aponta algumas estratégias para quem deseja diminuir o tempo gasto nas redes sociais

Desative as notificações

Desativar as notificações é uma boa maneira para barrar a ansiedade e a necessidade de estar online o tempo todo. Hoje, o smartphone é instrumento de trabalho para muita gente e muitas vezes não é possível fazer isso durante o dia. Se esse for o caso, estabeleça um horário para desabilitar essa função do seu aparelho.

Passe um pente fino na lista de amigos

Seu feed te inspira ou provoca comparações angustiantes? Até que ponto os conteúdos que chegam até você são relevantes? Procure manter seu feed com conteúdos que agregam e evite receitas prontas e plastificadas de um life style, que muitas vezes, nem existe.

 Não leve o celular para almoçar

Abolir o uso do celular durante as refeições fará com que você aproveite esse tempo para conversar com seus colegas de trabalho, familiares ou amigos. O e-mail, o WhatsApp e as atualizações dos stories podem esperar.

Estabeleça um tempo limite

Existem diversos aplicativos que podem cumprir a função de “fiscal” e controlam quanto tempo você passa no seu feed. Use essa facilidade a seu favor, estabeleça um tempo limite por dia e cumpra!

Desapegue do celular quando estiver entre amigos

Seja no almoço de família aos domingos ou no happy hour com os amigos depois do trabalho. Quando estiver perto de pessoas que você gosta, concentre-se nelas e deixe o celular no bolso.

Faça um jejum matinal

Troque o hábito de checar as redes sociais assim que acordar por outro mais saudável como atividade física, meditação, escutar uma música ou dedicar um tempo para uma leitura inspiradora.