Entre bisturis e consultas, o cirurgião plástico Alessandro Martins se destaca pela sensibilidade com os pacientes e cuidado com a carreira acadêmica: “O nosso ofício é tratar de pessoas como um todo”


Especializado em reconstrução das mamas, o médico é formado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) e divide a sua rotina entre os procedimentos, as consultas e a vida em sala de aula. Com os anos de experiência e o destaque profissional, dr. Alessandro hoje também é coordenador do curso integrado dos serviços de cirurgia plástica no Rio de Janeiro

Tem quem veja como uma aliada, viciante ou até inimiga. Mas, o fato é que a cirurgia plástica é uma poderosa ferramenta da saúde humana. Para muito além de um desejo estético, os procedimentos têm funções reconstrutoras e, na maioria das vezes, devolvem algo precioso que se perdeu com o tempo: a autoestima. E, por trás dos bisturis e dessa responsabilidade biopsicossocial, dr. Alessandro Martins (Instagram: @dr.alessandromartins) é um dos nomes importantes da cirurgia plástica carioca. Com especialização em reconstrução das mamas, o médico é formado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) e divide a sua rotina entre os procedimentos, as consultas e a vida acadêmica. Com os anos de experiência e o destaque profissional, dr. Alessandro hoje também é coordenador do curso integrado dos serviços de cirurgia plástica no Rio de Janeiro.

E esta foi uma área que sempre esteve presente na vida do cirurgião. Segundo ele, a Medicina foi algo natural em sua vida. Posteriormente, a cirurgia plástica foi a tradução encontrada por Alessandro para dar forma às habilidades manuais. “A Medicina foi algo que eu quis desde a infância e de forma natural. Quando eu cheguei ao Ensino Médio, achei que tinha que ser médico e cirurgião plástico porque eu gostava de habilidades manuais. Adorava pintar, fazer esculturas etc. Por isso, comecei achar que medicina e cirurgia plástica eram duas coisas que faziam sentido para mim”, lembrou o médico que consolidou seu pensamento durante os anos de faculdade. “Eu passei pelas especialidades, fiz estágio em todas as áreas, mas nada trocou meu foco. Desde o primeiro dia de Medicina eu já dizia que queria cirurgia plástica e os professores até falavam que era bobeira minha, que todo mundo muda a especialidade durante o curso. Mas eu segui”, contou.

Dr. Alessandro Martins é médico cirurgião plástico com subespecialização em reconstrução de mamas pós-mastectomia (Foto: Sergio Baia)

Afinal, seria através dos bisturis que dr. Alessandro Martins atenderia um desejo especial. “Eu gosto da possibilidade de criar, reconstruir e modificar que temos dentro da cirurgia plástica. E é isso o que fazemos. Nosso trabalho vai desde mudar algo que não agrada o paciente a devolver o que foi perdido”, comentou o médico sobre a área em que se subespecializou. Entre as inúmeras possibilidades da cirurgia plástica, Alessandro Martins vem dedicando seus dias à reconstrução das mamas após a mastectomia por câncer. Segundo ele, esta foi uma escolha por consequência das vivências da faculdade. “Eu fiz Residência no Instituto Nacional do Câncer e lá a gente convive com várias patologias oncológicas e o trabalho consiste exatamente em devolver aquilo que foi tirado. E a mama eu acho que acaba sensibilizando todo mundo. É uma doença que a sociedade conhece bem, mesmo não sendo a mais mutilante ou grave”, explicou.

Além de popular, a cirurgia de reconstrução das mamas após o câncer é também a mais bem-sucedida na área. “A gente consegue devolver de forma bem parecida com o que era antes e, com isso, a autoestima da paciente também. A partir daí, estamos falando de várias questões, como psicossociais e estética, de certa forma”, contou o cirurgião. Esta, inclusive, é uma das consequências do trabalho do dr. Alessandro Martins nas salas de cirurgia. Além de operar com a parte física do corpo humano, o médico descobriu também seu o lado emocional de sua profissão. “Eu não imaginava o quanto de participação psicológica existia dentro da cirurgia plástica. Às vezes a gente acha que o paciente chega muito certo do que ele não gosta e quer mudar, mas nem sempre é assim. Em alguns casos, nós temos que direcionar e ajudá-lo a identificar o que ele não gosta”, cotou.

E é aí que entra a experiência e as habilidades humanas do cirurgião plástico. Para além de identificar as questões físicas, o médico passa a ser um amigo e conselheiro antes das mudanças do corpo humano. “A gente lida muito com a questão da autoestima e da aceitação própria. No nosso dia-a-dia, é comum vermos pacientes começarem a fazer coisas que eles não tinham coragem antes, tanto na vida pessoal como na profissional”, destacou Alessandro que apontou ainda a questão da sensibilidade neste campo da profissão. “Isso não é algo que a gente aprende na faculdade ou na especialidade. A gente vai sentindo e aprendendo com as histórias que vivemos. Cada paciente deixa uma marca e um ensinamento, e isso vai construindo a carreira do cirurgião plástico também”, acrescentou.

Além da parte cirúrgica, o médico ainda apontou para o lado sensível e psicológico da profissão (Foto: Sergio Baia)

Aliás, as histórias fazem parte deste crescimento profissional. A cada procedimento bem-sucedido, dr. Alessandro Martins contou que agregava uma nova experiência e aprimorava sua sensibilidade em relação aos questionamentos de seus pacientes. “A gente não opera apenas para o paciente. É como se aquilo ali também fosse seu, o resultado também vai fazer parte da sua vida. Então, cada paciente que fica feliz com a cirurgia e te indica para outra pessoa também te alegra por dentro. Essa é a maior recompensa”, disse o médico que acrescentou: “Não adianta ter uma cirurgia que você achou que ficou boa e teve uma remuneração considerável, se o paciente não gostou. Aí não vale de nada”.

Entre as histórias que compõem esta colcha de experiências, dr. Alessandro Martins destaca um caso que marcou sua carreira. Segundo ele, em uma cirurgia de reconstrução de mama pós-mastectomia, o médico realizou todo o seu esforço diário em prol da Medicina. “Essa paciente vivia em uma relação a dois que não era feliz. Assim como a vida dela. Ela não estava satisfeita com a profissão, com o casamento, como fato de não ter a mama há cinco anos e várias outras questões. Depois que ela reconstruiu a mama, no primeiro mês de pós-operatório, ela me disse que havia se separado. Quando eu perguntei o porquê, ela respondeu que agora tinha peito para isso. E ela não estava falando apenas do seio que havia sido reconstruído na cirurgia. Ela tinha peito no sentido de coragem”, contou.

No entanto, para garantir o sucesso de todas essas histórias, dr. Alessandro Martins tem uma carga teórica importante na bagagem. Além da formação, o cirurgião destacou a rotina de estudos e atualizações que todo profissional da saúde precisa seguir. “A Medicina como um todo está sempre mudando. Às vezes começamos a usar uma nova tecnologia, mas, depois de cinco anos, vemos que a anterior é mais eficaz e aí voltamos para a técnica que era usada há 20 anos. Mas essas são mudanças que não podemos ficar testando, existem os cursos para aprender tudo isso. Por isso precisamos estar o tempo todo aprendendo e nos atualizando”, disse.

Em busca de constante atualização, dr. Alessandro Martins ainda possui uma rotina de estudo, pesquisas, congressos e workshops (Foto: Sergio Baia)

Por causa desta entrega, hoje, dr. Alessandro vai além da posição de espectador das atividades da Cirurgia Plástica. Com o crescimento na carreira e o reconhecimento profissional, o médico tem sido convidado por muitos eventos a dividir suas experiências com colega da profissão. “Hoje eu vivo uma fase dupla da profissão porque além dos congressos que assisto como espectador, ainda tem os que participo como palestrante ou organizador. Então, estamos o tempo todo em projetos”, destacou Alessandro que, entre estes trabalhos, coordena o curso integrado dos serviços de cirurgia plástica no Rio de Janeiro.

Nesta função, o principal objetivo do dr. Alessandro é ser a ponte entre a teoria e o entendimento dos médicos formados e em especialização para cirurgia plástica. “Hoje, a parte que eu acho que melhor faço quando estou explicando é passar os textos para eles de forma simplificada. Eu quero mostrar em outras palavras que aquelas expressões fazem sentidos e podem ser compreendidas. E, para mim, a melhor parte disso tudo é quando eu termino de falar e escuto um suspiro seguido de “ah, agora eu entendi”. Essa é a melhor parte. Eu acho que esse trabalho acadêmico não precisa ser o mais elaborado, precisa fazer sentido e ser compreendido”, explicou ele que destacou como a experiência foi essencial para a compreensão mais simples destes artigos em questão. “Uma coisa que eu percebi é como hoje eu consigo entender um artigo de forma muito mais simples do que na época de faculdade. Conforme a gente vai estudando, crescendo na profissão e fazendo mais cirurgias, aquelas palavras e conceitos passam a fazer parte da nossa rotina de forma mais natural. O que era um bicho de sete cabeças passa a ser algo simples”, comentou.

Com isso, dr. Alessandro Martins destacou um ponto importante sobre o aprendizado. “Aí você não decora, você aprende. Senão, aquelas palavras mais complicadas vão acabar sendo esquecidas depois”, ressaltou o médico que afirmou nunca ter se imaginado nesta posição acadêmica. “A parte acadêmica e de congresso foi algo que apareceu na minha carreira. Talvez esteja relacionado ao fato de eu sempre ter tido uma relação próxima com os residentes no corpo clínico das cirurgias, gostar de ensinar, ler artigos com os alunos etc. Fora que a medida que você vai fazendo o seu trabalho e se consolidando na profissão, os convites para apresentar seus casos e contar as experiências da carreira aparecem de forma natural. Os colegas acabam querendo saber o que fazemos de diferente, onde inovamos e fizemos de outra maneira”, contou.

E assim, a partir das cirurgias que acumula, das vivências como médico, cirurgião e conselheiro e dos feitos na carreira acadêmica, dr. Alessandro Martins vai pondo em prática a essência da Medicina. Porque, para ele, acima de sua especialização em reconstrução de mamas e além da própria carreira como cirurgião plástico, dr. Alessandro é médico. “O cirurgião plástico é um médico como qualquer outra especialidade. E a gente nunca pode esquecer que, antes de tudo, o nosso ofício é tratar de pessoas como um todo. Mesmo a gente não focando em uma doença, estamos tratando de uma forma de saúde biopsicossocial”, argumentou o cirurgião plástico que completou. “A gente tem metas, obrigações, momentos bons e outros ruins. Porém, eu acredito que quando tudo isso é feito com amor e com desejo de melhora, estaremos sempre felizes. A rotina estimula e nos mantem animado. No fim, o maior retorno é ver o paciente feliz e satisfeito com a sua entrega”.

Contato: dr. Alessandro Martins

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