Em ano de eleição, Fábio Porchat entra para o elenco do “Papo de Segunda” e comenta posicionamento na telinha: “Não sou um cara que apoia uma pessoa”


Além da nova temporada do programa do GNT, o apresentador segue com seu talk-show na Record e os vídeos do Porta dos Fundos. “Se eu não enfartar esse ano, fico vivo para sempre”

“Se eu não enfartar esse ano, fico vivo para sempre”.  A agenda de Fábio Porchat começou agitada e promete ficar assim até o final de 2018. E por vários motivos. No começo de março, o ator promoveu a 2ª edição do Prêmio do Humor, evento idealizado e patrocinado por ele que visa incentivar as produções de comédia no Rio de Janeiro. Paralelo à cerimônia, ele segue com seu programa na Record nas madrugadas de segunda à quinta-feira e ainda estreia no elenco de “Papo de Segunda”, no GNT. Para completar, o humorista também continua com a turma do Porta dos Fundos, que este ano lança uma nova série na internet. “São três trabalhos muito grandes que tomam muito o meu tempo”, comentou.

Ou seja, ele não para. No entanto, entre tantos trabalhos, o frescor da nova experiência tem animado Fábio Porchat. No Papo de Segunda, o humorista e apresentador vai dividir o sofá com João Vicente de Castro, seu companheiro de Porta dos Fundos. E lá, ele terá a chance de mostrar um perfil mais engajado que muitas vezes não aparece entre as piadas diárias. “É legal também poder falar de assuntos sérios e dar opinião. No programa, eu posso mostrar que brinco, mas também falo sobre questões úteis. Então, é bom estar em um lugar para dar a minha opinião. No Programa do Porchat eu estou entrevistando as pessoas, o que elas falam é mais importante”, comentou.

Este ano, Fábio Porchat estreia no sofá do Papo de Segunda, no GNT (Foto: Eny Miranda)

E este posicionamento de Fábio Porchat no Papo de Segunda vem em um momento com ainda mais assuntos quentes em pauta. Poucos meses antes de uma eleição que carrega expectativa por mudanças, o apresentador afirmou que gosta de expressar suas opiniões. No entanto, prefere ir pelo caminho da graça. “Eu gosto de me posicionar, mas não sou um cara que apoia uma pessoa. Eu gosto de entender o que está acontecendo e fazer o que o humor tem de melhor: bater e rir. Ele é do contra, não é a favor de nada. E eu gosto disso. Quero poder bater em quem merece e em quem não colabora com a nossa comédia”, disse sem se alongar.

Aliás, Fábio Porchat é um dos exemplos contemporâneos de gente que tem se dedicado para exaltar a comédia brasileira. Em março, pelo segundo ano, ele reuniu diversos nomes do humor no Rio de Janeiro em um prêmio que visa destacar o gênero. Responsável pela ideia e pelo investimento, Porchat disse que o evento quer jogar luz sobre quem não é homenageado. “O Prêmio do Humor foi pensado para destacar a comédia porque nós nunca somos lembrados. Só dá drama. Comediante nunca ganhou nada, nem Chico Anysio e Renato Aragão. No máximo, pelo conjunto da obra. Então, esta foi a hora de dizer que aqui não concorre drama, aí a gente tem que ganhar”, apontou o apresentador sobre o evento. “Quando nós juntamos todos esses comediantes de diferentes gerações destacando a classe, a gente reforça uma categoria que é a que dá mais público e mais dinheiro. Porém, menos prestígio. Essa é uma oportunidade de nos exaltar”, completou.