Dr. Alessandro Martins tira dúvidas sobre qual o melhor momento para se fazer um ‘face lifting’


Em sua coluna quinzenal no site HT, o cirurgião plástico afirma: ‘Não existe uma idade para você começar, mas, normalmente, pacientes acima dos 45 anos, principalmente aqueles que tiveram alguma perda de peso, já podem ter indicação de operar a face’

*Por Dr. Alessandro Martins

Através do face lifting, buscamos o rejuvenescimento facial. É uma cirurgia que trata desde os planos mais profundos da face até o mais superficial – ou seja, a pele. A ideia aqui é regular o descenso. Com os anos, o rosto passa por alterações significativas. Nossa estrutura óssea, por exemplo, vai diminuindo e sendo reabsorvida pelo organismo. Com isso, é normal que as estrutura da face tendam a deslizar sob a ação da gravidade. Com o tempo, a pele perde elasticidade e ganha flacidez. Os sinais de envelhecimento, como o aumento do sulco palpebral (o sulco da pálpebra inferior dos olhos, que fica mais marcado), levam à deformidade que chamamos de “bigode chinês”.

Mas não é só. Também passamos a ter flacidez no pescoço: a pele começa a sobrar, formando a célebre papada. Não se trata, aqui, porém, de gordura, mas da papada de pele, que fica solta no pescoço. A musculatura – o músculo platisma, uma das bandas platismais – se afasta.  A ideia do face lifting, da cirurgia de rejuvenescimento facial, é tratar todos esses planos. Através do descolamento da pele da face, temos acesso a essas estruturas e à gordura facial que caiu com o decorrer dos anos. A ideia da cirurgia é fixar em planos fixos a gordura que deslizou; ou seja, próximo às estruturas ósseas e a ligamentos rígidos da face.

É possível levantar o tecido gorduroso, a musculatura da mímica da face e, por fim, a pele que está sobrando. Ela é ajustada no pescoço. Através de uma incisão abaixo do queixo, podemos descolar toda a pele do pescoço, fechar a musculatura que se afastou no decorrer dos anos e tratar o excesso de pele da face e do pescoço. Essa pele, então, é descarregada na região na frente da orelha e na região atrás da orelha até o pé do cabelo. Dessa forma, toda a estrutura é reposicionada, toda a pele em excesso é removida e as cicatrizes acabam ficando em locais bastante escondidos e com ótima cicatrização e muito bem disfarçados pelo cabelo.

Dr. Alessandro Martins (Foto: Vinicius Mochizuki)

Hoje em dia a gente não tem nenhum estigma com essas cicatrizes, uma vez que a ideia não é colocar tanta tensão na pele. Há muitos anos, cerca de 20, 30 anos, a cirurgia era muito estigmatizada porque grande parte da tensão era colocada na pele. Então se tracionava muito a pele e poucos planos profundos. A ideia hoje em dia é o contrário: se tracionam muitos planos profundos e pouco a pele para que não fique o estigma do rosto repuxado.

Não existe uma idade para você começar o face lifting, mas, normalmente, pacientes acima dos 45 anos, principalmente aqueles que tiveram alguma perda de peso, já podem ter indicação de operar a face. Em média, o resultado de uma cirurgia dura em torno de dez anos. A partir daí, pode haver uma recidiva de flacidez. Até por isso que alguns pacientes operam a face duas ou três vezes durante a vida, principalmente os que começam muito cedo. Em média, porém, operar uma ou duas vezes é o mais comum atualmente.

É importante não se esquecer que, mesmo operando a face, os procedimentos adjuvantes são necessários, como as aplicações de botox, o peeling e o tratamento com laser. Afinal, você cuida da a flacidez, mas a pele que fica precisa continuar a ser tratada para que novas rugas não surjam e para que você consiga aumentar sempre a produção de colágeno, deixando a pele sempre jovem e saudável.

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