Após 10 anos à frente da festa “The Lob”, Isabel Oliveira realiza a primeira edição em SP, colecionando passagens pela The Week, Privilége e mais


Balada será realizada no Cantho Club, no dia 19, e HT sorteará, diariamente, um par de ingressos VIPs até lá

Há mais de dez anos, Isabel Oliveira comanda a festa itinerante “The LOB”. Formada em Marketing e Produção de Eventos, a moça conseguiu manter a balada no gosto de parte do público LGBT carioca por mais de uma década, rodando por lugares como a The Week, Le Boy, Cine Ideal, Chapada dos GuimarãesPrivilége de Búzios e a Marina da Glória, sempre lotando os espaços por onde a festa desembarcava. Agora, ela faz a sua primeira visita a São Paulo, onde ocupa o Cantho Club, no próximo dia 19 de junho.

Ex-participante do reality show “No Limite”, onde foi eleita a ‘musa da edição’ pelo site Paparazzo, Isabel conta que começou a produzir festas com 17 anos, quando convidou 300 pessoas para seu aniversário em uma boate de Niterói e acabaram aparecendo mais de 1.500 pessoas. “Foi toda uma galera alternativa que fez fila na porta do local e acabou saindo no jornal. Então, fui contratada como promoter de festas da boate e dali nunca mais parei”, comenta Isabel que, em seguida, pôde adicionar ao currículo uma passagem pelo setor comercial dos Hoteis Marina, shows de Ivete Sangalo Snoop Dogg e até a Rock Street, do Rock In Rio 2011.

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Ciente de que a maioria do seu público é constituída por cerca de 80% de homens gays que “fazem questão de glamour e bapho – com ph mesmo”, como ela mesma descreve, Isabel comenta que suas festas lotam muito graças ao seu mailing poderoso, que anota em uma agenda desde a adolescência e já conta com mais de 500.000 emails registrados.

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Abaixo, HT bateu um papo com Isabel Oliveira para saber um pouco mais sobre a experiência que esses mais de dez anos na noite carioca lhe renderam, qual o segredo para lotar uma balada no Rio, o que não pode faltar em uma festa LGBT e muito mais. No fim da matéria, você descobre como ganhar um par de ingressos VIPs para a “The Lob” em São Paulo. Faremos um sorteio por dia, então as chances de você ganhar são altas.

 

HT: Quais as particularidades de se trabalhar com o público LGBT, com foco nos homens? O que eles mais exigem e o que não pode faltar?

IO: Eles são fieis. Mesmo. Mas são muito exigentes também, você não pode dar vacilo. E é em tudo, mesmo. Eles exigem conforto, limpeza, segurança, boa música e um bom clima. Eles gostam de glamour, algo bem bafônico! Tem que ser BAPHO – com letra maiúscula e ph mesmo. E o legal de tudo é que eu também curto festas assim. No Hotel Santa Teresa, por exemplo, onde a Amy Winehouse ficou hospedada, fiz uma parceria com a Pacco Rabane. As pessoas voltavam para casa com mais de um vidro de perfume, de tanto que eu saía distribuindo. Claro, isso tudo funciona para o meu público.

HT: Como avalia a questão da noite gay no Rio, considerando que a cidade é um dos maiores destinos turísticos para o público LGBT no mundo?

IO: É sempre bom manter parcerias de qualidade e tentar crescer junto com elas. Como já trabalhei na The Week, por exemplo, jamais vou fazer uma festa no sábado, porque sei que eles têm o evento deles nesse dia. Então, eu sempre armo minha baladas para a sexta-feira.

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HT: Quais as principais mudanças que reparou ao longo dos anos na cena noturna carioca?

IO: Antigamente, as festas reinavam. Oito anos atrás, na Fundição Progresso ou na Marina da Glória, o que mais atraía as pessoas eram as festas. A galera lá pagava de R$ 100 a R$ 150 para entrar e não reclama. Hoje, elas perderam o valor. Todo mundo quer ser VIP! Claro, quando uma boate inaugura, fica dando VIP para se manter na mídia. Ninguém vai pagar, a não ser que seja uma grande atração, como um Tiesto da vida. Mas hoje, as pessoas acham que todo mundo é VIP. ‘Sou prima, tia, amiga de fulano, não lembra de mim?’. É muito chato, porque você deixa de ganhar dinheiro nessas situações.

HT: O que não pode faltar em uma festa para ela ser considerada como boa?

IO: Eu gosto muito de São Paulo, em termos de serviço e segurança. O chão está sempre limpo, seja para 500 ou 3.000 pessoas. Óbvio que uma boa música também é importante, mas se uma casa não for segura é um horror. Se for suja é pior ainda! Você precisa de uma estrutura eficiente para uma festa boa.

HT: Hoje, qual o maior problema na noite carioca?

IO: O maior problema da noite no Rio é que todo mundo quer fazer festa, todo mundo virou produtor, virou DJ etc. Aí a cena vira uma guerra. A maior dificuldade é essa: cada um respeitar o limite do outro e o tempo do outro, para todo mundo poder trabalhar. É pensar que ninguém é melhor que ninguém. Eu sei que existem as concorrências, mas falta mais parceria de todos os lados. É como o produtor que, do nada, resolve virar DJ. Não tenho nada contra, mas não dá para você ser tudo nessa vida. Você tem que lidar muito com ego quando trabalha com balada.

Após dez anos à frente da The Lob, Isabel Oliveira levará a festa para  São Paulo pela primeira vez  (Foto: Divulgação)

Após dez anos à frente da “The Lob”, Isabel Oliveira levará a festa para São Paulo pela primeira vez (Foto: Divulgação)

HT: Qual a dica que você poderia dar para quem está começando a produzir sua própria festa no Rio de Janeiro?

IO: A dica que eu dou é, primeiramente, olhar bastante o outro. Existem muitos produtores bons no Rio. Depois, é se encaixar dentro de um lugar que não prejudique ninguém. Tente fazer parcerias onde todo mundo saia ganhando, mas para isso é preciso visualizar quem são os bons. É necessário também fazer um estudo do dia que você quer criar a festa. Os DJs são muito importantes, é sempre bom misturar alguém internacional com algum nome conhecido pelo eixo Rio-SP.

Para ganhar um par de ingressos VIPs para a primeira edição da “The Lob” em São Paulo, curta a nossa página do Facebook (siteheloisatolipan) e mande seus dados e o de seu acompanhante (nome, RG e celular) para [email protected]

Flyer da primeira edição da festa "The Lob" em São Paulo (foto: Reprodução)

Flyer da primeira edição da festa “The Lob” em São Paulo (foto: Reprodução)