Kult Kolector reúne arte, cultura, rock e uns bons drinques na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. “A gente define como lifestyle shopping”


Com um público cativo, o empreendimento já está há mais de um ano movimentando a Olegário Maciel. “A Kult nesse tempo formou uma legião, uma irmandade”

Para quem achava que diversão de carioca se resumia a um chopinho no fim do dia com os amigos se enganou. Ou ainda não conhece a Kult Kolector. Entre os vários barzinhos da Olegário Maciel, na Barra da Tijuca, um lugar com arte, música, cinema, teatro, coquetel-lounge (o único do Rio, diga-se de passagem) e muito rock’n roll vêm conquistando um público assíduo. Em entrevista ao HT, Alexandre Ribeiro, idealizador e criador da Kult, define o empreendimento como um “lifestyle shopping”. “Não é um bar nem uma casa noturna. É um pouco disso tudo. O que vendemos, na verdade, é conceito. Todas essas atividades relacionadas seguem um mesmo propósito”. Segundo Alexandre, o espaço busca “abrir oportunidades para o novo” em todas as vertentes. Porém, esse “novo” pode estar em uma atual e diferente “fase artística”. O artista plástico Antônio Bokel, com 20 anos de carreira, preparou uma nova série com trabalhos exclusivos para a galeria da Kult. “O Bokel é um cara incrível. Nessa cena contemporânea do Rio, ele é um profissional destacado. Está sendo uma honra fazer essa exposição dele. São trabalhos que têm uma identidade nova, que mostram uma diferente fase do trabalho”, disse o proprietário.

O artista contemporâneo Antônio Bokel fez uma nova série de trabalhos para a galeria Kult Kolector (Foto: Reprodução)

O artista contemporâneo Antônio Bokel fez uma nova série de trabalhos para a galeria Kult Kolector (Foto: Reprodução)

E tem novidade o tempo todo. Além da exposição de Antônio Bokel que começou semana passada, a Kult reinaugura sua lojinha. Alexandre Ribeiro, que prefere chamar esse espaço de “concept-store”, disse que desde o começo, o objetivo dessa parte da Kult era ter “mais que produtos de prateleiras de um fornecedor”, e sim valorizar “o produto nacional autêntico”. “Desde o início, a nossa ideia era fazer uma loja conceito. O que temos para vender são produtos que foram escolhidos, são objetos de coleções ou de uma visão muito particular de uma designer”, explicou o arquiteto. E tem mais: a Kult agora também é plataforma de comunicação. O KPaper é “uma mistura de revista com jornal para imprimir no papel o lifestyle da Kult”.

De tudo um pouco: a "concept-store" da Kult vende "mais que produtos de um fornecedor" (Foto: Divulgação)

De tudo um pouco: a “concept-store” da Kult vende “mais que produtos de um fornecedor” (Foto: Divulgação)

A Kult foi pensada pelo casal de arquitetos Alexandre Ribeiro e Natacha Weibel que não viam um local com essa proposta no Rio de Janeiro. Mas, Alexandre confessa que no começo não sabia se o negócio daria certo, ainda mais pela localização e cultura tradicional da cidade. “A gente teve uma preocupação inicial que poderia ser muito provinciano estar na Barra da Tijuca com esse conceito. Estar no Rio e, particularmente na Barra (da Tijuca) é um duplo desafio, em se tratando de algo tão fora dos padrões e com um conceito novo. Até para quem viaja muito e tem vivência em outros lugares é difícil encontrar um local com esse conceito e com todas essas atividades”. Porém, como contou o empresário, não era só ele e a esposa que queriam e buscavam um lugar assim. “Desde que a gente abriu, ficamos surpreendido pela quantidade de pessoas que responderam positivamente. A Kult nesse tempo formou uma legião, uma irmandade. O cara que se torna frequentador não é aquele que vai num bar esporadicamente. É bem intensa a relação do frequentador com a Kult. Então, a gente observa que havia um desejo por esse tipo de segmento que devia estar muito reprimido”. De acordo com ele, essa “legião” é formada por “jovens de 25 a 50 anos com um nível sociocultural muito alto”. “Quem vem aqui é quem viaja muito, são pessoas muito globalizadas”, afirmou ele.