Jum Nakao cria Fonte Efêmera em São Paulo e simboliza o detrimento humano em obra

*Por João Ker

“Acima de todo o mal, sonho e esperança.” É esse o conceito por trás da Fonte Efêmera de Jum Nakao, que ficará em exposição na Praça Victor Civita até o dia 15 de junho. O artista foi convidado para fazer a instalação em São Paulo como parte do projeto Prototype – Festival de Sustentabilidade na Arte, marcando a Temporada Alemanha + Brasil 2013 – 2014.

“Nesta instalação efêmera, uma controversa fonte alimenta nosso livre arbítrio para mergulharmos em entendimento sanguíneo através da experimentação de sentimentos antagônicos: mal ou bem, vitória ou derrota, morte ou nascimento, fim ou começo, indiferença ou empatia”, diz Nakao sobre a obra que, nas palavras dele, tem hora para nascer e morrer, mas não menos valor por isso. 

Acostumado com conceitos controversos, vide seu desfile “A Costura do Invisível”, o artista de múltiplas plataformas impregnou sua Fonte Efêmera de significados simbólicos: 10 coroas representam valores que corrompem, embrutecem, anestesiam e desconectam; sete víboras simbolizam as formas de propagação do mal; oito abutres simbolizam a derrota; uma figura central simboliza o mal em torno do qual tudo orbita; uma criança no topo representa o sonho e a esperança. Assim, Jum Nakao deixa exposta em São Paulo uma obra que apesar de evidenciar o detrimento moral do ser humano, ainda consegue alimentar uma esperança onírica de que, no final, haverá clemência e integridade no mundo.

Foto: Divulgação