Jorge Bispo lança revista “3” com Maria Flor encarnando personagem libertino na Lapa e fala sobre nudez, redes sociais e photoshop


Para entender melhor o projeto e a cabeça pensante e inquieta de Jorge Bispo, fomos até o seu novíssimo estúdio no Leblon, com direito a café quentinho e camarim idealizado por Sergio Marimba, para bater um papo cheio de conteúdo e questões existenciais contemporâneas. Vem que é papo dos bons.

Jorge Bispo é dono de um dos olhares mais apurados do universo da fotografia e suas imagens são alguns dos mais eficientes venenos antimonotonia do mercado, com fotos que fogem do padrão – nada de muitos retoques que transformam os fotografados em algo irreconhecível, como virou praxe por aí -, manifestos anticaretice, mesmo que ele diga que não tem essa pretensão, e retratos tão lindos quanto poéticos. Patti Smith, Spike Lee, Michel Gondry, Devendra Banhart , Roberto Carlos, David Byrne, Marcelo D2, Ney Matogrosso e Caetano Veloso são alguns dos nomes que já posaram para as lentes do Bispo, que, além de sacudir o mercado com o projeto 302, no qual fotografa mulheres reais nuas – e que, depois virou série de TV –, é também criador, produtor, executor e financiador da revista de arte que não tem nome e é chamada pelo número da edição. A “1” foi estrelada por Bruna Linzmeyer, a “2” pelo casal Mariana Lima e Enrique Diaz e, a “3”, que acabou de chegar ao mercado, tem Maria Flor como nova protagonista – e sem ou pouca roupa. Em uma Lapa com gosto de cabaré, Bispo clicou a atriz em um ensaio noturno pelas ruelas escuras do bairro e inferninhos como o Buraco da Lacraia para as 70 páginas da publicação.

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A atriz, aliás, conta que realizou uma fantasia e se jogou de cabeça no projeto. “Eu queria eternizar os meus trinta anos, a minha juventude. Ficar nua na rua era um fetiche… A ideia do Bispo de criar uma revista para o fotografado fazer o que bem entender, transgredir e inventar é uma libertação”, diz ela sobre a publicação que traz ainda a participação especial do ator Johnny Massaro na pele de um travesti e textos das atrizes Maria Ribeiro, Mariana Lima, da escritora Paula Gicovate e de Lucas Paraizo, um dos melhores amigos da Maria Flor. “Flor, eu podia falar da nossa amizade. Podia tambem contar que ja tive muito ciúmes de voce – par romântico oficial do Caio (Blat, marido de Ribeiro) por anos e anos – e podia descrever o privilegio que é dividir essa vida loka com a tua doçura. Mas agora nao vai dar. Voce incluiu peito e bunda na configuracao boca, zoio preto e cachos e infelizmente eu nao sou mais capaz de juntar sujeito com predicado diante desse ensaio, de modo que nao vou poder escrever porque acabei de me apaixonar. Desculpa aí”, escreveu Maria Ribeiro em uma das páginas.

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Para entender melhor o projeto e a cabeça pensante e inquieta de Jorge Bispo, fomos até o seu novíssimo estúdio no Leblon, com direito a café quentinho e camarim idealizado por Sergio Marimba, para bater um papo cheio de conteúdo e questões existenciais contemporâneas. Além de falar do processo de produção da 3, Bispo ainda analisou o uso do Photoshop, o fim do suporte físico da fotografia, o tsnuami de novos fotógrafos com a digitalização da imagem, Instagram e caretice dos tempos modernos. Vem que é papo dos bons.

Em tempo: a tiragem da publicação é de apenas 200 exemplares, todos assinados e numerados, que já estão disponíveis para venda pelo site do fotógrafo: http://lojadobispo.minestore.com.br. 

HT: Por que fazer uma revista em tempos que se anuncia o fim do jornalismo impresso?

JB:  Provavelmente foi depois de ver alguma capa que cliquei, não gostei do resultado e aí pensei em fazer algo do meu jeito (risos). Eu adorava e adoro revista. Eu sou um consumidor dessas publicações. No fundo, é para ter um espaço em que eu consiga fazer as coisas do meu jeito. Resumindo, é isso. A gente vive em um mundo que tem a cultura da foto em tela digital, por isso perdeu-se muito do suporte físico para a fotografia. As revistas diminuíram, os livros diminuíram. A foto impressa, hoje em dia, é pouquíssimo recorrente na vida das pessoas. Portanto, a vontade veio da mistura de duas coisas: uma é eu conseguir ver o meu trabalho de uma maneira que tenho controle do início ao fim, desde a ideia, ao momento de fazer as fotos à maneira que elas serão mostradas em algo impresso. Isso é uma coisa. O outro ponto passa um pouco pela minha história profissional. Eu sou cria da editora Abril, fiz curso Abril, depois trabalhei na Revista de Domingo do “Jornal do Brasil”. Os bons momentos que eu tive dentro de uma redação, até como editor de fotografia, que eu fui em uma época, passavam pelo fazer uma revista. Também, em proporções muito pequenas, é como se eu tivesse uma publicação minha também. Eu também vivencio gráficas, cores, formatos. E, nesse caso, de uma maneira muito mais artesanal que uma revista da Abril, por exemplo. Eu tenho mais tempo, mais dificuldade, muito menos dinheiro ou dinheiro nenhum, na verdade. Mas, por outro lado, tenho a possibilidade de fazer coisas muito mais artesanais e manuais. Por exemplo, nessa “3”, a gente tem uma edição da revista que vem com uma Polaroid, com um instantâneo original e único que vai preso com uma fita a uma das páginas. A gente teve outras ideias que são mais manuais também. E algumas a gente não realizou. Uma delas ficou abandonada. Tem algumas páginas que são bem vermelhas e com uma foto de quatro meninas dançando no Buraco da Lacraia. Tive a ideia de jogar purpurina vermelha nessa página e fechar a revista. Só que a editora de arte vetou, para você ver como eu não tenho controle absoluto. Ela disse que ia odiar receber aquela revista em casa, que ia abrir e ia cagar tudo. A revista ia ficar toda cagada, a casa toda cagada. E aí eu concordei com ela (risos).

HT: E quando entrou a questão da nudez na ideia da revista?

JB:  Foi natural fazer algo ligado à nudez ou um pouco menos careta do que o mercado. Algo que eu tivesse mais liberdade e não tivesse problema com sexo, pessoas nuas, droga e nenhum tipo de questão. Isso é algo que eu já faço no 302, só que de uma maneira muito crua e real. Queria, no entanto, trazer esses temas um pouco para o lado da fantasia também. Mais arte e menos documental. E aí, foi natural que eu tenha escolhido isso. A princípio, eu tinha pensado em fazer uma publicação com anônimas também, mas o 302 já é com anônimos e histórias reais o que me fez optar pela fantasia geral, por trazer pessoas que tem o hábito de fotografar, que tem algum trabalho artístico, que trabalhem com a imagem como atrizes, cantoras, enfim, pessoas célebres,  desse universo, que me trouxessem essa fantasia. E também para ficar bem claro que são vertentes do meu trabalho.

Bruna Linzmeyer na capa da revista "1"

Bruna Linzmeyer na capa da revista “1”

HT: E por que você a chama de revista? Eu acho que é um livro…

JB: Pensando melhor, a comparação mais correta seria a um livro, mesmo, já que ela não tem índice, matérias, chamadas de capa e vários outros elementos editoriais que fazem daquilo uma revista. Mas é que a ideia de, fisicamente, fazer um livro a cada seis meses com capa dura seria uma loucura. Eu teria que ter um dinheiro que eu não tenho. Então, a gente trata como revista e as pessoas começaram a tratar assim porque, talvez, ela é um meio do caminho. Ela nem é uma revista porque tem um papel muito melhor, tanto em gramatura como em qualidade. A maneira que é feita também é bem diferente de uma revista comercial. Mas, ao mesmo tempo, ela não tem totalmente cara de um livro.

HT: Como é a escolha dos retratados? E como a Maria Flor, estrela da 3, chegou?

JB: As coisas estão acontecendo naturalmente. Eu não tenho uma grande pauta nem uma vontade de fazer determinada atriz. A Bruna, que foi a primeira, foi uma que eu tinha me aproximado fazia pouco tempo à época do convite, tinha fotografado com ela duas vezes para trabalhos comerciais e tinha ficado impressionado com a força dela até para situações simples, como um close que eu tinha feito para uma revista. A energia da Bruna me impressionou muito. Ela tem um fazer artístico e uma força que é difícil achar em uma atriz jovem, bonita, global e que tem todas as questões comerciais de se permitir. Isso já me interessou muito. Quando acabei a 1 eu comecei a pensar em nomes. O meu medo era de colocar outra atriz jovem e bonitinha e virar um padrão. Aí eu pensei que precisava já quebrar logo essa ideia para as pessoas entenderem como funciona. Eu tinha trabalhado com a Mariana quando eu fiz as peças publicitárias de “Sessão de Terapia” (GNT) e eu tinha achado ela muito bonita, impressionantemente bonita. Ela é uma atriz de teatro, já fez peças incríveis e é uma atriz poderosa. Mas, quando eu a fotografei, fiquei muito impressionado com a beleza dela. Ela juntava as qualidades artísticas, era uma mulher muito bonita e tinha mais de 40 anos. Então eu vi que ia ficar bem delineado. Eu fiz o convite e ela também topou. E, de forma natural, durante as trocas de e-mail que a gente teve, surgiu a ideia de chamar o Enrique Diaz, marido dela, e ator incrível, para fazer uma participação. Quando eu vi, a revista era com os dois, naturalmente. E depois, também naturalmente, eles me fizeram um pedido para levar uns amigos para as fotos.  Nessa edição, a Maria fez uma participação. A Mariana levou ela. E aí, aquele momento funcionou como um test drive da Flor e de todo mundo que estava ali. Ela falou que ia fazer e fez.

Enrique Diaz, Maria Flor e Mariana Lima em foto da revista "2". (Foto: Jorge Bispo)

Enrique Diaz, Maria Flor e Mariana Lima em foto da revista “2”. (Foto: Jorge Bispo)

HT: E já tem planos para as próximas?

JB: Para a 4, por exemplo, ainda não, mas, na verdade, a minha vontade absoluta é que a 5 seja um homem. Tem uma questão também que eu faço isso do bolso e não sou rico. Então, tem que ser viável comercialmente. Nessa, por exemplo, a gente tem a Flor, que é uma mulher linda e um homem que é o Johnny Massaro. Ele não está totalmente nu, mas esta ali como se fosse uma dançarina, maquiado. Então, já é outro tema, outra coisa que você não veria normalmente. Ele é do mesmo DNA da Bruna, da Flor, da Mariana… Ele é muito talentoso e é artista. Eu acho que cinema e televisão necessitam de rostos bonitos. Nenhum problema com isso. Mas, ele também não é só isso. Ele é um menino que se posiciona, tem opinião, se expõe. E isso é raríssimo hoje em dia. Quando você se expõe, está aberto a acertar, errar, ouvir crítica.

HT: Voltando a um ponto que você disse lá no começo, de que não temos mais fotografias impressas, que tudo está na tela de um aparelho. Você vê com bons olhos a digitalização da sua profissão?

JB: Não me incomoda em nada. Eu sou de uma geração que trabalhou com os dois formatos. Eu trabalhei muito tempo com negativo e já trabalho há bastante tempo com o digital. É meio cíclico. Não sou muito saudosista. Honestamente, para o meu trabalho do dia a dia comercial e editorial, eu dou graças a Deus. É muito mais simples. Eu fazia uma capa de revista, da “Trip”, por exemplo, com negativo antigamente. Eu fiz muita “Playboy” com negativo. Mas dava muito trabalho. Se você parasse para pensar, a gente tinha que ter os negativos, fazer teste de Polaroid, mandar para o laboratorista, revelar, pegar as folhas de contato, que são as minis fotinhos do filme inteiro, escolher com a lupa. Nas revistas, em que as redações eram todas em São Paulo, eu mandava por Sedex as folhas de contato com as fotos marcadas que eu tinha gostado. Demorava uma semana com vários perrengues. Às vezes, a Trip mandava esses arquivos por piloto de avião quando tinha urgência.

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HT: Mas não há uma banalização da fotografia hoje em dia?

JB: Eu sou meio do contra em relação a essa visão geral. Eu não vejo como banalização. Para mim, quanto mais popular a minha profissão ficar, melhor para mim e para quem trabalha com imagem. Eu acho que a fotografia é uma das coisas que, além de ser uma profissão, é também presente na vida de todas as pessoas. E isso sempre foi. Antes, quando você tinha o aniversário do seu filho, você ia lá com a sua câmera, tirava as fotos e depois mandava revelar. E assim por diante em todos os momentos. A fotografia é uma profissão, mas que todo mundo vivencia aquele fazer na vida. A nossa profissão é vivenciada por todo mundo em um determinado momento, seja em uma festa, viagem, momento importante. A digitalização, no meu ponto d vista, trouxe algo positivo. Não vejo como banalização no sentido ruim. É diferente. Eu vivo disso, sou profissional há quase 20 anos. Hoje é mais fácil para alguém se dizer fotógrafo. Mas, pensando assim, hoje você pode se dizer qualquer coisa. Vai ter uma hora que seu cliente vai te contratar e, se o seu trabalho não for bom, ele não vai te indicar para outra pessoa. Eu não vejo onde isso pode banalizar, de verdade. Eu acho que quanto mais a minha profissão for divulgada e fizer parte na vida das pessoas, mais trabalhos vão aparecer. Se existe mais fotógrafos porque ficou mais fácil, tudo bem. Eu confio no meu trabalho.

HT: E qual sua opinião sobre o Instagram?
JB: O Instagram, especificamente, criou uma categoria dentro da fotografia. Existem fotógrafos que vivem só do Instagram, que produzem só para essa rede social. É um nicho também. É a mesma coisa do saudosismo com o filme. Tem coisas que com o filme são muito legais, que, ainda com a tecnologia, são difíceis de serem reproduzidas no digital. Mas eu não vejo isso como um problema, e, sim, como uma facilidade. No meu dia-a-dia só trouxe mais facilidade. Tem gente chata que quer ver foto toda hora, mas também tinha gente chata que queria ver a Polaroid a cada cinco minutos. Gente chata é gente chata. Não tem nada a ver com digitalização. O que mudou é que antes existia o chato analógico e agora existe o chato digital.

HT: Vivemos em um mundo careta. Cada dia mais retrógrado. A nudez das suas fotos e da revista seria um manifesto contra esse retrocesso?

JB: Eu acho que seria presunçoso achar que isso tem alguma relevância. Eu acho que isso não é algo substancialmente que vai fazer ter alguma relevância para mudar algo. Mas é o que está a minha mão e o que eu posso fazer, que são as minhas fotos. Eu sou contra a caretice geral. Eu acho que as pessoas têm que cuidar das suas vidas. É simples para mim. Eu tenho dificuldade de entender esses temas. Eu não consigo entender o porquê de serem temas. Eu não consigo entender o motivo do aborto ser uma questão, por exemplo. A impressão que eu sempre tenho das pessoas que são contra o aborto é como se elas tivessem falando que, no momento em que elas próprias fossem engravidar, viesse uma mão e arrancasse o filho dela. Porque, se não é isso, eu não consigo entender qual a relevância que isso tem na vida da pessoa. É como se o casamento gay obrigasse um cara que gosta de mulher se casar com um homem. Eu não vejo o menor sentido nisso. Por que você precisa se preocupar com a vida do outro?

HT: Você usa poucos – ou quase nenhum – retoque em suas fotos…

JB: Tem muito pouco tratamento. Tem alguma coisa sempre. Mas se você olhar e comparar com uma revista de banca, a minha é quase que um defeito. Você vê pele, eventualmente, barriguinha e coisas que acontecem na vida dos outros. A pessoa pode ser magra, mas se ela senta em uma posição diferente, vai ter uma dobrinha nem que seja de pele. A pele das pessoas não é lisa, tem vida. Ainda bem. Deve ser muito chato viver no mundo onde todo mundo é perfeito. Eu falo isso mas não é criticando. Eu não sou contra o Photoshop, eu acho que ele é uma ferramenta que tem muitas utilidades. A pessoa quando contratava um pintor, em outros séculos, para fazer um retrato, a gente sabe que aquilo era uma visão, que eles pediam para melhorar alguns aspectos da aparência. Isso é natural do ser humano, não tenho problema com isso.
Eu não tenho Photoshop em casa. Não sei nem usar direito. Quando eu faço campanha publicitária ou revista, vai tudo para um tratador.  Mas, como fotógrafo, tem outros artifícios para deixar as coisas diferentes: luz, lente, maquiagem. Você é capaz de mudar muita coisa. E não precisa do Photoshop para isso. Dependendo do ângulo, da luz e da lente, a pessoa pode ficar de várias maneiras. Mas, ao mesmo tempo, eu não tenho nada contra a manipulação da imagem na pós-produção. Acho que é uma ferramenta que pode ser bem ou mal-usada. Eu não consigo criticar nada disso: popularização da fotografia, excesso de Photoshop. Depende do uso. Eu entendo o lado comercial. O humano tem o desejo da beleza absoluta. Não vai mudar isso.

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(Foto: Ana Paula Amorim)

HT: Como foi, em tempos de que tudo se registra, fotografar uma atriz famosa nua pelas ruas do Rio e não ter nada vazado?

JB: É sempre só um dia de fotos porque a gente tenta baratear o custo o máximo possível. Foi um dia que a gente começou depois do almoço, porque precisávamos fotografar até tarde. Uma ideia presente era manter o clima noturno na 3. A 1, foi uma revista de estúdio, colorida. A 2, foi uma revista diurna, preta e branca, aberta, com espaços muito iluminados, feita toda com luz natural. A 3 é toda com flash, porém escura e toda noturna. A gente estava em dois carros e duas motos com dois seguranças. O carro que estava comigo e a Flor, era meu irmão que estava dirigindo. O outro, a gente chamou um Uber na hora, para você ter ideia. O cara que acompanhou as fotos era um Uber. Nós só pedimos para ele não pegar no celular para a atriz não ficar constrangida. Ele não sabia o que estava acontecendo. Teve uma hora, que a gente parou, eles saíram do carro, eu acertei a luz e a Flor ficou nua. E ele não sabia. Aí o motorista do Uber até virou de costas porque ficou tímido. A gente não avisada nada. Fazia meio rápido e pegava lugares ermos.  Tem uma foto que ela aparece em um bar que a gente entrou, pediu uma cerveja e eu pedi para o garçom para fazer uma foto ali. Eaí, está o Johnny vestido com aquele figurino e a Flor vestindo alguma coisa, mas nua por baixo. Aí, ela levanta a saia e a foto é isso. Aí, nessa hora, depois de cinco cliques, algumas pessoas começaram a reconhecer os dois e parar. Aí a gente saiu. Tem fotos que eu só fiz quatro cliques, não precisava mais que isso.

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