De olho no rebolado, Regina Guerreiro fala da relação entre moda e dança no novo episódio de “Enjoy”, websérie com a Cavalera


A editrix percorre movimentos como o jazz, o punk, o grunge, a disco music e o hip hop para mostrar como o gingado sempre precisou de um figurino ideal

Das fendas perigosas em saias que marcam os passos de tango ao balançar dos saiotes nas valsas, a interseção entre dança e moda é o assunto que Regina Guerreiro aborda no novo vídeo da websérie “Enjoy”, parceria com a Cavalera que chega ao 11º episódio de sua segunda temporada. “Hoje em dia, os bebês do sécxulo XXI já nascem dançando, mas ninguém sabe direito quando é que a humanidade começou a dançar”, começa a editrix em “…E a moda entra na dança”.

Ainda não há muito tempo, HT lembrou aqui da atual e poderosa aliança que as passarelas fizeram com os palcos, principalmente com o pop e o hip hop: enquanto cantoras levam grifes para seus públicos estratosféricos através de figurinos e videoclipes, estilistas usam suas estrelas preferidas para atrair atenção à primeira fila de seus desfiles. De Lady Gaga e Madonna na Versace, Katy Perry na Moschino, Rihanna na Dior, Nicki Minaj com Roberto Cavalli, Kanye West unindo forças à Balmain, moda e música pop nunca andaram, ou melhor, rebolaram tão juntas.

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O papo, como é de costume no programa de Regina, vai fazendo aquela deliciosa viagem no tempo, em uma aula completa de história, comportamento e moda. A jornalista e ex-editora da Vogue Brasil vai passando pelo impacto de Josephine Baker na cena noturna de Paris durante os anos 1920, e da revolução cultural, na mesma década, durante a Era de Ouro do jazz nos Estados Unidos. “Que saudade do Benny Goodman, do Duke Ellington… E eu, esvoaçante feito Ginger Rogers“, comenta. Nós também, Regina, nós também.

“As saias continuaram rodando, rodando até que veio o rock. E o caso dele com a moda, tudo indica, é para sempre!”, aponta. E aí, queridos, vem a chuva de referências que Regina joga no colo do público: saias godês, calças capri e sapatilhas rasas, personificadas na musa Brigitte Bardot durante os anos 1950; a Beatlemania, que impulsionou o movimento hippie e boho no final da década de 1970; e o movimento punk com seu DYI revoltado.

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A conversa então chega à efervescência neon e brilhante com a disco music. “A moda dançou com energia crazy”, comenta Regina Guerreiro, lembrando o que muitas pessoas querem esquecer: estampa leopardo, jaqueta de cetim fosforescente e a calça com boca de sino. Os anos se passaram e as tendências também, mas em velocidade da luz: os capuzes do hip hop, o xadrez do grunge de Kurt Cobain, a força de Vivienne Westwood no punk, a mistura final de referências, sons, tendências e estilo. “Caos dance, caos music, caos fashion, caos love, caos tudo. Ficou moderno o caos, para todo o sempre”, finaliza a editora. Um caos que, enquanto perdura, é delicioso de se experimentar e sentir tanto na pele quanto no guarda-roupa.

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