Art Basel: na Basileia, o maior furor artístico do planeta vai reunir o supra-sumo da cena com direito a dois brasileiros, Vik Muniz e Adriano Costa


O maior evento de arte do mundo começa nesta quinta-feira (18) na Suíça. 300 das principais galerias da América do Norte, América Latina, Europa, Ásia e África, vão mostrar o trabalho de mais de 4.000 artistas

Faltam poucas horas para Basileia, a terceira maior cidade da Suíça, virar um furor só. O motivo? Começa nesta quinta-feira (18) e vai até 21, a 46ª edição da Art Basel, a maior mostra de arte internacional do mundo, com um supra sumo de obras modernas e contemporâneas, reunindo num balaio só as principais galerias de todo o globo no coração da Europa. O ambiente da cidadela é muito propício para o evento, já que é considerada um dos perímetros mais efervescentes culturalmente falando, por seus museus de classe mundial, teatros, salas de concertos, arquitetura medieval e contemporânea.

Art Basel: a cena da arte com os olhos voltados para  o evento (Foto: Divulgação)

Art Basel: a cena da arte com os olhos voltados para o evento (Foto: Divulgação)

Pois bem. A meca dos colecionadores e profissionais da arte vai receber cerca de 300 das principais galerias da América do Norte, América Latina, Europa, Ásia e África,  mostrando o trabalho de mais de 4.000 artistas, que vão desde os grandes mestres da arte moderna à mais recente geração de estrelas emergentes – os sangues novos que mecenas adoram revelar para o resto do globo terrestre. E quando falamos que a Art Basel reúne o melhor da arte, nos referimos a um leque bastante ampliado: pinturas, esculturas, instalações, vídeos, impressões, fotografias e performances entram na roda. Tudo isso em oito setores diferentes.

Colecionadores de todo o mundo se reúnem para negociatas (Foto: Divulgação)

Colecionadores de todo o mundo se reúnem para negociatas (Foto: Divulgação)

Funciona assim: a cada dia uma programação diferente sucumbe simpósios, filmes e conversas com artista num papo que permite aprofundamento dos participantes na prática da arte e em seu mercado. E não só. Além dos muros da feira, pelos arredores da Basileia, exposições e outros eventos do ramo são oferecidos por instituições culturais da própria cidade suíça, fomentando, simultaneamente, o turismo. O que é, obviamente, muito importante visto que nos últimos tempos o número de visitantes vem batendo a marca de 90 mil, segundo a organização.

Uma das conversações na Art Basel. Esse ano a dose se repetirá (Foto: Divulgação)

Uma das conversações na Art Basel. Esse ano a dose se repetirá (Foto: Divulgação)

E quando o assunto é a economia, o que sempre se espera é que os colecionadores façam a roda do dinheiro girar. Mas antes mesmo das negociações se iniciarem, há quem já pense de forma pessimista. Segundo o jornalão espanhol El País, não há muita movimentação de endinheirados por lá. O que se supõe é que muitos clientes já encheram o carrinho de compras em Hong Kong ou Miami Beach, cidades que recebem filiais da feira, gerando menos congestionamentos na Basileia.

Um dos salões em Basel no ano passado (Foto: Divulgação)

Um dos salões em Basel no ano passado (Foto: Divulgação)

Cifrões à parte, a grande novidade deste ano no evento fica por conta de uma iniciativa chamada Crowdfunding, a menina dos olhos da feira. De caráter digital, o projeto funciona em uma plataforma de financiamento para projetos criativos. Pensado especificamente para organizações de artes visuais sem fins lucrativos de todo o mundo, a iniciativa busca oferecer visibilidade e suporte para uma ampla variedade de projetos artísticos selecionados por um júri especializado e independente. Aliás, quem quiser apoiar é só clicar aqui.

Crowdfunding: projetado para organizações de artes visuais sem fins lucrativos (Foto: Divulgação)

Crowdfunding: projetado para organizações de artes visuais sem fins lucrativos (Foto: Divulgação)

E deixamos o melhor deste ano para o final. Entre obras de Magritte, Ernst, Chagall, Miró e Picasso, estarão dois grandes conhecidos nossos, Vik Muniz e Adriano Costa. Os brasileiros vão participar da “Parcours”, uma série de trabalhos específicos que tem curadoria de Florence Derieux, diretora do museu FRAC Champagne-Ardenne, em Reims, na França. Nossos artistas vão dividir espaço com mais 21 obras expostas no centro histórico da cidade. Adriano Costa vai apresentar dois trabalhos de 2014, o “International Division of Labour – 2” e “How to be Invisible in High Heels”. Vik Muniz, por sua vez, mostrará “Mnemonic Vehicle” (Ferrari). Oportunidade mais que merecida de grandes nomes brazucas da arte, em meio aos peixes grandes da cena.