Antonio Guerreiro, dono das lentes que capturaram as mais belas mulheres, arma exposição que revive um Rio cool e com celebs de garbo e elegância


Na Galeria da Gávea, o top fotógrafo relembra cliques mil de Claudia Raia, Sônia Braga e Luiza Brunet, por exemplo

Existiu, acreditem, um tempo onde não se conhecia a tal da invasão de privacidade. No Rio de Janeiro – a Hollywood dos trópicos – das décadas de 60 e 70, as celebs não tinham medo de fotógrafos. Pelo contrário, os adoravam. Não existia mão na lente, lenço para disfarce ou saída pelos fundos. Posar era luxo e garantia que, ao você acordar no dia seguinte, estaria sendo falado do Arpoador ao Recreio dos Bandeirantes. Um profissional que aproveitou como ninguém essa época foi Antonio Guerreiro, fotógrafo ímpar e que tem seu nome e sobrenome na história dos negativos de estrelas. E para recordar os tempos áureos e mostrar aos novatos o que aprontou pela urbe-maravilha, ele armou a exposição “Antonio Guerreiro — O homem que amava as mulheres” na Galeria da Gávea, no Rio.

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Antônio, espécie de passaporte garantido para figurar páginas de colunas sociais e revistas da aristocracia carioca, lançou estrelas ao auge, virou amigo de algumas e se relacionou com outras tantas. Sônia Braga e Sandra Bréa foram algumas com que as relações foram muito além dos estúdios. Expert em mulheres-estrelas, Antonio Guerreiro passou uma década fotografando para a “Playboy”, e fez cliques mil de Claudia Raia, Monique Evans e Luiza Brunet, por exemplo, numa época em que essas mulheres eram mais endeusadas que agora. Isso sem contar com capas icônicas para artistas do naipe de Gal Costa, Marina Lima e Novos Baianos. Acha que é só? Seu estúdio era superbadalado. Por lá, passavam Fernanda Montenegro, Nelson Rodrigues, Tony Ramos e Fábio Jr, entre muitos outros.

“Antonio Guerreiro — O homem que amava as mulheres” é a oportunidade mais que perfeita para conferir como era o tititi do Rio de Janeiro até os anos 90 sem facadas na Lagoa Rodrigo de Freitas, paparazzis agredidos e, em sua vertente mais original e nobre, festeira. O Rio é cool? É. Mas era mais e os cliques de Guerreiro são tipo prova dos nove. Para ir e sair cheio da nostalgia.

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Serviço

“Antonio Guerreiro — O homem que amava as mulheres”

Onde: Galeria da Gávea (Rua Marquês de São Vicente, 431, Rio de Janeiro)
Quando: de 10 de julho a 13 de setembro