As Olimpíadas nasceram na Grécia… Em grego, a palavra orthós, significa correto, direito, reto. Odóntos, significa dente. Essas duas palavras se unem para formar a expressão ortodontia, especialidade odontológica que tem como objetivo primordial corrigir e prevenir as irregularidades no posicionamento dos dentes e ossos da face, buscando o equilíbrio facial com a harmonização dos dentes, lábios e ossos maxilares.
A conduta do tratamento é um pouco diferente em crianças e adultos.
Nas crianças o especialista possui uma gama de aparelhos ortodônticos auxiliares, que podem ser fixos ou removíveis, para indicar. Esses podem ter uma ação preventiva, garantindo a evolução normal da dentição, ou interceptativa, realizando pequenos movimentos para promover essa evolução normal, como por exemplo, aproximar os dentes e garantir espaço para que os demais dentes (permanentes) dêem o ar da graça na posição correta.
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Se o profissional achar que o problema é uma estrutura óssea inadequada, então poderá recorrer ao que chamamos de ortopedia funcional dos maxilares. Ela ajuda a redirecionar o desenvolvimento ósseo das arcadas para que fique, digamos, mais funcional. Seu uso quando necessário é muito importante, porém, exige disciplina da criança e a cooperação da família.
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Nos adultos não existe escapatória, a ortodontia só pode ser corretiva e para isso os aparelhos fixos são os mais indicados. Ah, o mesmo vale para o pessoal quase adulto – pré-adolescentes e adolescentes, pois nessa altura do campeonato o organismo está desenvolvido ou quase desenvolvido.
Apesar da tecnologia trazer opções mais discretas e quase invisíveis (que não vale para todos os tipos de tratamento), os modelos tradicionais ainda são mais acessíveis e procurados pela maioria das pessoas.
Os aparelhos fixos são mais eficientes e indicados para corrigir problemas dentários complexos, pois funcionam 24 horas por dia, além de depender menos da colaboração do paciente.
Em alguns casos de apinhamento dental, é possível corrigir o problema num período de 3 a 6 meses!
Mas usar aparelho, dói ou não dói? O limiar de dor de cada paciente é muito variável, poderá haver um leve incomodo na primeira semana, principalmente após a instalação de um aparelho fixo, porque o paciente sente a pressão e a movimentação dos dentes. Dor mesmo, é pouca, ou nenhuma.
Mas por que eu preciso usar aparelho? Os benefícios sempre são maiores. Isso porque dentes mal posicionados podem facilitar o aparecimento de cáries, doenças gengivais, perda de osso ao redor dos dentes, alterações da fala e problemas funcionais. Além claro do benefício estético que o correto posicionamento dos dentes e ossos maxilares trará ao seu sorriso.
Uma dica: antes de alguém realizar uma cirurgia plástica no nariz, ou recorrer a uma cirurgia para aumentar o queixo, seria interessante consultar um ortodontista, pois muitas vezes o problema estético que incomoda tem origem ortodôntica.
Vale lembrar que após o uso do aparelho ortodôntico, o paciente ainda precisa usar uma contenção, isto é feito para que os tecidos ósseo e gengival se adaptem às mudanças na posição dos dentes.
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Você deve estar se perguntando, por que eu abri o texto com Olimpíada? No último dia 8, a judoca Rafaela Lopes nos deu a primeira medalha de ouro na Olimpíada Rio 2016! Parabéns Rafaela, mas o meu parabéns vai também para o ex-judoca, medalhista Olímpico e hoje empreendedor social, Flávio Canto!
Flávio lidera o Instituto Reação, uma organização social que promove desenvolvimento humano e inclusão social por meio do judô e de atividades complementares — passeios culturais, atendimento fisioterapêutico, aulas de inglês e reforço escolar, entre outras, nas comunidades cariocas.
Para quem acredita que investir em projetos sociais é besteira, as respostas vem em um grande sorriso!
Parabéns para a Rafaela, que iniciou a prática do judô no Instituto Reação.
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*Fábio Bibancos é cirurgião-dentista especialista em Odontopediatria, Ortodontia e Mestre em Saúde Coletiva, formado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Com consultório em São Paulo e no Rio de Janeiro, Fábio é autor de “Um sorriso feliz para seu filho” (CLA Editora), “A Guerra dos Mutans”, “Boca!” e “Sorrisos do Brasil”, além de já ter sido eleito Empreendedor Social 2006 pela Schwab Foundation (ligada ao Fórum Econômico Mundial de Davos) e integrante do Fellow Ashoka (uma rede de empreendedores sociais presente em 65 países). Além de assinar uma coluna semanal neste espaço, está à frente do projeto Turma do Bem, a maior rede de voluntariado especializado do mundo: o dentistas do bem.
Acompanhe aqui as postagens de Fábio Bibancos: https://www.facebook.com/institutobibancos/
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