*por Vitor Antunes
Decididamente, a novela das 19h não vive um momento feliz. Com baixa audiência e repercussão, tendo o auxílio de Ricardo Linhares para redirecionar a rota da trama de Gustavo Reiz, “Fuzuê” passou por mais uma gafe. Foi levada ao ar uma falha da atriz Lília Cabral, que passou despercebidamente tanto pela Globo como por alguns telespectadores. No capítulo 100 do folhetim, Bebel Montebello, personagem de Lília, disse a Heitor (Felipe Simas): “[você] está tão magrinho, pelos cantos, jururu… Tá sem dormir… O Theo precisa de um pai! E eu preciso de um amigo que você tem sido nessa casa“. A questão é: Não existe nenhum personagem em “Fuzuê” chamado Theo. Este é o nome real do ator que interpreta Bernardo Montebello, Theo Mattos. A falha da atriz passou em brancas nuvens na data da transmissão do capítulo.
Anteriormente ao deslize de Lilia Cabral, outras três novelas passaram por algo semelhante: Insensato Coração (Globo, 2011), Cidadão Brasileiro (Record, 2006) e Cambalacho (Globo, 1986). No primeiro caso, o vacilo veio da promoter Alicinha Cavalcanti (1963-2018) que fazia uma cena com Paolla Oliveira. Ambas estavam numa festa, na trama de Gilberto Braga (1945-2021), quando Alicinha virou-se à atriz e em vez de chama-la por Marina, sua personagem, tratou-a como… Paolla! A falecida celebridade chegou a rir quando se deu conta do equívoco, mas seguiu adiante e a cena foi levada ao ar assim. Abaixo, a foto do momento imediato ao equívoco de Alicinha.
Poucos anos antes disso, em 2006, a Record transmitiu “Cidadão Brasileiro” (2006). Primeira novela de Lauro César Muniz na retomada de produção teledramatúrgica do canal, bem como uma das primeiras desta fase da casa. No segundo capítulo de “Cidadão Brasileiro“, a personagem de Lucélia Santos, Fausta, deveria chamar pelo de Tuca Andrada, Homero. No entanto, a atriz se enganou no texto: “Como vai, Sr. Ulisses?“. De imediato, Tuca Andrada corrigiu-a e ambos não interromperam a cena, que prosseguiu como se nada houvesse acontecido. Em nenhuma outra ocasião ainda naquele capítulo, Fausta chamou Homero por Ulisses. Importante ressaltar que, além de ser o retorno da Record na confecção de novelas, também era a volta de Lucélia aos folhetins de televisão. Anteriormente a isso, havia feito apenas uma temporada de “Malhação” (2001), Globo, e “Dona Anja” (1996), do SBT.
Além destas novelas, o registro mais antigo data de “Cambalacho”. A personagem de Susana Vieira, Amanda, contracenava com a de Natália do Vale, Andreia. Numa das cenas da trama oitentista, Susana chama a personagem de Natália por “Amanda”, ou seja, trata-a pelo nome de seu próprio papel, erro que passou despercebido na época e que só foi notado na reprise do Viva. No último dia 04/12, a novela de Sílvio de Abreu entrou pra o catálogo da Globoplay.
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