Após polêmica de livros na Bienal, Ivete Sangalo pede: “Vamos ensinar o intolerante a amar, a saber como amar e ser feliz”


O recado caiu como uma luva no final de semana em que Marcelo Crivella mandou recolher obras com conteúdo LGBT na Bienal do Livro

*Por Karina Kuperman

No final de semana, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, causou polêmica ao mandar recolher obras com conteúdo LGBT na Bienal do Livro que acontecia na cidade. Isso porque, encontrou um beijo gay em uma das páginas do HQ “Vingadores, a cruzada das crianças”, que estava sendo vendido em um dos estandes. “Livros assim precisam estar embalados em plástico preto lacrado e do lado de fora avisando o conteúdo”, chegou a dizer, em um vídeo publicado em seu Twitter. Crivella ainda falou em “proteger as crianças” para que elas não tenham “acesso precoce a assuntos que não estão de acordo com suas idades”. A decisão não durou muito: o Supremo Tribunal Federal afirmou que o gesto vai em sentido oposto à democracia brasileira “O regime democrático pressupões um ambiente de livre trânsito de ideias”, afirmou Dias Toffoli, presidente do STF, que atendeu ao pedido da procuradora Raquel Dodge de proibir a ação de apreensão de livros.

Ivete Sangalo falou de amor e tolerância no Rock in Rio Lisboa (Foto: Reprodução/Instagram)

No último domingo, 8, Ivete Sangalo fez com que o assunto tomasse as páginas internacionais. É que ela encerrou o Rock in Rio Lisboa com uma mensagem e deixou claro: quem tem problema com o amor, é porque tem um problema dentro de si. Veveta aproveitou para fazer um emocionante discurso contra a intolerância. “Beijem-se à vontade, se abracem, sejam felizes, porque a vida passa e a gente fica se importando com o que o outro está pensando, quando, na verdade, o outro que condena, que é intolerante, ele começa intolerante consigo, não compreende o que está dentro dele. Por isso, como ele não é feliz, não quer que o outro seja. Vamos ensinar o intolerante a amar, a saber como amar e ser feliz”, disse.  “Gostoso é quando temos a liberdade de poder demonstrar o nosso afeto a alguém”. A gente assina embaixo. Veja: