Museu do Amanhã: Imersão em ambientes lúdicos e escalas paradoxais inspiram instalação


Sem contato físico, a tecnologia capta o movimento dos visitantes e propicia uma interação com sons e imagens em alta definição. IMFUSION será aberto ao público em 29 de outubro, respeitando os protocolos das autoridades sanitárias

Conceito 4.0, inovação, tecnologias e impactos. Diante da Quarta Revolução Industrial, realidade que já bate à porta, compreender o papel das máquinas, assim como o das inovações que elas promovem, é essencial para entender as novas tendências e formas de comportamento. Mais do que qualquer outro fator, precisamos buscar conhecimento e saber reconhecer as transformações que a sociedade vem sofrendo e em ritmo que foi acelerado pela pandemia do coronavírus.

O desenvolvimento de novas tecnologias e as conquistas científicas têm impactado a forma como o ser humano se relaciona com a natureza em escalas de proporções paradoxais. Ao mesmo tempo que manipulamos formas diminutas – como vírus e bactérias – exploramos imensidões como a Lua ou Marte. IMFUSION é uma instalação tecnológica que propicia uma experiência lúdica, capaz de despertar reflexões sobre a forma como interagirmos com o micro e o macro, em diferentes contextos e ambientes.

Desenvolvida pela DeepLab Project, produzida pela Dellarte, IMFUSION abre ao público em 29 de outubro, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. O agendamento para experiência é feito no momento da compra do ingresso de acesso ao Museu pelo site da www.ingressorapido.com.br/home. A visitação à instalação está sujeita à disponibilidade dos horários em aberto no dia.

A medida visa cumprir os protocolos estipulados pelas autoridades sanitárias em razão da pandemia de Covid-19, limitando o número de visitantes, tanto no Museu quanto para a IMFUSION. O funcionamento é das 10h às 17h e a instalação poderá ser vista até 29/11.

Do micro ao macro três cenários são explorados: da molécula à diversidade de uma floresta até a imensidão do universo. Em 12 minutos, os visitantes estarão imersos em formas coloridas e interagindo por meio de sensores com projeções plenas de efeitos especiais – gráficos e sonoros. A tecnologia empregada dispensa a necessidade do contato físico e a fantasia se faz por meio da aproximação.

Em uma sala escura, com 5,7 metros de largura, 4 metros de altura, e 10,4 metros de profundidade, câmeras e sensores captam a movimentação da pessoa que passa a interferir randomicamente nas exibições. Uma metáfora da interação do Homem com a natureza.

Apenas seis pessoas são admitidas por sessão, respeitando o distanciamento social. Uma cortina de tecido, com tratamento antibacteriano, e potentes equipamentos de filtragem do ar são parte dos cuidados.

“Os sensores de movimento permitem ao visitante participar da transformação do conteúdo projetado”, conta o idealizador da experiência Felipe Reif. “Queremos reforçar a percepção de que o individual tem reflexo no coletivo, transformando todo o ambiente em que vivemos”, completa. O conteúdo para IMFUSION foi criado por mais de 10 pessoas entre Brasil, Chile e Estados Unidos.

Mesmo projetada antes da pandemia, a instalação já previa a interação sem necessidade de contato físico num trajeto de sentido único para os visitantes, impedindo o retorno ao início. “No atual contexto, essas características foram essenciais para a escolha do projeto produzido pela Dellarte e co-realizado pela BM Produções”, conta Steffen Dauelsberg, diretor executivo da empresa. “São medidas determinantes para o segmento de instalações interativas”, completa o diretor.

“A vinda da IMFUSION para o Museu do Amanhã é parte de nossa estratégia de apresentar novidades aos nossos visitantes. Estamos sempre focados em expandir a narrativa da Exposição de Longa Duração do nosso museu, apresentando ao público, em diferentes formatos e conteúdos, reflexões sobre que Amanhãs queremos construir desde já”, afirma Eduardo Carvalho, editor artístico do IDG, instituição gestora do Museu do Amanhã. “Esta é a primeira atração temporária desde a reabertura do Museu, fechado até setembro devido à pandemia da Covid-19. Estamos sendo bem cuidadosos para que o visitante vivencie esta experiência com segurança e qualidade”, complementa Carvalho.

IMFUSION será levada para outras cidades: “Em dezembro deste ano será a vez de Belo Horizonte e, em 2021, São Paulo”, diz Dauelsberg.

Em razão da pandemia, o Museu do Amanhã adotou as seguintes medidas:

  • redução da capacidade de visitantes simultâneos;
  • uso obrigatório de máscaras cobrindo nariz e boca;
  • medição, na entrada, da temperatura dos colaboradores e do público;
  • uso de tapetes sanitizantes;
  • totens de álcool gel;
  • sinalização de distanciamento entre as pessoas;
  • percurso de orientação única;
  • higienização constante dos equipamentos interativos.