Com os DJs Felguk, Yves V, Betoko e Anthony Rother, Euphoria comemora 10 anos com mega party sustentável no interior do Rio!


Bombou! Agito trouxe como tema os quatro elementos, com direito a performáticos elementais do fogo e da água, além de duendes e fadinhas que fariam a alegria até de Peter Jackson!

* Por Bruno Muratori

Pegar estrada e curtir uma boa festa não é mesmo para qualquer um. É preciso muito amor à música e acreditar num projeto que chegou para ficar e já faz parte da vida da rapaziada bacana que curte esse tipo de badalo. Afinal, já foi o tempo em que as festas de música eletrônica ainda era algo muito distante do universo do meros mortais na terra brasilis. Pioneiros no mercado de música eletrônica e entretenimento brasileiro, os produtores de evento Carlos Casanova, Fabio Brandão, João Marcelo Arraes e Paulo Sarmento atuam neste segmento desde 2002, e Tiesto World Tour, Sirena Tour, Kaballah Circus Festival RJ, Warung RJ, Amnesia Ibiza e Playground Music Festival RJ são algumas das marcas nacionais e internacionais de agitos realizados pelo grupo em todo o país. Desde então, os rapazes já fizeram cerca de 120 produções, entre as quais constam as 27 da  Euphoria, que agora comemora dez anos em edição que movimentou o interior do Rio neste final de semana, de sábado (13/12) para domingo (14/12), em Santo Aleixo.

O formato do evento é sustentável e a produção se orgulha disso. Esta última edição rolou nesse sábado no Haras dos Anjos, na pequena localidade próxima a Magé e a região, pouco acostumada com badalos, ferveu. Aliás, bombou. Foram 35 atrações musicais, entre elas, 17 internacionais.  Com a temática da sustentabilidade, a organização evocou  os quatro elementos essenciais à vida: fogo, terra, água e ar compuseram a cenografia do festival.

Logo na chegada, tudo flui muito bem: estacionamento amplo, entrada sem grandes filas e  os seguranças na porta fazendo aquele controle sério para que só a alegria fosse aditivo suficiente para segurar a marimba até de manhã. Mesmo com chuva que insiste cair, nada atrapalha esse cenário mágico da noite. E é de impressionar a dimensão do festival, com local escolhido a dedo. A galera, claro, entrou logo no clima daquelas festas do segmento terra, terra. Logo de cara, HT ficou empolgado com o que viu, um misto de êxtase com a natureza e a tecnologia, tudo em plena harmonia. O som pontua o ambiente, tudo bem afinado, ainda mais em espaços desse tamanho, ouve-se tudo na mais perfeita fartura de sonoridade, cool!

Ainda por conta de apimentar a imaginação, HT faz questão de ressaltar o quesito interação, que fica por conta da companhia circense Up Leon, com mais de 70 artistas profissionais. A trupe brasileira, que existe há 22 anos, já se apresentou em vários países europeus, como Alemanha, Suécia e Finlândia e, pelo festival são vistos personagens lúdicos com pernas de pau de uns três metros de altura, monstros que cospem fogo, malabaristas e duendes saltitantes para aqueles que assim, como a Xuxa, acredita nesses outros baixinhos. Em todos os palcos, o evento contou com bailarinas performáticas, de acordo com a temática de cada um deles. Na Arena Fogo, por exemplo, dedicado exclusivamente ao estilo musical EDM, os anfitriões Rei Sol e Dragão, monumentos com três metros altura cada, dividem a cena com a tecnologia. Em sintonia com os ritmos dos DJs, lá surgem monstros cuspindo fogo em total interação com a galera. E, além de telões em 3D, projeções de fogo em formato não linear. Tudo hot e a galera aprova essa arena, tudo bomba! Também não é por menos…

É nesse mesmo espaço que rola a apresentação das sensação da noite, os DJs Felguk e Yves V, respectivamente, o brasileiro de maior renome internacional e o belga residente do Tomorrowland, maior festival de música eletrônica do mundo. Nem precisa ir na Bélgica agora, né? Brincadeirinha….

Visivelmente emocionado, Yves V declara ao HT: “Que coisa absurda esse ambiente. Estou adorando tocar no Rio e esse mergulho na natureza, com o festival rolando dentro de panorama natural, é algo extasiante, de ficar na memória!”

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Fotos (Divulgação)

Mas, para aqueles amantes dos DJs de popularidade estratosférica, a boa inotícia é a notícia de que o  alemão Anthony Rother, considerado o rei do techno, e o mexicano Betoko, – principal referência do estilo deep house na atualidade – marcam presença ali perto, no palco Água. Para aqueles que, assim como esse repórter, cultuam a vertente a novidade é mesmo um daqueles momentos em que todo mundo precisa viver e reviver na vida! Inesquecível. E tem ainda a boa energia que só quem foi sabe, não é mesmo?!?

Em harmonia com as batidas e remixes dos DJs, o espetáculo Dança das Águas, similar ao apresentado no lago de um renomado hotel em Las Vegas pontua aquela boa vibe dessa arena, junto com esguichos de água e as alegorias de Sereia e Netuno, ambos com três metros de altura.

Já na Arena Terra, a imagem de uma Dríade gigante com cinco metros divide  o palco com a dupla de DJs holandesa GMS e o Israelense Ace Ventura. Nesse espaço, personagens de duendes vivos interagem com público com raios laser, além de fadinhas que são um mimo à parte nesta encenação. Perfeitas para quem precisa dar uma relaxada e refazer-se.

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Fotos (Divulgação)

Em meio a toda essa diversão, uma tenda inflável sinaliza impecavelmente o espaço Ar. Nesse ambiente é permitido fazer uma viagem no tempo através da exposição de vídeos, fotos e elementos das 27 edições do festival, realizadas em diferentes estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Santa Catarina. O clima nesta parte confirma a proposta amistosa do evento, com som chillout, estilo de música eletrônica relaxante. Seguindo essa linha mais slow, pufes dão a dica para um momento de descanso, com o. O local também abriga a praça de alimentação.

Mas, o ponto mais alto da festa é a ação sustentável, com a implantação de um copo ecológico e reutilizável, que não agride o ambiente. O conceito desenvolvido na Europa já vem sendo utilizado em países como Bélgica, Holanda, Inglaterra, França, Alemanha e África do Sul. “O francês Martin Joufflineau, trouxe a idéia para a nossa cidade e celebra a iniciativa justo em um evento desse calibre, com a dimensão da Euphoria e público de mais de 15 mil”, comenta Paulo Sarmento. “Afinal, é poupado o meio ambiente com o uso de cerca de 60.000 copos descartáveis, um dado relevante já que hoje a indústria de música eletrônica movimenta grana forte e aquece a economia”, ele completa.

Os produtores revelam que o fenômeno de explosão desse estilo de celebração na última década atual elevou alguns dos principais artistas do cenário eletrônico ao patamar de popstars e, junto com eles, seus cachês. “Com o custo das apresentações subindo significativamente, nosso grupo de produtores passou a viajar para os principais centros de entretenimento noturno do mundo, indo longe para criar estratégias de posicionamento dentro do mercado brasileiro”, revela João Marcelo Arraes, que ainda enfatiza: “Nós frequentamos os festivais internacionais de maior referência no meio à procura de novidades e tendências”.

O trabalho de campo, portanto, é uma das suas principais estratégias para contratação de artistas renomados. Desse modo, os empresários conseguem incluir DJs que são sinônimo de tendência, mas cujo sucesso ainda não se refletiu no valor de seus cachês. “Há dez anos contratamos o duo de DJs e produtores musicais, Felguk. Na época, pagamos 600 reais para contratá-los. Para a apresentação que farão na próxima edição da Euphoria, eles nos cobraram 30 mil. Ou seja, esses números mais que comprovam o crescimento do gênero dentro do mercado musical e de eventos”, exemplifica Carlos Casanova, responsável no grupo pela contratação das atrações para os eventos por eles realizados.

Para o realizador Fabio Brandão, a estrutura apresentada durante a Euphoria 10 Anos representa um marco na própria história do segmento musical: “Incluímos nesse evento nada mais nada menos do que o melhor do Brasil e o DJ residente do melhor festival do mundo, estamos fazendo história”. Que venham muitos mais!

*Carioca da gema e produtor de eventos, Bruno Muratori é uma espécie de fênix pronta a se reinventar dia após dia. No meio da década passada, cansou da vida de ator e migrou para a Europa, onde foi estudar jornalismo. Tendo a França como ponto de partida, acabou parando na terra do fado, onde se deslumbrou com a incrível luz de Lisboa e com o paladar dos famosos toucinhos do céu, um vício. Agora, de volta ao Rio, faz a exata ponte entre o pastel de Belém e a manjubinha

Fotos (Divulgação)