Com a libido em forma, Ana Carolina deixa o público em puro êxtase no novo show, no Rio!


Na estreia no Citibank Hall, a artista prova que sabe dar lições de sedução em uma plateia que é só volúpia!

Notas libidinosas entram em cena na estreia da turnê “#AC”, da cantora Ana Carolina, no  Rio. Um show vibrante que levanta a plateia quando mostra a faceta baladeira da artista, mas também encanta com antigas canções românticas e, ainda, seduz como nunca antes em um espetáculo da cantora. Afinal, Ana Carolina é pura sedução. A cantora que se consagrou com uma levada mais romântica, de músicas que falam de decepções amorosas, chegando até a uma fossa sutil, hoje mostra que deu a volta por cima e está aí para levantar a libido. Foi assim que o público classificou a noite, depois de ouvir uma dessas novas canções, “Libido”. Mal estreou no Multishow nesta última semana, o clipe desta música de trabalho já dá o que falar, cheio de beijos em meninos e meninas. Mas, no show, mesmo sem as tais imagens libidinosas em cena, Ana Carolina vai do drama à sedução, provando que a volúpia pode facilmente extrapolar as imagens e extravazar pelo conjunto que engloba áudio, performance, luz e atmosfera ao vivo.

A plateia se sentiu tentada. “Ah! Ana Carolina sempre mexe com a libido”, diz o humorista Paulo Gustavo. Ao ser perguntado sobre o que mexe com a sua, vai logo entregando: o talento das pessoas, um palco, um bom papo. O booker e descobridor de modelos Serginho Matos também se sentiu com a libido em alta na noite. “Achei tudo muito sexy, muito sedutor. O que mexe com a minha são imagens, puro fetiche”, ilustra. Já aqueles homens acompanhados aproveitam a ocasião para se declarar às suas amadas, uma vez que um show de Ana Carolina é ambiente para exercer o amor. Ou a libido, afinal, cada um sabe qual é a sua. O guitarrista da banda, Pedro Baby e o ator André Gonçalves respondem olhando para as suas respectivas musas: “O que mexe com minha libido é a minha mulher”, ponto para cada um deles, todos fofos. E, cá entre nós, a artista deve ser mesmo responsável por noites calorosas depois dessa apresentação. Mas, então, o que será que mexe com a libido de Ana Carolina? – perguntamos. Ana, em um bate-papo exclusivo após a apresentação, olha para o alto, toma um gole de champanhe, faz pausa intelectual e responde: pessoas inteligentes. Ponto.

Com início vibrante, o show conta primeiro com o DJ Mikael Mutti, convocado novamente  depois para a música “Pole Dance”: “Ela rebola, rebola, rebola”. E logo na segunda música, “Bang Bang” (nada a ver com o hit de Nancy Sinatra), a artista não perde tempo e passa direto para o nível 4 de provocação, cantando: “Essa noite eu quero dançar\Essa noite eu vou derreter\E quem sabe até encontrar\Alguém melhor que você”. E mais: atirando para o público essa sua forma animadinha de falar de decepções amorosas, no melhor estilo “fui refém e fui bandida”. Ou seja, para que brincar em serviço, não é mesmo? Melhor ir logo direto ao ponto, sem tantas preliminares assim. Não que Ana Carolina abra mão de suas famosas músicas “dor de cotovelo”, nada disso. Mas, como em um fetiche libidinoso, agora o que predomina é uma dor agradável, daquela que o público canta com os olhinhos fechados e, se não houver uma paixão para remeter à música, inventa uma na hora! Nem que seja aquele amor de carnaval deixado há muito para trás e que permanece no seu imaginário até hoje.

Nesse jogo de sedução e libido, quem acaba ganhando é a plateia, que demonstra ser irresistível cair de vez na emoção de um amor mal resolvido, ouvindo hits como “Pra rua me levar” ou a nostálgica “Quem de nós dois”, há muito ausente dos shows de Ana. Sim, sua fossa passa ao largo do “meu mundo caiu”, de Maysa. Aqui ela é bem mais crédula e romântica, consciente, sem qualquer gota de álcool. Além disso, a artista se encarrega sempre de fornecer o antídoto para os soluços espasmódicos, através dos trabalhos mais recentes. Algo tipo: okay, amo intensamente, mas se não der certo, eu tenho a farra e o sexo casual na manga para segurar a onda.

Como remédio para aquele baixo astral que uma decepção amorosa pode causar, Ana Carolina lança mão de uma pegada fálica, quando larga seu violão e segura o microfone em “Fire”. Ou sensual em “Libido” e “Eu comi A Madonna”, sussurrando sem pudores. Sim, ela praticamente contracena com o microfone, tipo Billie Holliday. Na décima segunda música, por exemplo, ela começa a brincadeira com uma pegada de tango, só para reforçar sua essência dramática e sedutora, passional como o estilo musical portenho. Essa é a persona revelada no espetáculo, uma autêntica dançarina do gênero. Com direito a esbofetear – se precisar, e seduzir, provocar, chorar.

Outro momento que marca seu lado provocador é a música “Piriguete”, pegando emprestado versos da música-chiclete do grupo Calcinha Preta, “Você não vale nada, mas eu gosto de você”. A plateia, claro, delira! E ainda lançando-se às referências populares, ela também chama a banda para acompanha-la na sua talentosa batucada de pandeiro, com mãos super fálicas, só que no ritmo de funk. E, logo depois de outra música, se prepara para levantar o clima, que havia dado uma acalmadinha com a série “dor de cotovelo”. Ana Carolina vai fundo: mostra logo que fossa se cura com libido, emendando uma poderosíssima balada bem no seu estilo, com direito a vozeirão. Voilà, a noite está ganha!

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Fotos: Vinícius Pereira