As comunidades científica e acadêmicas nacional e internacional tem salvado empresas e indústria. Desde projetos que estejam diretamente relacionados à pandemia do coronavírus aos que investiguem questões de interesse estratégico para o desenvolvimento da cadeia têxtil e de confecção, por exemplo, como conhecimentos transversais à diversas áreas. A pandemia de Covid-19 colocou o assunto na ordem do dia e trouxe uma sede inédita por conhecimentos para um futuro que já é o agora. Nos últimos meses temos acumulado saberes valiosos sobre a maneira de se fazer EPIs, colaborar com as mais plurais indústrias e a atuação dos pesquisadores para o desenvolvimento de novas descobertas. E o SENAI CETIQT tem feito um trabalho incansável para proporcionar a pequenas, médias e grandes empresas, além da comunidade acadêmica e profissional e aos alunos da instituição, a divulgação dos trabalhos desenvolvidos, fontes de referências disponibilizadas a todos os brasileiros e estudiosos do mundo inteiro. E acabou de retomar uma nova versão repaginada e online da “Revista Design, Inovação e Gestão Estratégica (REDIGE)”, criada há dez anos por iniciativa da Faculdade SENAI CETIQT e levada adiante pelas coordenações de Ensino a Distância e de Suporte Acadêmico, com a colaboração luxuosa de professores e alunos da instituição. Com a “REDIGE”, o SENAI CETIQT abre espaço para artigos e ensaios da comunidade científica nacional e internacional, sempre voltados para o que há de mais novo em questões essenciais (mas sempre com um olhar de gratidão por tudo o que o passado nos deixou como legado) ao desenvolvimento do setor têxtil e de confecção e conhecimentos em sinergia com outras áreas.
Nas palavras do coordenador de Ensino à Distância, Celso Soares, a “Redige” tem uma importância fundamental para o SENAI CETIQT, “não apenas pelo seu caráter interdisciplinar, mas pelo fato de possibilitar a divulgação científica dos conhecimentos gerados pela comunidade acadêmica, aproximando-os das indústrias. Com essas publicações, o SENAI CETIQT segue no caminho de ser um indutor de novas tecnologias e inovação, contribuindo para o desenvolvimento industrial do país”.
Como já pontuamos, além de trazer ao público trabalhos e pesquisas implementados dentro da instituição por alunos e docentes, a revista pretende servir, também, como fonte de referência em outras áreas do conhecimento. Ao compartilhar o saber produzido, o SENAI CETIQT contribui para a disseminação de tecnologias e inovações estratégicas para as empresas que atuam no setor. Um exemplo recente de colaboração entre CETIQT e indústria é o projeto (que tanto tenho abordado aqui nos últimos dias) Têxtil Funcional com Propriedades Antivirais, com pesquisas que uniram o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil – SENAI CETIQT, por meio do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras, a Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz, e empresa Diklatex Industrial Têxtil S.A, uma das mais importantes indústrias brasileiras na produção de tecidos de alta performance, selecionada no Edital SENAI de Inovação da Indústria – Missão contra o COVID-19, foi a descoberta de um tecido formulado pela indústria têxtil Diklatex capaz de inativar 99% das partículas virais da Covid-19. A expectativa é que sejam produzidas 600 mil peças por mês, entre máscaras, aventais e scrubs, que contarão com compostos químicos que já conseguiram inativar o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Trata-se de um legado para a proteção tanto física quanto química com esse antiviral para os profissionais da Saúde e a sociedade como um todo.
A atual edição traz artigos focados nas principais áreas de ensino da faculdade: engenharia química, design de moda, engenharia de produção e educação. Também é importante ressaltar que a “REDIGE” está à disposição dos leitores gratuitamente. Recentemente, revistas respeitadas no mundo inteiro também liberaram o acesso às páginas com informações sobre assuntos relacionados à pandemia de Covid-19 a fim de repassar informação de confiança num momento tão difícil para o mundo. A gratuidade merece ser ressaltada, pois publicações como essas costumam ser inacessíveis à maior parte do público: graças a seus custos altíssimos, as assinaturas são pagas, geralmente, apenas por universidades e centros de pesquisas.
O processo de relançamento da “REDIGE” começou há cerca de dois anos. Com a chegada da pandemia de Covid-19, o professor André Simões contou que a equipe se reuniu remotamente, por meio de videoconferências, a fim de não perder o timing e manter todas as etapas de produção – obtenção dos artigos para publicação, avaliação dos textos e a devolutiva aos autores – dentro do cronograma de diagramação e ajuste de plataforma. Como nas outras edições, a revista é colaborativa, com artigos escritos por professores, acadêmicos e universidades. Quem se interessar em submeter material para avaliação e possível publicação na próxima edição deve enviá-lo para o e-mail redige@cetiqt.senai.br.
O Site Heloisa Tolipan conferiu in totum o conteúdo da “REDIGE” e confirma: a publicação traz informações que interessam a todos, em artigos escritos em linguagem simples e acessível. Separamos três exemplos (dois na área de Moda e um no Ensino à distância) para você correr lá e se aprofundar nas pesquisas.
Chita é chique: como a estampa floral típica do tecido mais popular do país chegou às vitrines de grifes sofisticadas
Atualmente não causa nenhum espanto (pelo contrário, só elogios) ver um vestido de chita sendo comercializado por labels sofisticadas no país e no mundo com nossa expertise ‘made in Brasil‘. As estampas brasileiras são as mais requisitadas no mundo pela total criatividade de seus designers. Durante muito tempo, nos corações e mentes brasileiros, porém, o “tecido do povo”, popularíssimo, sempre foi associado a roupas de custo baixo ou decoração de alguns ambientes mais simples e começou a ser comercializado em 1869. No entanto, é tácito que a chita hoje parte da História do Design Brasileiro com importante destaque na literatura, inclusive.
Seu uso em coleções de alta costura pela estilista Zuzu Angel, a partir dos anos 1960, porém, conquistou os corações e mentes das mulheres mais elegantes do país. Não só isso: Zuzu é considerada a primeira estilista brasileira a fazer sucesso no exterior. Graças a este pioneirismo, designers como o mineiro Ronaldo Fraga e grifes como a carioquíssima Farm podem se dar ao luxo de fazer moda chique com a “cara” de uma brasilidade de raízes extremamente populares.
No artigo “Chita Brasileira: A Estampa que Prevaleceu sobre o Tecido”, as pesquisadoras Gisela Costa Pinheiro Monteiro (Instituto ProCor do Brasil), Thais Leticia Pinto Vieira (UFES) e Aline Costa Miguel (ESDI/Uerj) mostram como a chita, caracterizada essencialmente por florais de cores básicas e fortes, passou a fazer parte do design de moda brasileiro, ultrapassando a barreira do tecido barato que marcou sua origem. Hoje as flores no “estilo chita”, que podem ser imensas ou pequeninas, são usadas para estampar qualquer tecido, mantendo a estética original, com aquele fairplay que caracteriza a identidade nacional.
Além de apresentar as características básicas da chita (destaque absoluto para o grafismo floral que a tornou célebre no país), as autoras traçam um panorama de sua representatividade, lembrando, por exemplo, o quanto foi importante para a caracterização da personagem Gabriela, moça pobre do interior da Bahia interpretada por Sonia Braga na novela homônima da Globo, adaptada do romance de Jorge Amado. Gabriela, para quem não se lembra, estava sempre metida em “vestidinhos” de chita que acabavam ressaltando as formas sensuais da personagem. E ditou moda nacional.
O “pano do povo”, como era chamada a chita, também funciona uma espécie de representação da simplicidade em obras clássicas da literatura nacional. No artigo, as autoras ressaltam o uso feito por três autores da virada do século XIX para o XX para “vestir” trabalhadores de baixo poder aquisitivo e suas famílias. Em resumo, as classes sociais menos ou nada abastadas.
Em “Memórias de um Sargento de Milícias”, de 1852, Manuel Antônio de Almeida conta a história de Leonardo da infância até tornar-se o sargento do título. Publicado em 1890, “O Cortiço”, de Aloísio de Azevedo, se passa numa estalagem habitada por gente muito pobre, que mal tem como se alimentar. Já “Dom Casmurro”, publicado por Machado de Assis pela primeira vez em 1899, acompanha as desventuras de Bento Santiago, que não é exatamente pobre, mas leva uma vida muito simples. Nos três clássicos, a chita aparece nas vestes e, por vezes, na decoração (em cortinas, toalhas de mesa etc).
O artigo traz duas curiosidades interessantes. Poucos sabem, mas o tecido também era usado em roupas masculinas – sem estampas florais, obviamente. Em “Memórias de um Sargento de Milícias”, um major da polícia usa o rodaque (uma espécie de sobrecasaca popular no século retrasado) em casa, quando três mulheres de mais cerimônia o visitam: “O major recebeu-as de rodaque de chita e tamancos, não tendo a princípio suposto o quilate da visita; apenas, porém reconheceu as três, correu apressado à camarinha vizinha, e envergou o mais depressa que pôde a farda”. A mesma peça de vestuário é citada em “Dom Casmurro”, onde também é confeccionada em chita e é igualmente envergada por alguém de classe social inferior. “A gravata de cetim preto, com um arco de aço por dentro, imobilizava-lhe o pescoço; era então moda. O rodaque de chita, veste caseira e leve, parecia nele uma casaca de cerimônia”.
Nas vestes femininas dos três romances, por sua vez, não são citadas as estampas de flores que, hoje, são praticamente sinônimo do material: “As citações mostram que a chita era sinônimo de tecido rústico, não exatamente estampado”. O estudo mostra a valorização da estampa típica da chita, que ganhou o mundo e se firmou, também, em territórios onde a sofisticação é a tônica dominante. “A desmaterialização do tecido foi inversamente proporcional à importância que foi ganhando a estampa. E conforme ela foi sendo aplicada a novas bases, foi também alcançando outros segmentos, quebrando barreiras, podendo hoje ser um fundo de tela, uma projeção, ou mesmo desconstruída, como fez Ronaldo Fraga. Enfim, a estampa prevaleceu sobre o substrato.”
Conceito See Now, Buy Now (Veja Agora, Compre Agora) de grandes grifes e a aceleração à potência máxima da produção do fast-fashion
O mundo vem se transformando com uma velocidade alucinante. Hábitos que, há um ano ou menos, eram considerados imutáveis são questionados e substituídos por atitudes antes impensáveis. O exercício do home office é um bom exemplo de prática que está gerando mudanças aceleradas e indagações importantes no mundo dos negócios. Afinal, se podemos reunir uma equipe inteira remotamente, através de plataformas digitais, por que investir tantos recursos na construção de espaços físicos em endereços supervalorizados? Essa aceleração da vida não começou ontem, mas, agora, mostra seus resultados com uma intensidade impressionante. E é tão abrangente que chegou ao universo da moda impactando, inclusive, os tradicionalíssimos desfiles e o próprio processo criativo das coleções.
No artigo “Produção e Comercialização no Modelo See Now, Buy Now e a Lógica do Fast Fashion: Considerações sobre a Indústria da Moda”, os professores João Dalla Rosa Júnior (coordenador de Design de Moda da Faculdade SENAI CETIQT) e Joana Martins Contino (coordenadora de Design Gráfico da Faculdade Estácio de Sá) questionam a prática dos desfiles, criados pelas maisons francesas no final do século XIX e mantida praticamente igual desde então em tempos high tech, onde uma compra pode ser feita ali, durante os desfiles das semanas de moda com o acessar a um e-commerce, por exemplo. Os autores mostram como a tecnologia permitiu o surgimento e a implementação do fast fashion, modelo de produção que reduziu drasticamente o intervalo entre a concepção e a venda dos produtos.
Entretanto, desde 2016, vêm sendo instaurada uma nova dinâmica na apresentação e comercialização das peças dos desfiles prêt-à-porter em diversas semanas de moda pelo mundo. Ao novo formato convencionou-se chamar See Now, Buy Now (SNBN: veja agora, compre agora) e de acordo com ele, as peças são colocadas à venda para o consumidor final logo após o desfile.
“Esse conjunto de estratégias foi inaugurado pela Zara e Benetton e, a seguir, foi adotado por outras grandes redes varejistas e lojas de departamentos. Entretanto, graças a sua eficácia do ponto de vista comercial, ele acabou sendo utilizado por empresas dos mais variados portes, das grandes às pequenas, ainda que não o tenha sido de modo integral em todas as camadas do mercado, pois a sua plena implementação demanda altos investimentos em logística”, observam os autores. “Desse modo, o Fast Fashion, ao longo das duas últimas décadas, se tornou o modelo produtivo predominante no mercado global de moda”.
Há relativamente pouco tempo, os consumidores que quisessem se informar sobre o que acontecia nos desfiles precisavam consultar revistas de moda (e, posteriormente, sites especializados). Se antes só quem tinha acesso imediato ao conteúdo dos desfiles eram apenas os convidados – profissionais do setor e celebridades –, agora qualquer um com acesso à internet pode ver as peças desfiladas por meio de sites e redes sociais, muitas vezes em tempo real. O novo modelo de negócios foi um sucesso entre as marcas populares, mas impactou as vendas das grifes mais caras, que investem pesado na participação em fashion weeks – e que já enfrentavam a cópia quase imediata de suas criações pelas cadeias varejistas. “Desse modo, quando os modelos originais chegavam às lojas, seis meses após sua apresentação nas passarelas, eles já estavam muito longe de ser considerados novidades pelos consumidores, pois produtos genéricos já haviam sido comercializados massivamente pelas grandes redes de varejo”, observam os professores João Dalla Rosa Júnior e Joana Martins Contino. Na tentativa de manter sua “liderança”, as grifes mais exclusivas se aproximaram do comércio popular. Quem nunca viu uma coleção assinada pelo estilista de uma maison tradicional sendo oferecida numa loja de varejo? Pois foi esta a estratégia usada pelas marcas de prêt-à-porter de luxo: desenvolver coleções especiais exclusivamente para o varejo. “Por um lado, essas peças que carregam ‘assinaturas’ alavancam as vendas das redes de varejo e, por outro, mantêm o status de ‘lançadoras de tendências’ das marcas de prêt-à-porter”, ressaltam os autores.
Mas o público exigia mais velocidade. E o Fast Fashion acabou abrindo caminho para o conceito See Now, Buy Now (Veja Agora, Compre Agora), que acelerou ainda mais o processo ao deixar o objeto de desejo ao alcance do consumidor tão logo é apresentado. Se o Fast Fashion diminuiu o tempo de espera entre a divulgação da coleção e a chegada das peças às lojas, o See Now, Buy Now (SNBN) simplesmente tentou eliminar o intervalo geralmente de seis meses entre produção e comercialização. No mundo do See Now, Buy Now, a peça fica à disposição dos consumidores durante ou imediatamente após o desfile.
Para essa prática tornar-se possível, foram necessários alguns ajustes. É fundamental que a grife “antecipe a criação e a produção ao máximo para que os produtos estejam disponíveis ao consumo no momento do evento”, por exemplo. O que não significa toda uma reestruturação do processo de fabricação: na verdade, o SNBN mexe mesmo é com o processo de escolha dos produtos que serão fabricados.
Para encerrar, os dois autores ressaltam que “um dos desdobramentos que as pesquisas acerca da relação entre o Fast Fashion e o SNBN podem assumir é a da investigação sobre como as tendências apontadas pela Indústria 4.0 podem transformar os modelos produtivos mencionados, atuando sobre os impactos da previsibilidade da produção e a formação de estoques. Além disso, também se destaca o tema da criação, tendo em vista às questões relativas às características dos projetos em design de moda frente à tecnologia e ao papel do designer no desenvolvimento dos produtos”.
O que o mundo da moda ainda nos reserva?
Os atrativos de uma aula de Química: artigo aborda a necessidade de tornar o ensino da disciplina mais atraente para alunos do ensino médio com muitas experimentações
O futuro da moda estará ligado necessariamente à questão das tecnologias habilitadoras para a indústria 4.0. Também não dá mais para falar de moda, confecção, setor têxtil se não se pensar em sustentabilidade ambiental e o compartilhar conhecimentos sobre as mil e uma propriedades dos polímeros têxteis eo há de high tech sendo pesquisado em laboratórios e sendo produzido pela indústria têxtil, por exemplo.
Em função da necessidade de mercado, à medida que tem todo um crescimento populacional a nível mundial, há toda uma matemática de economia circular. Isso tudo está norteando profissionais a fazer novos desenvolvimentos. Quando surgem, novos desenvolvimentos são novas demandas, novos produtos. Acaba precisando de profissionais mais qualificados com olhar diferenciado para estar atuando nessas frentes.Por isso a pesquisa é importante, para ver do que o mercado necessita, qual é a demanda. Aí entra o engenheiro de materiais, o engenheiro químico, para fazer todo esse estudo. A ciência de materiais como um todo.
Recentemente, vi em uma live promovida pelo SENAI CETIQT e cujo título da minha matéria era “O céu é o limite para os polímeros têxtieis” que a empresa francesa Kermel, que produz uma roupa de proteção contra calor que vai até mil graus e tem toda essa parte de resistência a chamas, tem alta termo-estabilidade, resistência química a bases e a ácidos, tem uma propriedade anti-chamas. Antes de chegar no material acabado, que seria o uniforme, há toda uma parte de processamento de síntese química. E você precisa avaliar isso, você precisa validar essa situação. O céu é o limite nesse e em muitos casos. Conhecendo a propriedade do polímero, você consegue direcionar ele no mercado. Podem ser aplicados em roupas que exijam alta resistência para esporte e em mil e uma outras opções.
E o que tem isso com a observação do artigo “Abordagem de Polímeros: Uma Exposição Teórico-Prática Proposta para as Aulas de Química do Ensino Médio”, que abre a nova edição da “REDIGE”? Os autores – Suellem Barbosa Cordeiro (Departamento de Ciências da Natureza da Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Caio Rocha Miguel da Silva e Marco Antonio Tronco Felix (ambos do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira, do CAp da Uerj) – abordam a importância da exposição prática e da experiência para tornar mais atraentes as aulas de Química. O trabalho propõe uma exposição teórico-experimental para o ensino médio, partindo da temática polímeros e os resultados obtidos são discutidos. A atividade aproximou o conteúdo de química ao cotidiano dos estudantes devido à ocorrência da reação de polimerização e os reflexos das condições reacionais, da estrutura do polímero na sua propriedade.
“O ensino de Química, especialmente o de polímeros, tem sido marcado pelas aulas decadentes e desmotivadoras do ponto-de-vista dos estudantes da educação básica, que, em sua maioria, insistem em utilizar técnicas de memorização, que além de não representar a realidade microscópica da disciplina, leva ao desinteresse pelo conteúdo”, observam, na introdução ao artigo.
O tema “polímeros” foi escolhido porque, além de ser obrigatório no currículo de Química, seu estudo pode ser contextualizado, proporcionando aulas conscientizadoras e questionadoras. Afinal, graças a sua imensa gama de propriedades, os polímeros são versáteis e empregados em diversas funções com características diferentes. Estão presentes no cotidiano de todos nós em objetos como sacolas plásticas, embalagens, brinquedos e materiais de construção, além de serem bastante usados na indústria têxtil.
No artigo, o leitor pode conferir em detalhes a metodologia empregada nas aulas e os experimentos levados a cabo pelos estudantes. A conclusão dos autores é que “a sequência didática foi planejada e aplicada em turmas com estudantes do ensino médio. Estudantes estes que se mostraram interessados e confirmaram a importância da atividade na sua formação, por meio de respostas coletadas em questionários antes e depois da realização da atividade. Comprovou-se também a importância da atividade que favorece a contextualização e que protagoniza o estudante para estreitar as discussões sobre os problemas sociais e ambientais entre outros, reforçando a escola como espaço de construção de senso crítico. Reforçou a importância da ludicidade nas atividades escolares para auxiliar os processos de ensino-aprendizagem”.
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