*Por Helen Pomposelli
Coach de imagem, auto-conhecimento e comunicação
Sabe aquela famosa frase “A vida dá voltas”? Para algumas pessoas, a vida é linear, passa de um lugar para o outro de forma rápida, para outras, a vida não segue, faz curvas e assim vai… O Saia da Caixa de hoje apresenta uma experiência de muitas voltas, porém de muitos retornos espirituais, de abundância e alegria. Conversei com Carolina Llerena Guinle Caetano, 37 anos, atualmente conectada na sua bagagem profissional com a caminhada espiritual. Em conversa, Carol começou com a seguinte questão: “O que faz sentido na vida? Eu sempre ficava tentando pensar em algo profissional que me conectasse com o dinheiro. Eu resolvi fazer um pacotão reunindo propósito e abundância”.
Hoje, Carol é empreendedora de posicionamento de uma multinacional focada em tecnologia e rejuvenescimento no Brasil, a Jeunesse, empresa de produtos tecnológicos voltadas para anti-age focada em marketing de relacionamento. “Sou empreendedora da marca, posiciono e apresento esse novo modelo de negócio, tendência de mercado mundial”.
“Atualmente eu crio a minha rotina e a minha chef é minha agenda. Meu foco é criar uma rede de consumo saudável. Eu sou formada em publicidade e comecei meu trabalho aos 17 anos, na gravadora da minha tia, a Natasha Records, cresci escutando Caetano Veloso, trabalhei anos na área de produção musical”, lembrou. De lá, foi para a Biscoito Fino, depois para Doces Bárbaros, e trabalhou, ainda, com Isabella Taviani. “Permeei nessa área e, há 7 anos, quando eu conheci a Arte de Viver, comecei a ressignificar a minha vida e questionar muitas coisas. Eu tinha uma renumeração financeira boa e um nome bacana no mercado, mas não tinha um propósito. Sempre tive vontade de ajudar os outros. Porém, na minha história de vida de família, fui obrigada primeiro a pensar em um status, numa posição que não me preenchia. Eu hoje também sou instrutora na Arte de viver, na qual facilito gerenciamento de stress e isso acontece paralelo a minha vida profissional”, enumerou.
“Minha família tem história de alcoolismo e vício e eu acho que a vida foi me preparando de alguma forma para eu ter esse papel de ajudar os outros, do cuidar, pois isso sempre me permeou muito e é da minha essência. Eu sou uma sobrevivente. Mais praticidade e menos mimimi, sabe? Sou forte como a minha família, passei por muitas reinvenções na vida. Estudei fora, fiz formações na Índia, passei um tempo em Nova Iorque, fazendo cursos de marketing, publicidade…”
Para Carol, seu maior desafio hoje é cada vez mais educar as pessoas profissionalmente para ter uma mudança sem preconceito, pois, para ela, as pessoas devem ficar mais abertas na vida para receber o mundo. “Existe muito pré julgamento, as pessoas tem dificuldade de pensar fora da caixa, faço parte do exército do bem nessa caminhada”.
“As pessoas se prendem muito ao status e a idéia de ser reinventar como seres humanos é um desafio. A gente julga! Não sou iluminada, mas não sabemos o que está atrás de cada ser humano. Hoje sou casada com uma mulher. Uma história da minha vida que me mudou muito e isso foi uma das razões para voltar a morar no Rio, pois fiquei um ano sabático morando em Mauá depois de uma crise de ansiedade. Virei a chave há sete anos também. Durante minha vida inteira me relacionei com homem e com 30 anos eu me reconectei comigo e conheci a Carlinha, que veio para a minha vida e decidi ficar com ela. Casei e a minha vida mudou. Para minha família foi mais fácil receber a notícia por ter uma mente mais aberta. Sou cria de avó e para ela foi mais difícil, mas tive uma conversa olho no olho e fomos assim, com o tempo, construindo uma relação e ressignificando a família. Estamos juntas há três anos ”, diz Carol, cuja sua história está inspirando uma próxima série da Globo.
E o seu conselho “Saia da Caixa”? “Minha mãe sempre diz: ‘Filha, se você não tiver preconceito com a sua história, ninguém vai ter com você’. Para mim, Saia da Caixa é se arriscar. Sair da zona de conforto pois o novo dá frio na barriga, né? Ultrapassar e ver a conquista! Se arrisquem, a vida é curta. As pessoas ficam prorrogando a felicidade delas e pensar fora da caixa é se permitir e estar conectado com você. Ao invés de escutar todo mundo, se escuta. O que faz sentido para você?”
Maravilha, Carol!
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