*Por Helen Pomposelli
O “Saia da Caixa” entra no clima da “virada sustentável” e conversa com Luciane Coutinho, carioca super engajada, sócia da agência de comunicação Mashup, especializada em experiência de marca que tem como foco o “propósito” e que desperte um lado bom do indivíduo. Lu também é idealizadora da idéia inicial do evento LivMundi, festival que trata de vida sustentável em suas mais diferentes abordagens, que chega à sua segunda edição no próximo final de semana, em meio à Semana do Meio Ambiente. O evento acontece no Parque Lage e abordará a sustentabilidade com um formato multidisciplinar que contempla debates, oficinas, sessões de cinema, feira e outras atrações. Todas as atividades são gratuitas. Para participar, basta se inscrever previamente no site do Festival (www.livmundi.com).
“Meu compromisso é ser uma conectadora desses movimentos, quero ser um agente transformador com um olhar atento às questões sociais”, diz Lu, em entrevista exclusiva no meio da correria da produção do festival. Para Lu Coutinho, essa preocupação e integração do individuo com a natureza já estava inserida na sua essência desde criança quando seu avô Abrãao, sócio- benemérito do Jardim Botânico na época em que era pequena, participava e atuava fortemente plantando várias árvores. “Quando eu era criança, fui diversas vezes ao Jardim Botânico acompanhar o plantio de árvores dentro do parque”, relembra Lu, que também passou a infância num sitio da família em Teresópolis, onde muitas arvores frutíferas hoje foram plantadas pelo seu pai e pelo avô, pessoas bastante atuantes pela natureza.
“Já fui criada com essa preocupação social e de aproximar comunidades e sociedades. Trazer essa conexão da sua essência com a natureza, ou seja, a natureza como incentivadora para esse indivíduo se encontrar. Estamos muito urbanizados pelo consumo, pela posse, pela propriedade, precisamos voltar a nos reconectarmos na natureza, valorizar coisas mais simples na essência como ser humano. Podemos trabalhar a questão social e a conexão com a verde que pode ajudar no sentido social, trazer o equilíbrio do indivíduo”, provoca.
Lu é formada em informática, e antes, trabalhou com cultura e arte por algum tempo em lugares como Museu da Imagem e Som, no MASP, em SP, e em empresas como Claro e IBM. Mas sabia que não era isso que queria fazer para a vida toda. “Chegou uma hora que eu não consegui conciliar essa conexão, pois não fazia parte da minha essência profissional. Quando eu abri a minha empresa, eu vi que podia ter o meu objetivo de trilhar o meu próprio caminho”, conta. Seu maior desafio na vida é que todos os sistemas façam parte integrante da vida do cidadão carioca. “Quero que seja algo natural, do jeito que nascemos para ser, quebrar as amarras das diferenças da essência do ser humano”, explica Lu.
Sugestão para quem quer sair da caixa? “Primeiro estar aberto para as mudanças, Um grande passo, querer saber sobre tudo, ter a curiosidade e é isso que move a evolução de um ser humano. Estar sempre ativo e receber essas informações, processar e transformar. Entender qual a transformação que você quer fazer, cada vez mais adquirindo novos hábitos. Valeu, Lu!
Artigos relacionados