Sucesso há dez anos no calendário da moda e dos negócios da indústria da moda no Brasil, o Minas Trend se consolida cada vez mais a cada ano. Nesta temporada, batizada de ano.dez, na qual o evento celebra sua 20ª edição, o reconhecimento está ainda mais amplo. Além dos mais de três mil compradores que elegem o Salão de Negócios mineiro como centro de boas novidades e das milhares de pessoas que diariamente cruzam os corredores da fashion week, o governo do estado de Minas Geras também entrou para o time poderoso do Minas Trend. Promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, o evento passa a receber o apoio do governado que firmou uma parceria com a organização. No acordo, que será vigente pelas próximas quatro temporadas, mais de R$ 3,6 milhões dos cofres públicos ajudarão a impulsionar a roda da economia da moda mineira.
Criada para incentivar e estimular os negócios no estado de Minas Gerais, o Minas Trend vai além das semanas de moda conhecidas pelo país. Fora o line up com tradicionais e novas grifes do estado e de todo o Brasil, Minas Trend tem o Salão de Negócios como principal atração. Por lá, a cada edição, compradores de todo o Brasil e de parte do mundo fazem a economia brasileira girar. Em entrevista coletiva realizada ontem no evento, o presidente da FIEMG, Olavo Machado Junior, contou que as marcas chegam a vender mais de 70% de sua produção para a temporada somente nos quatro dias de Minas Trend. “Nós sempre vamos partir do princípio e da valorização dos negócios. Os empresários, de qualquer segmento, sabem o que precisam para crescer e se consolidar. E é isso o que movimenta a economia. Nós vivemos de negócios e, quem não faz isso, morre”, destacou.
Com o apoio do governo do estado de Minas Gerais, o Minas Trend poderá ampliar ainda mais seus horizontes econômicos e, claro, fashionistas. Hoje, o evento recebe 201 expositores, sendo mais da metade deles mineiros. Sucesso inquestionável entre os designers do estado, o Minas Trend é tido como a principal vitrine de negócios para a moda nacional da atualidade. “Nós sempre procuramos fazer um evento de porte internacional que valorize as empresas e os negócios. Não queremos fazer feira de pequeno porte e nem estimular pequenas motivações. Nossa intenção e proposta é sempre ser grandiosa e reconhecer à altura o poder do estado e do país”, disse o presidente da FIEMG, Olavo Machado Junior.
E foi justamente um desses motivos que fez o poder público estadual investir R$ 3,6 milhões. Aliás, atitude essa que não é vista em outros estados brasileiros. Nem em São Paulo, com a maior semana de moda da América Latina, e nem no Rio de Janeiro, considerada a capital fashion e ditadora de comportamento nacional, o governo incentiva a produção do setor e valoriza as criações artísticas desta maneira.
Por isso, Minas Gerais é um dos estados que mais cresce em termos de confecção no país. A cada ano, a região amplia suas produções e faz com que a economia do Brasil esteja sempre viva e ativa. Segundo o diretor presidente da Codemig, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Marco Antônio Soares da Cunha Castello Branco, é dever das instituições e organizações públicas incentivar esse dinamismo do setor e dar ainda mais estrutura para o crescimento. “É muito importante que a gente facilite e incentive o ambiente de negócios dos empresários. Por isso, além desse suporte, a gente também buscou a reestrutura do sistema de licenciamento ambiental, por exemplo, para garantir melhores condições”, detalhou.
O fato é que, se antes o Minas Trend já era um sucesso nacional inquestionável, agora, o evento só tem de a crescer. Com esse apoio do governo estadual, a semana de moda mineira já visa ampliar o Salão de Negócios e receber ainda mais visitantes e compradores. E, como o presidente da FIEMG destacou na coletiva de ontem, a ideia é só expandir a área atendida. Cada vez mais, o Minas Trend promete ser o encontro de múltiplas nacionalidades e estados.
Entre os expositores, a FIEMG também quer incentivar e trazer mais designers do interior de Minas Gerais e, assim, ampliar a pluralidade criativa. No entanto, Olavo Machado Junior reconheceu a dificuldade. “Não é fácil para uma empresa pequena ou do interior participar de um evento como o Minas Trend. Por mais que a gente tente ajudar e subsidiar essas marcas, existem custos e demanda de produção que, muitas vezes, elas não conseguem atender. Mas eu acredito que, mesmo com todas as dificuldades pelas quais passamos na economia do nosso país, muitas empresas reconhecem a importância e se esforçam para conseguir participar do Salão de Negócios. Prova disso é que o evento cresce a cada ano e, inclusive, precisamos pensar em maneiras para conseguir expandir ainda mais”, argumentou.
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