Não é novidade para ninguém que o Rock In Rio não é um festival só de rock e nem só do Rio. Depois de ter passado por capitais como Lisboa e Madri, ontem rolou a estreia de mais uma edição do evento, dessa vez em Las Vegas. Com um orçamento de U$75 milhões e o primeiro fim de semana dedicado ao rock, a sexta-feira (8/5) foi marcada por representantes menos hardcore do gênero, com o No Doubt como o grande headliner da noite.
A primeira atração foi o Cirque du Soleil, que fez um espetáculo exclusivo em plena tarde, com mais de 30 artistas. Em seguida, os meninos do Smallpools mostraram sua mistura de eletrônica com rock alternativo, focando no álbum recém-lançado “LOVETAP!”, o primeiro LP do grupo californiano. Gary Clark Jr., a atração seguinte que já havia participado da edição do festival em Lisboa e mostrou sua mistura de rock e blues em um set curto e enxuto.
O primeiro nome “conhecido” do rock a se apresentar foi o The Pretty Reckless, banda liderada por Taylor Momsen que, apesar de querer se distanciar do passado, ainda é vista por muitos como a Jenny Humphrey de “Gossip Girl”. Besteira, já que a garota tem provado lançamento após lançamento que música é mesmo a sua praia: com três singles consecutivos no topo da parada de rock da Billboard – “Heaven Knows”, “Messed Up World” e, mais recentemente, “Follow Me Down”. Além de quebrar o recorde para bandas ou atos femininos a contabilizarem mais #1 no chart, passando gente como Stevie Nicks e The Pretenders, a garota sabe muito bem como ocupar um palco, mostrando potência vocal e atitude, apesar de não parecer.
O Foster The People, banda queridinha dos brasileiros que se apresentou aqui na última edição do Lollapalooza, sem grandes alterações. Na sequência, os mexicanos do Maná levaram seu rebolado latino-americano para o palco principal do Rock In Rio USA, apresentando um pop rock que agradou o público. Ponto para os veteranos.
O grande ato da noite tinha um desafio claro pela frente: apresentar hits do final da década de 1990 e início dos anos 2000, para uma plateia majoritariamente jovem que conhece Gwen Stefani mais como artista solo e jurada do The Voice, do que como a roqueira de cabelo rosa que cantava “Ex-Girlfriend”. Mas a cantora, esbanjando simpatia e rasgando elogios ao público, chamou uma fã ao palco, mostrou que tem fôlego aos 45 anos (!!!) e, negligenciando grande parte do seu último álbum, “Push And Shove”, fez um show com energia e que agradou bastante a plateia. Confira a apresentação na íntegra abaixo:
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