Rosilane Jardim, diretora criativa da grife carioca Karamello, descobriu as delícias de se ouvir um “vóvó” há dois anos, com a chegada do neto Kauã. O pontapé para um desejo antigo. “Sou mãe de dois homens e sempre sonhei com uma menina na minha casa. Infelizmente ela ainda não veio, mas tenho sobrinhas e elas sempre me inspiraram”, conta. As pequenas a quem Rosilane se refere atendem pelo nome de Laura e Clara. E foram as duas que ajudaram a nortear a coleção Karamellete, a primeira para o público infantil da grife carioca. “Com a chegada do Kauã, o universo infantil ficou ainda mais latente na minha vida e as mulheres Karamello já pediam por isso há muito tempo”, lembra. Resultado? Uniu o útil ao agradável e, como não poderia deixar de ser diferente, usou e abusou de seu carro-chefe: as estampas. “A coleção foi feita somente com peças estampadas, com vestidos, batas e short-saia”, enumera em entrevista ao HT, garantindo: “O mesmo carinho das peças femininas, eu trouxe para essa linha infantil. Veio para ficar”.
E, logo de cara, tratou de fazer uma ponte superválida e interessante quando o assunto é abrir caminho para moda infantil numa grife já conhecida e prestigiada pelas mamães, titias e afins. “O conceito ‘tal mãe, tal filha’ faz parte dos produtos. Usamos a mesma estampa para produtos diferentes porque a ideia é ter mãe e filha em sintonia”, explica. Aliás, caso a mamãe leitora de HT ainda possa ter uma dúvida de que seu rebento é a cara da versão kids, é melhor ouvir a própria Rosilane. “Trouxe para a linha Karamellete os pilares do meu trabalho: conforto, qualidade e felicidade. A crianca Karamellete é feliz, quer brincar e sorrir. Mas tudo isso com estilo e personalidade”, conta. A linha infantil, que será permanente na lojas espalhadas pelo Rio de Janeiro, surge em um momento em que se discute o mundo em que os pequenos vão viver. E para diretora criativa, o futuro será cada vez mais hitech.
“Vejo o universo infantil contemporâneo muito mais adulto que nas outras gerações. As crianças atuais vivem realidades diferentes, brincam muitas vezes sozinhos ou com ajuda dos jogos virtuais. Eu fui uma crianca que corria na rua, brincava de pique-esconde, cabra-cega. Isso hoje não existe”, compara, nostálgica. Mas se engana quem acha que esse é um discurso de lamento. “Não vejo isso com um olhar negativo. Tudo muda ou se transforma”, acrescenta. Ok, Rosilane. Mas vamos pensar num futuro não tão próximo. Que tipo de adultos você projeta mentalmente que nossas crianças vão (ou ao menos deveriam) virar? “Precisamos ensinar nossas crianças a respeitar a natureza e a valorizá-la. Mas elas, em geral, tem uma consciência muito maior que nós, adultos”, declara.
Criada numa casa cheia, com vários irmãos para brincar, Rosilane via no pouco dinheiro, a criatividade. “Minha mãe sempre costurou e eu adorava usar vestidos soltinhos com bolsos para guardar alguma coisa. Eram peças soltas e despojadas”, lembra, já linkando, cheia de bossa: “Mais Karamello impossível”. Por essas e outras que, a Karamellete foi feita sob medida para a criança que tem latente a verve da simplicidade e da praticidade natural, como deve ser. “O universo infantil é bem mais legal do que a realidade adulta, não é?”, questiona a diretora. Não temos a menor dúvida!
Para conferir look por look da coleção infantil, detalhadamente e com os preços, é só clicar aqui.
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