Na pré-estreia de Rio 2, Santoro e Saldanha declaram amor à cidade-maravilha e falam sobre “Rio, Eu Te Amo”!


Em noite de tapete azul substituindo o vermelho, o astro e o diretor falam sobre o episódio do qual participam na produção que homenageia os cariocas!

* Por João Ker

A pré-estreia de Rio 2″, a continuação sucesso de Carlos Saldanha sobre as ararinhas azuis perdidas na capital fluminense, aconteceu nesta noite de quarta-feira (18/03) na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. E, apesar do local ser um tanto distante para aqueles que trabalham o dia inteiro e ainda precisam lidar com as agruras de um trânsito caótico – do qual, felizmente os pássaros em extinção estão salvos – o badalo valeu cada minuto. E, no red carpet (aliás, blue), todos os olhares se voltavam para um único ponto: Rodrigo Santoro, o ator que dubla o cientista Tulio no desenho animado.

Rodrigo chegou ao evento espalhando sorrisos, carisma e empolgação com o filme, após chegar no Rio na madrugada da véspera, vindo de uma maratona de filmagem no Chile e após, ontem, participar da coletiva de imprensa sobre o longa-metragem no Parque Lage. E, assim como seu personagem, um ornitólogo desastrado que acredita ser capaz de falar com as aves, um Santoro engajado descreve o personagem com a mesma simplicidade: “Ele é um cara “simples, generoso e muito bacana”. O filme, que é repleto de números musicais, também inspirou o ator: “Eu até propus ao Saldanha (diretor do filme) de a gente gravar um número com o Túlio cantando em “passarinhês”, mas vai ficar para a próxima agora”.

Entretanto, enquanto a próxima continuação não tem data nem confirmação para acontecer, a dobradinha Santoro/Saldanha poderá ser conferida ainda esse ano em um curta-metragem para a série Rio, Eu Te Amo”, que coloca a Cidade Maravilhosa no mesmo patamar de metrópoles como Paris, Nova York, Xangai e Jerusalém, já retratadas em coletâneas de curtas, cada um filmado por cineastas diferentes. “Eu e a Bruna (Linzmeyer) vamos fazer dois bailarinos que se apresentam no Teatro Municipal e, antes de entrar no palco, começam a discutir a relação.” Mas engana-se quem associou a história ao curta em que Natalie Portman estrela na versão novaiorquina. “É, até lembra um pouco, mas não é igual”, comenta Rodrigo. “Você vai ter que ver o desfecho!”, disse sorrindo.

Por sua vez, Bruna também passou pelo tapete vermelho do evento, escondendo os cabelos recém-tingidos de rosa-chiclete em um turbante e usando chinelos naquele visual de quem vive o carioquês de cada dia. Acompanhada da modelo Cíntia Dicker, as duas chegaram juntas e comentaram um pouco sobre a nova novela das 18h, Meu Pedacinho de Chão”, na qual contracenam. Cíntia fará a filha de Antônio Fagundes e disse estar amando o trabalho, que é seu primeiro papel em novela TV. A ruiva, por sinal, também confessou que não sabe nem se vai participar da São Paulo Fashion Week graças à correria das gravações.

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Fotos de Vinícius Pereira 

Quem esbanjou simpatia e fez firula para os fotógrafos no tapete azul foi Carlinhos Brown, responsável pela trilha sonora do filme, junto com o produtor musical Sergio Mendes e o orquestrador John Powell. Ele aparentemente gostou tanto de trabalhar com animação que vai lançar um novo single no dia 19 de abril, em homenagem ao Dia do Índio. O músico também é só elogios para Carlos Saldanha: “Ele potencializa encontros. Foi muito legal poder tocar para Bruno Mars e Janelle Monaé. O Will.i.am também é um querido e faz parte disso tudo”, disse, referindo-se ao rapper/produtor que integra a bancada do The Voice britânico. Brown, que recentemente se provou um artista multifacetado – entrou para o reality, lançou uma linha de óculos com a Chilli Beans e ainda participou da trilha sonora do filme – confessa que já foi até ator: “Eu acho qualquer forma de arte válida e já fiz alguns curtas na Bahia. Mas acho que a gente sempre atua, né? Às vezes você sorri quando não quer e isso é uma forma de atuação, não?”. E no The Voice, você atua também?, HT perguntou ao músico.  “Rapaz, o bom do The Voice é que não tem roteiro, então a gente vai fazendo o que dá na telha e o resultado sai essa coisa maravilhosa que ficou”, respondeu saindo pela tangente.

Carlos Saldanha, diretor de outras animações como a série de sucesso “A Era do Gelo”, confessou que este foi o trabalho técnico mais difícil que já fez: “Cada trabalho que a gente começa é o mais difícil, porque você quer inovar na técnica e aí vai se complicando naturalmente. Mas tem muita gente dizendo que isso aqui é um espetáculo hollywoodiano. Não é Hollywood, é maracatu!”, completou rindo.

Outros que passaram pelo tapete vermelho foram Clarice Falcão, Gregório Duvivier, Milton Nascimento, Sérgio Mendes e o diretor Boni. Este último, por sinal, aparentemente está dando preferência agora a pássaros azuis mais calminhos, como as araras azuis que protagonizam o desenho animado, barulhentas e atrapalhadas, mas bem menos afoitas a uma folia. Neste carnaval, o television tycoon foi homenageado pela escola de samba Beija-Flor e, no final,  acabou trazendo azar para a azul-e-branca de Nilópolis, colorida no mesmo cerúleo das araras Blu e Jade do filme: a escola amargou a sétima posição em 2014, a mais baixa em mais de 20 anos, entre os 30 de história da Era Sambódromo. Tomara que a ararinha Blu tenha achado alguns raminhos de arruda, enquanto conhecia a Amazônia, para oferecer à Laíla, o diretor da comissão de carnaval da agremiação, e ao próprio José Bonifácio de Oliveira Sobrinho.