* Por Junior de Paula
Nova York está respirando arte por todos os lados. Enquanto a imprensa e convidados conferem em primeira mão a exposição retrospectiva de Lygia Clark, no MoMA, com mais de 300 peças da artista brasileira na principal sala do museu de arte moderna dos Estados Unidos – e que a gente vai falar sobre mais para frente -, os amantes das artes plásticas contam com muitas outras opções para preencher muitos e muitos dias de programação. O Whitney Museum, por exemplo, que fica na Madison Avenue e é especializado em arte norte-americana, apresenta sua Bienal até o fim do mês. A novidade desta vez é que não foi escolhido um curador, mas três!
Quem são eles? Stuart Comer, curador-chefe de Mídia e Performance no MoMA, Anthony Elms, curador associado ao Institute of Contemporary Art da Philadelphia e Michelle Grabner, artista e professora da School of the Art de Chicago, que selecionaram, juntos, 103 artistas, que têm sua sobras espalhadas por três andares do prédio. E para quem nunca foi ao Whitney, vale dar uma olhada nos andares dedicados ao acervo do museu, com direito a muitos quadros do gênio Edward Hopper e os móbiles de Alexander Calder.
Logo ali do lado, na galeria Acquavella, na 79th Street, uma mostra com 22 desenhos de Basquiat, pertencentes à família Schorr, a principal incentivadora e financiadora deste artista plástico portorriquenho, morto aos 28 anos por overdose de heroína, e um dos maiores da sua geração, faz todo mundo se emocionar ao entrar em contato com aquelas obras que nunca foram expostas antes.
De 9 a 12 de Maio, a cidade vai sediar mais uma edição da superconcorrida Frieze Art Fair http://friezenewyork.com/, no Randall’s Island Park, que vai reunir cerca de 190 galerias de arte contemporânea do mundo, inclusive algumas brasileiras, e vai se transformar em uma das maiores plataformas de negociação de arte da temporada. A entrada para o mundo mágico das novidades tem um preço: US$ 43, mas estudantes pagam apenas US$ 27. Dá para passar horas e horas lá, já que vários restaurantes legais farão parte da feira, que tem uma área gastronômica aberta com vista para o rio Hudson.
Depois do baile de gala do Met, organizado, anualmente, pela Vogue USA e Anna Wintour, que rola nesta segunda-feira, é a vez do grande público ter acesso à mostra retrospectiva de Charles James (1906-1978), a partir do dia 8 de maio, que irá analisar a carreira do lendário costureiro anglo-americano do século 20. A exposição será apresentada em dois locais – o novo Lizzie Tisch e Jonathan Gallery, dentro do Anna Wintour Costume Center, e nas galerias de exposições especiais no primeiro andar do museu. A exposição irá explorar processo de design de James e seu uso de conhecimentos científicos e matemáticos para construir vestidos de baile revolucionários e alfaiataria inovadora que continuam a influenciar os designers de hoje.
* Junior de Paula é jornalista, trabalhou com alguns dos maiores nomes do jornalismo de moda e cultura do Brasil, como Joyce Pascowitch e Erika Palomino, e foi editor da coluna de Heloisa Tolipan, no Jornal do Brasil. Apaixonado por viagens, é dono do site Viajante Aleatório, e, mais recentemente, vem se dedicando à dramaturgia teatral e à literatura.
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